BY: Estevao Valente Fomos em dois carros.
Eu no de Leonardo.
Gê no de Chico.
Chegamos primeiro e ficamos esperando pelo dois que demoraram paca.
Namoramos discretamente, comemos, bebemos, rimos muito, tudo era só felicidade.
Mas, tínhamos que ir embora e fomos:
Leonardo e Gê juntos para a Vitoria.
Chico e eu para casa.
“Porra Fulano. Voce é meu amigo mesmo. O moleque é incrível. Sabe que tivemos que parar, porque ele queria mamar, “tomar leitinho quente antes de almoçar”, como ele falou.
“ Mamou tudo, limpou com os lábios, é um estouro esse molecão”.
“ É... vocês demoraram, e nos imaginamos o que havia acontecido kkkkk”.
“ Na capital vou dar a chave do meu apartamento para ele ir lá quando quiser. Fiquei louco por aquele cu, cara, você nem imagina quanto”.
Chegando em casa, fui deitar um pouco, e Chico de calção folgado ficou no sofá da sala vendo TV.
Acordo com um:
“ Isso chupa bem. Chupa direitinho, vai neguinho de boca gostosa”.
Quando saio do quarto vejo, o Anacleto, um negrinho de 19 anos, que finge que é carola, afilhado de minha irmã, e sacristão da igreja local, chupando a pica de Chico.
Anacleto chupa a minha quando estou muito a perigo na fazenda, mas afirmava que não dava o cu, porque não era viado.
É uma figura.
Voltei para o meu quarto.
“ AAAAAIIII VOU GOZAR”, gritou Chico.
E Anacleto engoliu toda a porra e lambeu a picona deixando-a bem limpinha.
“ O que queres, Anacleto?”, perguntei.
“ Minha madrinha me mandou avisar que da Vitória telefonaram convidado vocês para jogar cartas a noite”.
“ Sabe se ela aceitou?”
“ Aceitou e me mandou avisá-los”.
“ OK. Tá satisfeito?”
“ Tou e muito”, saiu rebolando aquela bunda magra.
Cheirosos, arrumados, com caras de anjos, nos apresentamos para o jogo de carta na Vitória.
Jamilzinho correu de mão estendida em direção a Chico.
“ Voce é o que de Helmut Stuttgart?”
“ Ele é meu pai”, falou um afável Chico que não é nada chegado a essas firulas sociais.
“ Meu compadre deputado Gerson, o padrinho de bastimos de Gê, me afirmou que deve a eleição dele ao senhor seu pai”.
Dona Vitoria revirou os olhos.
“ Como eu ia dizendo”, e Jamilzinho desfiou vários assuntos políticos para um Chico que sorria, fazendo cara de interessado, mas que certamente estava aturando aquele cara porque queria comer o filhinho dele.
“ Fulano, venha até aqui por favor”, chamou-me dona Vitória.
“ Coitado do seu amigo, aturando aquele chato, sabujo como pai dele, sem graça, se eu fosse ele já o teria mandado a merda”, falou rindo a senhora da Vitória.
Com o merda compreendi que entre ela e eu havia se estabelecido uma cumplicidade.
Até onde essa cumplicidade chegava, se até a cama de seu neto, eu não sabia.
Mas, sorri satisfeito.
Dona Samira saindo de uma espécie de torpor, perguntou:
“ O senhor sabe matemática?”
Eu peguei a deixa e:
“ Se sabe ??? Era ele que me dava aula no colégio de matemática. É o pai da matéria”, menti eu descaradamente.
Chico olhou para mim, piscou e riu, havia compreendido.
“ Um pouco dona Samira, um pouco”, fingindo modéstia.
“ Será que podia dar aula para o Gersinho, ele está indo tão mal em matemática?”
“ Samira, não seja tola, o Francisco é um homem ocupado e ...”
“ Não seu Jamil, é como meu pai diz: Aos amigos tudo, e o senhor é nosso amigo”.
“ Ó. Muito agradecido. Eu ficaria honrado com a deferência”.
Pensei: vai pensando que é deferência e comida de cu mesmo.
Comecei a rir sozinho e Leonardo se aproximou rindo:
“ Mais um professor que vai comer o Gersinho, como fala minha tia idiota”.
O Gê pulava na cadeira de alegria, mas ninguém percebia, ou talvez dona Vitoria tenha percebido, pois balançou a cabeça e sentenciou:
“ São mesmo uns trouxas”.
O jogo começou.
E o jogo continuou....
Tweet
Seja o primeiro a fazer um comentario nesse conto.
Comente esse conto abaixo
Outros contos publicados desse mesmo autor
4410 - Etevaldo e Ricardo Augusto
5475 - A Lei do Lobinho. REAL
5481 - Maurão, o primo do Jorge.
5483 - RESSACA TEU NOME É SAUDADE
5489 - Tesão Bandido... 1
5490 - Tesão Bandido...Final
5566 - Na cama com Jimmy
5603 - a chave do cofrinho
5621 - Pra chamar de seu
5630 - Neto e Nelson
5632 - Neto e Nelson 2
5633 - Gerson, é meu nome
5635 - Neto e o raimundão
5636 - Neto, Raimundão, Gê e Tony.
Conto Anterior
Gê e Chico Pé de Mesa- Continuação de Fama de comedor, fama de deflor