A devastação de um cu pelo Cabo Costa e suas consequências.


BY: Estevao Valente Alguns fatos:
1-        Rodolfo foi ao jantar na minha casa.
Uma prima, Beatrix, apelidada de Beatrão pelo tamanho dela, calça 42, que não arruma macho nenhum, pegou no pé dele e não largou até ele ir embora.
Deu o telefone dela a ele, mas ele alegou estava sem cartão e escreveu um número trocado no papelote.
Na Biblioteca na hora do jantar me deu uns beijinhos e apertou minha bunda. Rsrsrsrssr
2-        O jantar de família do sábado seguinte foi na casa da tia Morena, a mãe de Beatrão, era assim apelidada por sua cor queimada de sol, mas seu nome era Georgina, e Beatrão reclamou comigo que Rodolfo não havia ligado para ela.
Tomei um gole de meu Dry Martini, "batido, não mexido", e falei:
“ Beatrix. Voce conversou com ele por horas e horas a fio e não percebeu que ele é ‘maricas’, que ele não gosta de mulher?”
“ Como? Voce tá de brincadeira!!!!!!”
“ Tou não, minha prima, até porque nós somos’ CACHO’”, falei alto para todo mundo ouvir.
Eu já estava de saco cheio de esconder que era viado para meus pais, e aproveitei a ocasião não só para sacanear a chata de uma prima que odeio, como, também, de embasbacar a família toda.
Todo o mundo ouviu, e todo mundo fingiu que não ouviu.
Só um priminho de 10 anos falou para outro da mesma idade:
“ XI....o Ricardo Augusto é viado”, e riram escondendo as bocas com as mãos.
Rodolfo N passou a ser convidado a todos os jantares, reuniões, batizados, casamentos, Petrópolis, inclusive no Natal, junto comigo.
Aceitação completa.
Minha mãe passou até a consulta-lo sobre decoração e outros assuntos kkkkkk
Meu pai e ele investiram num Motel na Dutra....o que foi demais kkkkkkkk.
3-        Dona Clotilde perdeu a secretaria adjunta e Etevaldo Alves, que já conhecia o funcionamento do Gabinete, foi promovido para o cargo. Agora ele era Secretário-adjunto da Diretoria do Banco Oficial, ganhando bem mais.
Dona Elvira, mãe de Etevaldo, faleceu de infarto fulminante.
A chácara ficou para a família, mas na realidade era a sede do próspero negócio de porcos, galinhas, marrecos, cães, gatos e rã de Edward, e morada de Etelvina, Elisangela, a Elis, Eduardo e do Moleque Serafim.
Etevaldo se desgastava muito não só com a família, mas, também, com o ir e vir, o de e para Pilares todos os dias.
Resolveu mudar e eu macaco velho ofereci o apartamento nunca usado da Gomes Freire para ele morar sozinho.
Ele aceitou contentíssimo.
“ É mais perto e você pode ir mais vezes, pode ir até de tarde a pé”, falou ele alegrinho, alegrinho.
Dona Flor tinha dois maridos na Lapa. KKKKKKKKKKK
4-        Meu padrinho que me vez seu herdeiro me deixou um bom apartamento de varanda, salão , 3 quartos, banheiros, dependências de empregadas, com toda a mobília e seu conteúdo, na Rua do Russel, em frente à praça Luis de Camões, perto da sede do Sistema Globo de Rádio, que estava alugado com tudo para um funcionário de uma empresa japonesa.
O japa voltou para o Japão e eu resolvi ir morar lá sozinho.
Comuniquei a família, e meu pai falou que “ já era hora”.
Minha mãe detestou a ideia.
O apartamento estava precisando de uma reforma, os moveis de um trato, o demais conteúdo completado ( aparelhos de jantar, faqueiros, copos, etc...) ou trocado ( caso de roupas de cama, mesa e banho).
Rodolfo: “ Os empregados do brechó e do antiquário vão reformar os moveis e eu vou supervisionar ;
Minha mãe: Vou com Rodolfo comprar o que falta das alfaias – penso que ela imaginou que seria minha casa com Rodolfo;
Para surpresa de minha mãe um ‘negro lindo chamado Etevaldo” se dispões a tratar da pintura, da hidráulica, e da eletricidade. Ela não entendeu nada rsrsrsrsrs.
Repito que foi nesse meio tempo embolado que aconteceu a devastação do meu cu pelo Cabo Costa.
No dia seguinte ao ocorrido, eu não aguentava mais.
Meu cu ardia, meu cu sangrava, eu não conseguia nem sentar direito.
Como minha família tem problema de prisão de ventre e , consequentemente, de hemorroidas, eu apelei para elas para justificar meu estado – só que eu nunca tive nenhuma delas. Um cuzinho de bebê rosinha, rosinha.
Conheço um médio urologista gay chamado Murilo, dono de uma clínica em Botafogo, e telefonei para ele explicando meu caso.
Solicito falou:
“ Ricardo Augusto vá para a clínica. Vou falar com a enfermeira de plantão, dona Abigail, para chamar com urgência o dr. Antonio que é proctologista, e junto vermos se tem o prolapso retal, ou seja, exteriorização do reto por completo ou parcialmente, se tem alguma fissura profunda, algum abscesso, se expete inflamação das glândulas da região anal com presença de pus, dor, vermelhidão, inchaço. Voce tá com febre?”
“ Tou quente sim”.
“ Duas coisas:
1-        Vá logo;
2-        Antonio é gay.”
“ Assim é melhor “ falei tentado sorrir.
Nu, com o cu pra cima, eles começaram a realizar um procedimento chamado de ‘anuscopia’, enfiaram um anuscópio, pequeno equipamento tubular rígido, e mexeram pra lá e para cá.
‘ A coisa tá feia”, falou Antonio.
“ Precisamos fazer urgente certos procedimentos, uns reparos nesse cuzão, que já foi cuzinho” e riram para cacete.
Eu lá todo fudido e eles rindo.
“ Você vai ficar internado por três dias”.
“ PORRA que que eu vou dizer pros meus maridos?”
“ Maridos?” perguntou Murilo.
“ Sim tenho dois: Um branco e um preto”.
“Não é à toa que o cu tá estourando”.
“ Não foram eles, foi o cabo Costa”.
E contei a história.
“ Porra tá mal”.
“ Vamos fazer o seguinte: Patatí patatá, prisão de ventre, o mau que o laxante te fez, as hemorroidas que podem aparecer que além de não ser uma ‘coisa’ bonita de se ver, elas pode atrapalhar as fodas, etc , etc, etc e tal”.
“ Nós já estamos ‘escolados’ em dar desculpas para as famílias e para os amantes dos viados”, falou Murilo as gargalhadas.
Liguei para casa, liguei para os dois.
Todos apareceram juntos na Clínica.
Era a primeira vez que Etevaldo e Rodolfo se encontraram depois do acerto.
“ Senhor Etevaldo, que gentileza de o senhor vir aqui”, falou minha mãe completamente ‘sem-noção”.
“ Eu estava na obra com Rodolfo quando ele foi avisado, então vim junto”, o negão tinha ficado esperto.
“ Que pena que meu marido não pôde estar aqui, o senhor iria conhecê-lo, mas não faltará oportunidade”, completou ela com aquela mesma voz de dondoca que me irrita.
Fiquei quatro e não três dias, e fui para casa de meus pais com uma bolsa de colostomia.
Eu estava humilhado com a situação e cai em depressão novamente.
Eles me visitavam de acordo com a tabelinha combinada.
Um dia meu paia chegou em casa e encontrou como Etevaldo.
“ O senhor por aqui?”
“ Sou amigo de seu filho desde que éramos office-boys, ele na sua companhia eu no banco, e como tenho uma pequena empreiteira estou arrumando o apartamento do Russel” , mentiu ele com maior cara de pau.
“ Que bom. Nada como se ter boas relações. Continue assim par progredir sempre, ouça o conselho desse velho aqui”, falou meu pai encantado com Etevaldo.
“ Voce o conhece?”
“ Conheço. É muito esforçado. De boy passou a ser secretário adjunto no Gabinete do Fulano no banco. Conheceu Ricardo Augusto no banco. Como tem uma pequena empreiteira nosso filho o contratou. É como eu digo: aos amigos tudo, aos inimigos nada”.
Etevaldo passou a ser bem vindo, ele adorou.
Como eu já disse estava humilhado com a situação e cai em depressão novamente.
Meus maridos foram compreensivos ao extremo, um querendo superar o outro em mimos e atenções.
O apartamento do Russel precisava de mais obras do que imaginavam, os encanamentos estavam uma josta, a elétrica ferrada, as louças da cozinha e no banheiro precisavam ser trocadas, enfim...muita obra, mas Etevaldo e os amigos de Pilares davam conta do recado.
Para meu espanto Papai combinou o preço da empreitada com ele, e pagava semanalmente os “funcionários” de Etevaldo.
Mamãe e Rodolfo no mobiliário e nas compras eram perfeitos. Era uma mãe e uma filha fazendo enxoval
E eu deitado com aquela bolsa de merda.
“ EU NÂO AGUENTO MAIS FICAR NESSE QUARTO”, gritei enlouquecido.
“ Papai. Quero viajar um pouco”.
“ Inventa uma viagem, porque senão mamãe e os outros vão achar que eu sou ingrato”.
“ Não preciso inventar. Sua mãe sabe que eu tenho que ir a Alemanha. Vou dizer a ela que não posso e que só você pode resolver o problema com o agente de Hamburgo”.
E assim foi feito e eu fui, com bolsa e tudo, para a Alemanha.
Resolvi o problema com o agente e comecei uma viagem a Baviera.
Luís Oto Frederico Guilherme von Wittelsbach, rei da Baviera de 10 de março de 1864 até 13 de junho de 1886, é o soberano ícone dos gays pelo mundo afora, construiu castelos que hoje são verdadeiras joias , a saber:
1-        Castelo de Neuschwanstein (em alemão Schloss Neuschwanstein) é um palácio alemão construído na segunda metade do século XIX, perto das cidades de Hohenschwangau e Füssen, no sudoeste da Baviera;
2-        A joia da joia ao meu ver: Palácio Linderhof (Schloss Linderhof) localizado nas proximidades de Oberammergau e da Abadia de Ettal, no sudoeste da Baviera;
3-        Palácio de Herrenchiemsee (Schloss Herrenchiemsee) localizado na Ilha de Herreninsel, no lago Chiemsee, o maior lago da Baviera, copia do Palácio de Versalhes.
E eu visitei um por um.
Fiz um boquete aqui , outro boquete acola, mas transa mesmo nenhuma com aquela bolsa de merda, mas tem outra coisa: os alemães fedem a calça jeans molhada, um nojo, um horror.
Voltei e um ano depois tivemos uma surpresa.
Toda a diretoria do Banco Oficial ia para Brasilia, e como não podia ser diferente Etevaldo Alves foi junto.
Chorou, chorou, mas acabou...
A bem da verdade a relação tinha esfriado e foi até bom para não termos um desgaste maior.
Isso não quer dizer que volte e meia ele não venha ao Rio e a gente trepe como nos velhos tempos....rsrsrs
Rodolfo N ao saber da mudança definitiva de Etevaldo para Brasília fechou o Antiquarius e deu um jantar monumental para a família dele, vinda de Florianópolis, e para toda a minha família.
Em determinado momento sem me avisar fez o seguinte:
I-        Tirou um caixa de joias do bolso.
II-        “ Famílias, famílias”.
Todo mundo parou.
III-        “ Ricardo Augusto, você quer se casar comigo?”
E abriu a caixa de joias com duas alianças de platina e brilhantes.
Um gaito de um primo dele gritou:
IV-        “ Não tem casório entre homens”, kkkkk
V-        “ Por isso mesmo reuni vocês aqui hoje para demostrar o meu grande, enorme, incomensurável, amor por Ricardo Augusto, frente a vocês, as pessoas que nos importam, e que assim vocês possam nos considerar casados. Se um dia tiver casamento homossexual no Brasil nos casaremos oficialmente”.
Eu não sabia o que fazer, não tinha sido comunicado, e com um fio de voz respondi:
VI-        “ Sim. Aceito”.
Colocou uma aliança no meu dedo, e eu coloquei a outra no dedo dele.
Nos beijamos na boca demoradamente na frente de todo mundo.
O ‘povo’ bateu palmas.
Meus pais, para minha surpresa estavam emocionadíssimos, depois soube que ele havia comunicado a eles que faria isso, e eles concordaram.
Os pais e os irmãos dele felicíssimos.
Só Beatrão, a encalhada, que não.
Chegou perto de mim, pegou minha mão cuspiu seu veneno:
Quantos quilates?
Quanto será que custou?
Eu respondei;
“ Prima: Não tenta caçar rola, teu negócio é um xoxotão”.

E dei uma gargalhada.

Fim

Foto 1 do conto: A  devastação de um cu pelo Cabo Costa e suas consequências.

Foto 2 do Conto: A  devastação de um cu pelo Cabo Costa e suas consequências.

Foto 3 do Conto: A  devastação de um cu pelo Cabo Costa e suas consequências.

Foto 4 do Conto: A  devastação de um cu pelo Cabo Costa e suas consequências.

Foto 5 do Conto: A  devastação de um cu pelo Cabo Costa e suas consequências.



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