Dia do Catranco no Mafuá Gay do Encantado.


BY: Estevao Valente Terezinha, a viúva do Tiziu, no Vai que Cola, instituiu o Dia do Catranco, um dia que ninguém era de ninguém, e todos eram de todos.

Nesse dia o ator Ricardo Tozzi foi até a Pensão da dona Jô no Meier para se inteirar do fato.
O Ricardo Tozzi aquele ator global que só não é o Homem mais Bonito do Mundo porque tem as pernas tortas, mas o que não me impediria de fazê-lo.
E como o faria, afff.
O Encantado é um bairro carioca, e nele o português ‘seu’ Fausto Pereira, rico negociante de secos e molhados na antiga rua do Acre, e socio de vários pequenos armazéns / quitandas espalhados pelo Rio de Janeiro, comprou vários lotes.
Seu Pereira, como era conhecido, era casado com dona Floripes, uma portuguesa de cabelos nas ventas.
Já com certa idade tiveram um filho, o Fausto Pereira Filho, o Faustinho,
Num dos estabelecimentos de seu Pereira era gerenciado pelo português Raimundo que tinha um filho, aliás afilhado do casal Pereira, o Antonio, que por ter um defeito na mão esquerda era conhecido como o “ mãozinha”.
Mãozinha e Faustinho se tornaram amigos e com o tempo se tornaram amantes.
Seu Pereira usando do “ usucapião , o direito que o indivíduo adquire em relação à posse de um bem móvel ou imóvel em decorrência da utilização do bem por determinado tempo, contínuo e incontestadamente”, aumentou o número de suas propriedades nos subúrbios carioca e em especial no Encantado.
Dona Floripes, acreditando que ia ter netos, mandou construir uma bela casa, a Encantada, no Encantado.
Com a morte dos Pereira, Faustinho e Mãozinha foram morar nela.
Mãozinha não era fiel, e Faustinho não se importava com isso.
Desde novinho com a mão direita tocava belas punhetas naqueles que as desejassem.
Com o tempo seu cu ficou tão arrombado que um dia tiveram que leva-lo para o Pronto Socorro afim de tirar um coco verde de seu reto.
Ambos com meia idade fundaram o Mafuá Gay do Encantado.
Virou o Point Gay dos subúrbios cariocas onde os riquinhos da barra ( gays de qualquer idade, bi casados, solteiros no armário, ou tico-ticos no fubá) vão encontrar belos cafuçus suburbanos, michês ou não, para deliciosos programas.
Mãozinha assistiu o Vai que Cola que a Terezinha Tiziu instituiu o Dia do Catranco, e resolveu fazer um evento no Mafuá Gay do Encantado com essas ideias de que ninguém era de ninguém, e todos eram de todos.
Com três meses de antecedência já não tinha mais convites.
Tinha até quem vendesse no câmbio negro.
No dia do evento o Encantado parecia a Times Square, na junção da Broadway com a Sétima Avenida, em Nova York, em festa de final de ano para ver a Bola Cair , de tanta gente.
O Mafuá Gay do Encantado lotou, e as ruas adjacentes, bem como os terrenos baldios, nunca viram tanta bicha junta como naquele dia.
Indignada Dona Eufrásia, viúva, falou se benzendo para sua irmã Eufrasina, solteirona invicta: “ É a Parada gay carioca, cruz credo.”
Até certa hora os convidados do Mafuá Gay do Encantado se comportaram, mas depois foi um suruba para ninguém botar defeito.
Mão no pau, pau na mão.
Boca na boca, língua na língua.
Pau na boca, boca no pau.
Pau no cu, cu no pau.
Carinha de quatro levando no cu de um e chupando o pauzão do outro.
Um trenzinho foi organizado, era um pau no cu danado, até que o Pereira, primo do Faustinho, gritou com seu sotaque português :
“ Vamos organizar essa merda, já levei no cu três vezes e ainda não comi ninguém” e pararam o ‘trenzinho encantado’, como estava sendo chamado aquele trem da alegria bichalda.
Nunca se ouviu nos céus do Encantado tanto:
“Vou gozar meu puto gostoso”;
“Chupa viadinho, chupa”;
“Quer pegar?”;
“Se quero”;
“Puta que boca, que boquinha viado”;
“Chupa bem o caralho do teu macho, chupa”;
“ Que rabo bonito, meu!”;
“Porra quero gozar nesse cu, encher de porra esse rabinho ”.
“NOSSA. Que cu quente”;
“Pula, pula, na piroca do teu homem. Vai puto gostoso”;
“Vou gozar, vou gozar” ;
E por aí ia...
Mazinha saiu de uma pica para outra, principalmente dos cafuçus que queriam beber de graça.
Faustinho fez a festa com um personal trainer louro, forte, muito bonito, que fazia michê no Club 117, da Rua Cândido Mendes, 117, Glória, mas que sabendo quem era ele, dele nada cobrou.
Até as 8:00 d’amanhã tinha gente saindo do Mafuá Gay do Encantado, portanto o Dia do Catranco foi um sucesso.
E eu nessa festa?
Faço como meu amigo Clodovil:
“ rarararrrararararara...FUI hahahahahahahahaaha “


                                

Foto 1 do conto: Dia do Catranco no Mafuá Gay do Encantado.

Foto 2 do Conto: Dia do Catranco no Mafuá Gay do Encantado.

Foto 3 do Conto: Dia do Catranco no Mafuá Gay do Encantado.

Foto 4 do Conto: Dia do Catranco no Mafuá Gay do Encantado.



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