BY: Estevao Valente Sem trocarem uma palavra foram para a ducha.
Delicadamente o Velho Homem banhou o moço, que delirou.
Vestidos com os felpudos roupões do Hotel Ritz sentaram na sala.
“Qual o champagne vc quer tomar para comemorar?”
“Como?”
“Pelo mundo todo as pessoas tomam champagne , ou pensam que são champagnes, para comemorar uma ocasião especial e essa é uma ocasião especial”
“Ora, senhor conde a que o senhor escolher”, falou o rapaz mais que espantado.
O Mordomo da Suíte surgiu do nada e tentou abrir a champagne, mas foi impedido com um piscar de olhos.
Olhando sem ver o Mordomo da Suíte, fez um salamaleque para o Antigo Cliente e saiu pomposamente da suíte. Por ele ninguém saberia no mundo que aquele moço ali estivera naquelas condições.
O Velho Homem sorriu.
Como o mundo era hipócrita pensou consigo.
“Você sabe o que acabou de acontecer?”
O moço olhou sem entender.
“Aconteceu um Momento Absoluto”
“Você produziu a Vida”
“E esse Momento Único só Seu, você permitiu que eu compartilhasse pelo que fiquei deveras honrado”.
O moço quase pulou no pescoço do mestre murmurando um “ora senhor conde”.
Animado, com efeito, que gerava no rapaz continuou...
“Em toda a Bíblia não há nenhuma condenação a masturbação”.
“Há sim a História de Onã que todas as vezes que possuía a viúva de seu irmão deixava o sêmen cair na terra e não no útero da mulher impedindo assim que ela procriasse. Essa citação serve para os religiosos condenarem a masturbação. Nada tem a ver uma coisa com outra, já que não sabem se a ejaculação do homem foi espontânea ou não. Uma grande bobagem”.
Continuou no mesmo fôlego...
“A masturbação libera o Fator Gerador da Vida”.
Quanto mais falava, mas parecia um Patriarca inflamado falando para uma multidão, enquanto os olhos do moço brilhavam num misto de adoração e entrega.
“Você lembra de Michelangelo ?”
“Ao terminar seu Moisés, diante da tal beleza, bateu no joelho da estátua exclamando:
‘Perché non parli? Perché non parli?,
Por que não falas?, Por que não falas?”.
“Estava louco?”.
“Absolutamente NÃO!”
“Tal beleza gerada a partir de um mineral com suas mãos era de tal grandeza que só podia TER VIDA e na realidade tem”.
O Velho Homem enfatizou o Ter Vida.
“A beleza concentrada em sua ejaculação, naquele Momento Único, Momento Absoluto, na masturbação que liberou o Fator Gerador da Vida, torna a batida de Michelangelo Buonarroti no joelho de seu Moises um fato de menor importância na História do Homem.
Alberto A. Valadares quase explodiu...
Teatralmente o Velho Homem – após sacudir sutilmente a garrafa- desrolhou o Champagne Nocturne –Taittinger e a espuma abundante, como a ejaculação que acabara de acontecer, deu lugar a uma cor amarelo-pálido com reflexos cintilantes.
Taças antigas, redondas de Cristal Baccarat, ainda dos tempos do Doutor Salazar, como era de seu gosto, nada de modernidades com Le Champagne, que é um Senhor do “Grand Siècle", estavam sobre a mesa - móvel, pegou na base de uma delas e serviu.
Levando-a até a altura dos olhos do moço falou:
“Veja que o líquido se mexe por si”.
“ Há pequeninas bolhas”.
“Tudo tão delicado nesse tom de pêssego”.
“Sinta o cheiro”.
“ Não parece o aroma das flores brancas da Morada do Conde?”
“Não lembra os aromas das frutas maduras que enviei a senhora sua mãe quando ela estava acamada?”
O rapaz quase caiu do sofá de tão emocionado, de tão elevado.
A natureza da Manticora e toda a vaidade do Velho Homem e Mestre se manifestavam na e da forma irrestrita, na concepção plena dessa palavra.
“Tome um cole”
“O que sentiu?”
“ Um frescor sem igual...”
“ Melhor do que um copo d’agua depois de uma corrida”.
“ Veja o cheiro”.
“Não lembra os das frutas em caldas da casa de tua avó?”
“ Das passas que como sem parar?”
“ Deixa na boca um gosto suave... mas para mim não consegue apagar a doçura agradável e cheia de sabor do teu beijo”.
Alberto A Valadares caiu de quatro literalmente.
De pé o Mestre parecia um Velho Profeta.
Pegou os cotovelos de um moço tremulo e o levantou colocando seus lábios suavemente sobre os do jovem.
“Você jamais sentiu o que vai sentir”.
Tirou o roupão do jovem e o deitou de bruços sobre o sofá.
Pegou a taça de champagne e derramou o maravilhoso líquido cor de ouro sobre a espinha dorsal de Alberto e esse sentiu um friozinho para logo ficar todo arrepiado com o passar da língua do homem sobre ela.
O Velho Homem bebia champagne em seu corpo e era maravilhoso, pensava Alberto, só lera sobre isso e nunca imaginaria que isso pudesse acontecer com ele um dia e uma lagrima correu.
“ Meu miúdo, coma. É delicioso esse bombom de licor com cereja”.
Virando o rosto o rapaz obedeceu.
“Gostou?”
Empurrado para o solo o vaso de flores ,pegou Alberto com uma força inesperada para um ancião e o colocou de pé com as mãos sobre o console da sala.
Alberto A Valadares tremeu, pois chamais imaginara o senhor conde agindo assim.
Derramou mais champagne que desceu pelo rego do cu, que foi lambido com sofreguidão, era o mais perfeito Cunilíngua que as paredes do Hotel Ritz Four Seasons, na Rua Rodrigo da Fonseca, Lisboa, Portugal, tinha visto em sua História.
Alberto A Valadares delirava.
“Puta que pariu. Puta que pariu”.
“Ai senhor conde. Ai senhor conde”.
“Mete a língua. Mete a língua”, gritava o moço ensandecido.
Não precisava pedir...
“Relaxe meu miúdo, relaxe e coma” e enquanto colocava na boca do rapaz o um bombom de licor e cereja, enviou outro no belo cuzinho cor de rosa.
“Ui, ui, ui..”, gemeu o Jovem, ouvindo, “Vou comer esse bombom, a cereja, beber o licor, no seu cuzinho. Vou lamber até ficar limpinho”.
E o Velho Homem começou a cumprir o que prometera...
Alberto delirava, tremia todo enquanto sentia o desenrolar da coisa...sentiu o correr melado do licor...a língua ser passada e de repente a pica dura de seu mestre entrar em seu rabo e ai aconteceu:
GOZOU sem se masturbar...e gozou muito...como nunca gozara em toda a sua miserável vida “dentro do armário”.
A porra saiu num jato tão forte, abundante, como da primeira vez naquela noite.
Nada mais importava, não aguentou e feliz gritou:
“ Eu o amo senhor conde”.
Sentiu a vista escurecer, os joelhos dobrarem, a pica do conde ainda em seu cu, indo junto com ele para o chão da Imperial One-Bedroom Suíte, do Hotel Ritz Four Seasons, na Rua Rodrigo da Fonseca, Lisboa, Portugal.
Alberto A Valadares nunca mais foi o mesmo.
Tweet
Conto Anterior
Sex in the city of Lisbon– Parte I.