BY: Estevao Valente Os automóveis encostaram quase sem fazer nenhum ruído na porta do Hotel Ritz Four Seasons, na Rua Rodrigo da Fonseca, Lisboa.
Primeiro um Audi estilo A 6. Sedan 3.0 V 6 T F S I, depois um QV 8 F S I, ambos negras, como negros eram os seus vidros.
Vestido como Maréchal de Sa Majesté le Czar de toutes les Russies, o solicito, sorridente porteiro grisalho correu para abrir a porta do primeiro sedan.
Dele saiu um homem de mais ou menos sessenta anos, vestido um terno de linho branco, gravata papillon vermelha, chapéu de panamá, apoiado em uma elegante bengala de cabo de cabeça de leão em ouro:
“Não me acostumo com o Four Seasons, para mim será sempre o Ritz do Doutor Salazar”.
O homem sorriu concordando com a cabeça e perguntou pela saúde do Velho Homem.
“ Bem, meu caro Yuri, mas poderia ser melhor”.
“ Mais j'espère que vous passez un excellent séjour dans notre hôtel, M. le Professeur”, completou o marechal perfilado.
O secrétaire personnel do Professor Doutor lhe entregou um envelope, com magnífico ex-líbris do Velho Homem, recheado de euros.
Quando um bellboy se aproximou o marechal explicou para ele:
“Este é um verdadeiro grão-senhor. Hoje existem poucos como ele, além do que valoriza nosso trabalho dando excelente gorjetas e sempre foi assim desde dos tempos dos Escudos, aquilo sim é que era moeda”.
Do outro carro os quatros protégé's desceram ‘não imaginado a sorte que tinham’, pensou o bellboy aquém eles entregaram as mochilas tinindo de novas de uma grife famosa, para a seguir alegremente como galinhas num galinheiro adentrarem ao luxuoso hotel.
Como não precisava fazer o chek-in, depois de cumprimentar todos os funcionários que estavam na conciergerie em alto e bom som, o Velho Senhor foi conduzido pelo gerente-geral a uma das confortáveis poltronas do Hall.
Sentou e agradeceu ao jovem executivo pela atenção.
Um magnífico sorriso aflorou em seu rosto, refletia sua satisfação em estar sentido o cheiro daquele ambiente refinado.
Os óculos escuros Armani encobria os olhos semi cerrados.
Com uma das mãos brincava com seu elegante chapéu, com a outra , uma mão fina e muito branca donde sobressaía o opulento anel de sinete, tamborilava com os dedos o braço da poltrona estrategicamente colocada pela Conciergerie.
Olhava tudo e para todos, e admirava seus pupilos preenchendo as fichas.
Eram jovens escolhidos a dedo, lindos, saudáveis, elegantes, adquirindo cultura dia-a-dia, promissores em suas carreiras e pensava:
“Quem será? Quem será?”
Conforme o ordenado ele a Imperial One-Bedroom Suíte e eles ficariam acomodados nos “Moderado Roons”.
Resolveu convidá-los para tomar um chá gelado, pois só os viria no jantar.
Dera ordem para que a cada um deles fossem dados 1 mil euros para suas despesas pessoais - “dinheiro de bolso” como se referiu o Velho Homem no bilhete dentro de cada envelope.
Na realidade só vieram a Lisboa para assistir uma partida de Futebol entre o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal, como dizem os brasileiros Sporting Clube Lisboa, pela decisão do Campeonato.
Conversaram muito, riram muito, e forma para suas acomodações.
Em gala se reuniram para jantar, que foi magnífico.
O Velho Homem deu tudo de si e alcançou o objetivo, pois estava esplendido.
Sua cabeça a mil por hora era um prodígio de ditos e de histórias.
Os moços estavam encantados.
No ponto da noite em que os mais velhos viram bruxos ,olhou discretamente para o seu Vacheron Constantin :
“Vou me recolher”.
“Vocês que são jovens descubram as belezas de Lisboa essa noite”.
“As belezas nos dois sentidos”, rindo de seu gracejo.
Todos se levantaram e lá foi ele muito pimpão para o elevador.
O Mordomo da Suíte já havia preparado o seu quarto.
Colocado no balde de champagne o favorito do velho Homem.
N mesa-móvel ,posta em frente ao sofá da sala de estar, um bandeja de prata com macarons e palitos franceses.
Sorriu satisfeito, pensando:
“Quem será? Quem será?”
Fez mais uma vez suas abluções e colocou uma magnífica Gandora que comprara na sua última viagem ao Marrocos.
Sentou a meia luz na saleta da suíte, e se pôs a esperar , pois sabia que algo de extraordinário ia acontecer naquele dia, como tinha acontecido das outras vezes que foi com seus pupilos para Lisboa.
“Quem será? Quem será?”
“Tenho todo o tempo do mundo”...pensou o Velho Homem.
Bateram suavemente na porta.
Abriu a porta com a luz nas suas costas...
“Senhor Conde, sou eu. Eee”.
“Não diga nada. Entre. Eu o estava esperando”.
“Co...Co...como?”, falou o moço sentando se na cadeira indicada pelo dedo brasonado.
“Já lhe dize eu o esperava. Sabia que vinha”.
“Desculpe-me, mas isso é impossível, pois não falei a ninguém que viria, deixei todos saírem do Hotel para tomar coragem e aqui subir”.
Os olhos do Velho Homem reluziam na semiescuridão e em seus lábios estava estampado um sorriso maquiavélico.
“Senhor Conde.....Eu não sei como começar”
Foi cortado por uma voz digna de Ivan, o terrível e sanguinário Czar de Todas as Rússias:
“Já começou”.
Um silencio de sepulcral se fez.
“Não subiu até aqui?”
“Não está na minha frente?”
“Então fale”.
“Não se deprecie”.
“Eu desde o dia que conheci Vossa Excelência não tenho sossego”.
“Só penso em Vossa Excelência ”.
“Quando fico sem o ver me angustia o peito.”
“Como já notou, telefono para saber se Vossa Excelência está bem”.
“Deito e só sonho com Vossa Excelência”.
“ Na cama é que tenho minha hora de felicidade, pois deitado nu, começo então a .....”
Não continuou, pois a mão do Velho Homem fez um gesto para que parasse.
“Alberto A Valadares és um belo homem, mas está suando tanto que és capaz de estourar de emoção ”.
“ Sabes o que vai viver de agora em diante com essas revelações ?”
“Sofrerá tanto quanto Apóllōn com o corpo inerte de Jachinto nos braços”
O moço nada dizia, sua garganta estava seca.
“Não se pode mudar a natureza da Manticora...” pensou o Velho Homem fazendo sinal para o jovem sentar ao seu lado direito do sofá.
O jovem levantou vergado o corpo para não demonstrar seu membro duríssimo.
O Velho reparando no ato sorriu...
“Sabes o que está acontecendo, pois não ?”
“Não sei o que dizer. Estou morrendo de desejo pelo senhor conde” , falou já com voz rouca e seca de tesão.
“Sou velho, tenho o corpo decrépito, já me viste de roupa de banho, como pode me querer?”
Uma voz sufocada se fez ouvir
“Não sei. Não me agradam os jovens.”
“ Alberto. Uma hora vais querer roçar em corpos jovens, sadios, viris e não em um velho como o meu e a lei da natureza”.
“Não me mande embora” falou o moço quase suplicando.
O Velho Homem tirou seu pênis duríssimo para fora, pegou a mão do moço e a colocou sobre ele.
O moço endoidou e caiu de boca .
Estva realizando um boquete a muito desejado.
O Velho Homem, cuja fisionomia havia se transfigurado, enfiou seu dedo maior no cu do rapaz e esse gemeu.
O Conde agarrou com força o cós da calça do moço para abaixá-la junto com a cueca.
A caceta do jovem , a ponto de estourar, ficou totalmente livre e assim o Alberto A Valadares pode se masturbar.
Nenhum dos dois queria perder um segundo de prazer...
Era um verdadeiro ballet...
O Velho Homem sussurrava palavras ao ouvido do moço que quanto mais se embalava na punheta, mais gemia: “Senhor Conde... aí Senhor Conde...queira me bem, queira me bem”
“Se me honrares eu vou te querer bem”.
Foi o suficiente para o esperma do rapaz sair como um jato de água de uma mangueira a muito fechada.
Um esguicho que o velho nunca vira em toda sua vida de putaria e parecia que o reservatório de porra era inesgotável.
Os lábios se procuraram e um longo e suave beijo foi dado.
Ficaram abraçados por tempos....
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