BY: MisteryonMcCormick CAPÍTULO DEZOITO
Desejo Pelo Homem
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Havia se passado uma semana que eu estava treinando Kenn. Nós tínhamos se tornado bons amigos. Meu pai continuava bebendo, mas eu evitava encontra-lo. Ele sempre estava caído no sofá ou de na área. Eu evitava vê-lo, mas continuava me importando com ele. eu sempre chegava limpava a bagunça que ele tinha feito, as vezes dava até banho nele porque tinha encontrado ele todo mijado. Ele ficava me pedindo perdão por ter me batido, e outros dias brigava comigo dizendo que era tudo culpa minha. Esses eram os dias em que eu tocava no assunto de um psicólogo ou sei lá... Qualquer pessoa com que ele quisesse conversar, mas ele me respondia mal e dizia que não precisava ver nenhum médico. Meu olho estava quase bom. O roxo já tinha desaparecido quase por completo.
Na quarta-feira de tarde Adam veio até mim.
- olá Mike, quero te convidar para uma festa.
- festa? O que vamos comemorar?
- nada. – falou ele – vou fazer uma festa na minha casa no sábado. Via ser só a gente mesmo daqui, alguns amigos mais próximos, vai ser a noite toda e eu quero que você vá.
- vou ver se vou – falei pensando no meu pai.
- vou ver nada. É para você e seu pai irem. – falou Adam. – não quer ir porque? Está com medo que minha esposa descubra que transamos? – falou ele rindo.
- até parece. É que eu não sei se vou poder ir.
- Mike, eu vou ficar chateado se você não for, quero meus amigos lá.
Eu fiquei olhando para ele alguns segundos e vi que não tinha saída, e seria bom para mim relaxar um pouco afinal estava impossível em casa.
- tudo bem – falei – eu vou, mas não posso garantir que meu pai vai, ele anda muito ocupado no trabalho e anda trabalhando muito em casa.
- tudo bem então, seu pai eu entendo, mas se você não for eu vou ficar realmente chateado.
- pode confiar eu vou.
- ok então. Eu te espero no sábado a partir dás 18h00min.
- ok.
- aonde está Kenn? – perguntou Adam.
- está no 18º andar. Gray precisou dele.
- ele já está trabalhando sozinho?
- ele é muito inteligente e aprendeu o serviço rápido.
- ótimo, agora você pode ficar mais tranquilo – falou Adam.
- sim. Você vai convidá-lo né? – perguntei.
- vou sim, ele é muito divertido. – falou Adam.
- você é tarado por gays sabia? – falei brincando.
- é muita coincidência – falou Adam.
- pois é, mas Kenn é um rapaz bom e divertido.
- é sim. E eu quero os dois sábado.
- pode contar comigo e com Denny, ele chega de viagem hoje. – falei.
Depois que Adam se foi eu liguei para Fritz.
- oi – falou Fritz.
- oi amor, deixa eu te perguntar, você na festa do Adam sábado?
- vou sim, você vai também não é?
- vou sim. Eu só queria saber se você vai.
- vou sim – falou Fritz.
- ok, vou desligar então. – falei.
- Mike... – falou Fritz.
- oi?
- eu não quero parecer insensível, mas está acontecendo alguma coisa na sua vida pessoal?
- porque a pergunta?
- é que nós não ficamos juntos faz uma semana, eu estou com saudades suas.
- me desculpa eu ando tão ocupado no trabalho e em casa que...
- sei pai está bem?
- esta sim.
- ás 18:00 eu posso ir te pegar e te levar para minha casa?
- pode sim – falei.
- tudo bem então. Te vejo mais tarde.
- até – falei.
Quando o expediente acabou eu fui até o 5º Andar e me encontrei com Kenn.
- oi Mike – falou ele.
- oi, como está indo o serviço?
- eu estou gostando.
- eu te disse, depois que você pega o jeito fica fácil.
- apesar de eu ter que correr atrás de coisas para 5 pessoas eu ando bastante, só hoje eu fui no apartamento do Steve e na casa do Fritz.
- você foi?
- fui sim, você já foi lá?
- não – respondi.
- nossa, ele tem “a casa”. Tem uma piscina gigante, vários empregados e dois carros na garagem.
- nunca fui lá.
- é linda – falou
Nós entramos no elevador.
- e eu nem te conto o que aconteceu.
- o que? – perguntei.
- eu cheguei a casa dele e ele estava tomando banho de piscina. Eu fui até a área da piscina levar alguns papéis para ele assinar. Quando me viu ele saiu da piscina com aquele corpão dele... Nossa! O cara é muito gostoso. Ele então pediu para que eu esperasse na sala. Eu me sentei naquela sala gigante e fiquei esperando ele voltar e adivinha... ele veio com uma toalha enrolada “sem sunga”.
- como você sabe? – perguntei quando saímos do elevador.
- cara, deu pra ver o pau dele desenhado certinho. Nossa eu fiquei louco eu tive que disfarçar e fingir que nem vi. Ele assinou os papéis e eu fiquei apenas olhando aquela boca linda que ele tem aqueles olhos azuis profundos... Nossa. Um homem perfeito e ainda rico.
- ele é mesmo lindo – falei.
Nós saímos da empresa e ficamos lá fora conversando.
- sabe o que eu acho? – perguntou Kenn.
- o que? – perguntei.
- acho que ele estava dando em cima de mim… sei lá. Será que ele curte? O que você acha?
- não tenho a mínima ideia. – falei um pouco chateado e com raiva do que ele estava me dizendo, mas dei corda para ver até onde ele iria – às vezes eu acho que sim.
- pois é. Imagina? Você vai me ouvir falar muito sobre isso. Eu vou ter que ir sempre a casa dele levar documentos para ele assinar, qualquer dia desses eu vou tentar algo, quem sabe não rola?
- pois é. E se rolar você me conta, Não em deixa por fora. – falei com um sorriso falso no rosto.
- pode ter certeza – falou ele. Logo um carro estacionou – é minha carona – falou Kenn – Até amanhã Mike – falou ele indo até o carro.
- te vejo amanhã – falei.
Logo o carro partiu.
Eu tinha ficado contrariado com o que ele tinha me contado, e o pior é que o coitado não tinha culpa. Eu fiquei lá esperando Fritz chegar e quase 18h20min ele finalmente chegou e estacionou.
Eu abri a porta e entrei e logo coloquei o cinto de segurança.
- oi, que saudades – falou ele vindo me dar um beijo, mas eu virei e dei o rosto para ele beijar.
- o que foi? – perguntou ele – eu fiz alguma coisa?
- pelo o que eu fiquei sabendo não, mas vai que não fiquei sabendo da história toda.
- o que eu te fiz? – perguntou Fritz.
- liga o carro e vai, mas me leva pra casa – falei.
- me fala o que eu fiz? – falou Fritz. – pelo amor de deus Mike fala o que eu fiz porque eu não estou nem sabendo.
- vamos sair daqui antes que aluem veja nós dois discutindo.
Ele ligou o carro e entrou no transito e seguiu o fluxo para lugar nenhum.
- vai me falar o que aconteceu? – perguntou ele começando a ficar estressado.
- não fica “estressadinho” não, quem deve ficar sou eu, já estou pra falar a verdade.
Quando disse isso ele saiu de uma vez na rua cantando pneu e estacionou o carro.
- o que eu fiz? – perguntou ele batendo as mãos no volante.
- Fritz, eu te falo que sou ciumento e você recebe o Kenn só de toalha em casa? E pra variar é claro, sai da piscina todo molhado, aposto que ele viu a cena em câmera lenta.
- o que? – perguntou Fritz.
- Fritz querido o Kenn me contou que foi na sua casa hoje e te pegou na piscina.
- e dai? Não posso tomar mais banho na piscina por causa de ciúmes seu?
- está bem, ele chegou sem hora marcada, mas precisava ir pro quarto arrancar a sunga e descer só de toalha? Não dava pra vestir uma roupa?
- não acredito que ele te contou isso, e depois na entrevista ele disse que era uma pessoa confiante. Isso é uma coisa que ele não pode contar pra ninguém, que inferno.
- quer dizer então que você está com raiva por ter sido pego?
- você entendeu.
- entendi sim.
- ele exagerou Mike, não estava sem sunga.
- vai se ferrar né Fritz? Ele disse até o tamanho da coisa que você carrega no meio das pernas pra mim. Sabe o que mais ele disse? Que você é o cara mais gostoso do mundo e que teve que se segurar para não arrancar sua toalha e dar pra você lá no meio da sala. Já pensou? Já pensou se ele tivesse feito isso?
- o que? Acha que eu teria simplesmente fodido ele?
- é o que eu acho, se eu vou na casa de um homem que sabe que eu sou gay e faz o que você fez até eu pulo nos braços dele. agora você vai me dizer que não sabia que ele é gay?
- é claro que sei, ele é gay, mas ele é homem. Homens ficam desse jeito na frente de homens.
- cara... ele é homem, mas é gay. Imagina se eu for na casa do Adam e ele me receber do jeito que você recebeu ele. Pelado só de toalha e eu ficasse olhando o corpo gostoso, lindo e maravilhoso dele. Você não ia gostar aposto que você iria chamar a atenção do Adam e pedir para ele não ficar desse jeito na minha frente. Fala que eu estou mentindo.
Ele ficou calado.
Eu também não disse mais nada. Era como se eu tivesse me esvaziado de tudo o que eu estava sentindo de ruim, mas eu não me arrependia do que tinha dito. Eu então abaixei o tom de voz e me acalmei.
- Fritz... se fosse um cara hetero eu não iria dizer nada. Se fosse uma mulher eu não diria nada.
- eu sei – falou ele.
Nós ficamos calados por um bom tempo.
- eu sempre fui ciumento Fritz, eu sempre tive esse temperamento, Charley foi o único namorado por quem eu não fui ciumento e veja como acabou. Ele me traindo.
- o ciúme é saudável na relação – falou Fritz – eu tenho que admitir eu pisei na bola.
- você não pode fazer isso. e se por acaso ele se apaixona por você? Tente manter o relacionamento profissional ao máximo.
- tudo bem – falou ele. – me desculpa.
- me perdoa por ter sido tão arrogante.
- na verdade você não foi um ratinho agora, você foi um leão – falou Fritz.
- você não pode nem tocar nesse assunto com Kenn. Se não ele vai saber que eu te contei.
- tudo bem – falou ele.
Eu me aproximei dele e dei um selinho. E esse selinho logo virou um beijo de língua. Eu levantei a mão direita e alisei o rosto dele enquanto nos beijávamos.
- não fala mais que o corpo do Adam é gostoso. – falou Fritz.
- era só um exemplo – falei rindo.
- foi o primeiro que te veio à cabeça seu sem vergonha – falou ele brincando – Como eu fico agora? Você fica pertinho dele cinco dias por semana 8 horas por dia.
- é, mas não faço com ele o que faço com você quando ficamos 2 horas juntos.
- você nunca mais quis passar a noite comigo. Faz três semanas já.
- é meu pai, desde o dia do acidente eu não gosto de deixa-lo sozinho.
- eu sei. – falou ele – você não pode escolher entre mim e seu pai.
- obrigado por compreender.
- me leva pra casa – falei.
- podemos ficar juntos por algumas horas?
- claro – falei.
E ele ligou o carro e fomos para a casa dele.
Assim que chegamos á casa dele nós fomos direto para o quarto. Eu o abracei e apertei a bunda dele e ele apertou a minha me fazendo sentir o pau dele já duro na calça.
- estava com saudades do seu macho estava? – perguntou Fritz.
- estava sim – falei desabotoando a camisa dele.
- você é só meu é? Esse rabo é só meu? – perguntou ele.
- é sim – falei lambendo o peito dele. ele alisava meu rego e apertava minha bunda forte. Ele então me virou de costas e se agachou.
- tia a calça – falou ele.
Eu desabotoei o cinto e tirei a calça e em seguida a cueca.
- abre a bunda pra mim, mostra esse rabão gostoso pro seu macho.
Eu abri usando as mãos e ele meteu a língua e lambeu. A língua úmida e quente dele circulava meu rabo e ele cuspia no meu rabo e tentava enfiar a língua bem fundo.
- que delicia – falei.
Eu tirei minha camisa e me sentei na cama ele se aproximou e apertou minha cara no pau dele.
- aqui seu pauzão – chupa o meu pau – falou ele abrindo o zíper e tirando o pau babado de dentro da calça. Eu abri a boca e comecei a chupar aquele pau suculento. Eu chupava deliciosamente em um vai e bem frenético.
- não aguento mais – falou ele.
Ele então foi até a gaveta e pegou um pacote de camisinha e abriu colocou no pau e já veio por cima de mim e colocando na portinha e eu mandei que ele enfiasse tudo. Ele começou a me foder.
- me fode, me fode.
- rabo gostoso – falou ele me fodendo rápido.
Eu me masturbava sentido aquela rola dentro de mim e logo gozei no meu peito. Ele então tirou o pau e tirou a camisinha e gozou vários jatos em mim.
- Haaaa – gemeu ele.
Ele ficou em pé e eu me sentei na cama chupando o pau dele até que ficasse mole. Eu me levantei e demos um beijo de língua.
Logo tomamos um banho e comemos algo e eu já estava pronto para ir embora. Ele me deixou na porta de casa.
- te vejo amanhã – falou ele me dando um beijo de língua apaixonado.
Eu sai do carro e ele se foi.
Eu abri a porta e meu pai estava sentado na cozinha.
- boa noite pai – falei, mas ele não respondeu.
eu fui em direção ás escadas e ouvi ele chorando. Eu então larguei minha mochila e fui até ele.
- pai, está tudo bem?
Ele olhou pra mim. Estava até babando de tão bêbado.
- tudo bem? Olha o que você fez comigo. – falou ele.
Eu me afastei dele e fiquei de longe vendo ele se levantar tonto. Ele já não era o homem que eu admirava. Estava com a barba grande, sujo, o cabelo desgrenhado, não era o homem que eu admirava, mas era o único homem nesse mundo que me amava incondicionalmente. Eu não iria desistir dele tão fácil.
- pai... você quer ir amanhã comigo ao médico? Só para ver se está tudo bem – falei.
- e você? – perguntou ele – que tal ir junto para ver se ele cura essa viadagem sua? – ele disse isso dando um passo – você demorou a chegar hoje? Estava aonde? Estava dando seu rabo por ai? Eu sei o que você faz quando não está aqui, diz que vai trabalhar, mas dá o rabo até para os cachorros dessa cidade. Você é uma puta vagabunda e merece é pau nesse rabo seu.
Aquelas palavras foram em cortando. Não acreditava que ele estava dizendo aquelas coisa pra mim.
- não fala isso papai. – falei quase chorando – você me machuca dizendo essas coisas.
Ele se aproximou de mim e eu me afastei.
- vou pro meu quarto – falei me virando.
- não vira as costas pra mim moleque – falou ele me derrubando no chão e ficando em cima de mim.
- me larga pai – falei me contorcendo.
- vai levar no rabo. – falou ele abaixando a calça e tirando o pênis duro da calça.
- não se preocupa, ele vai ficar duro por um bom tempo. O remédio que Charley me dava realmente funciona bem. Eu sentia a baba deve cair na minha nuca
- PAAAAAI! PAAAI ME LARGA. – gritei desesperado. Eu batia as pernas e tentava socar o estomago dele com o cotovelo, mas ele era forte e conseguiu me segurar.
- SOCORRO! – gritei. Eu mesmo tempo que gritei ouvi um raivo alto e logo em seguida um trovão. A chuva caiu com tudo no telhado.
Ele então desceu minha calça e colocou o pau bem na entrada e enfiou de uma vez. Eu gritei de dor. Minhas pernas ficaram moles e eu quase desmaiei de dor. Eu tentava me soltar, mas não conseguia. Estava doendo muito. Ele começou um vai e vem e eu senti algo escorrendo da minha bunda. Era sangue. Eu estava agonizando de dor e arrastei as unhas tão forte tentando sair de baixo dele que duas unhas de cada mão arrancaram na hora.
Meu corpo todo tremia e dor. Eu continuava lutando, mas confesso que eu começava a fraquejar. O sangue que saia da minha bunda escorreu e passou pelo meu rosto. Sangrava muito. Eu gritava por socorro, mas a chuva abafava o som. Então meu pai de repente gritou forte e enfiou com mais força no fundo. Ele cambaleou de um lado para o outro e caiu de costas para o lado esquerdo.
Ele ofegava. Eu olhei para ele e ele estava de olhos fechados. Ofegante. Eu então usei minhas últimas forças para me levantar. Tudo doía, ardia como fogo dentro de mim. Eu me arrastei até a ponta da escada e usei o corrimão para me levantar. Eu comecei a chorar e eu subi as escadas degrau por degrau. Eu olhei para trás e ele ainda estava lá deitado e havia uma mancha de sangue enorme no chão e esse sangue estava no pênis do meu pai.
Eu subi vagarosamente e fui andando para meu quarto quase arrastando minhas pernas. Eu não aguentava mais de dor, estava com ódio de mim mesmo, com nojo no meu corpo e do toque de qualquer ser humano. Eu apenas sentei na minha cama e fiquei lá chorando. Bem devagar eu me deitei e me cobri. Não tive coragem de ligar para ninguém. Minha vontade era de morrer, mas nem isso eu conseguia. Eu fechei os olhos e fiquei chorando tentando dormir e depois de um tempo consegui.
Como se conta para uma pessoa que você foi estuprado pelo próprio pai? Essa é uma pergunta que não nos ensinam na escola, ou no trabalho, ou em qualquer outro lugar.
Eu acordei com o sol brilhando no meu rosto. Olhei para o relógio e o mesmo marcava 09h40min. Por um momento eu não me lembrava de nada, até que me mexi e senti algo molhando e gelado no meu corpo. Coloquei vagarosamente a mão para trás e esfreguei no meu ânus e trouxe ele molhado de vermelho.
Eu então me levantei devagar e vi a cama cheia de sangue. Eu fui para o banheiro, tirei minha roupa e fui para o Box. Eu abri o chuveiro e água quente caiu no meu corpo. Eu peguei o sabonete e me lavei. Agora não doía tanto, só quando a água caia e passava lá atrás. Eu gemia de dor enquanto esfregava e lavava o sangue. Um pouco estava seco então precisei esfregar, mas não sangrava mais.
Eu sai do banheiro enrolado na toalha e me sequei. Eu vesti uma roupa limpa e depois encarei a cama por um bom tempo. Eu peguei o lençol o cobertor e enrolei-os e joguei pela janela do corredor. Eles caíram atrás da casa. Eu andava devagar porque estava assado. Eu voltei para o quarto e peguei o colchão e levei até o corredor e joguei pela janela do corredor.
Eu fui até a ponta da escada e desci. A poça de sangue ainda estava lá e meu pai bêbado estava lá do mesmo jeito, com as calças abaixadas. Quando o vi meus olhos encheram de água e eu passei direto e peguei álcool na cozinha e fui até atrás da casa e puxei tudo para o fundo e joguei o álcool. Peguei um fosforo, risquei e joguei fazendo uma fogueira enorme. Eu voltei para dentro e subi as escadas e peguei minha roupa suja e levei para baixo. Chegando lá eu larguei a roupa no chão e fui até meu pai e tirei a roupa dele e levei junto com a minha e joguei na fogueira. Eu voltei até lá e arrastei meu pai para fora da sujeira e enrolei o carpete sujo de sangue e joguei no fogo que ardia em chamas flamejantes.
Meu pai se contorceu quando eu empurrei tentando acordá-lo.
- Mike... O que aconteceu. – falou ele com a voz rouca.
- vamos pai, vou te dar um banho – falei ajudando ele a se levantar. Nós subimos as escadas vagarosamente e de lá ouvi meu celular tocando. Eu apenas ignorei e continuamos a subir.
Nós fomos até o banheiro do quarto dele e eu o coloquei na banheira e abri as torneiras enchendo ela com água quente. Eu comecei a esfrega-lo e duas vezes tive que rapidamente segurar a cabeça dele fora da banheira porque ele vomitava.
Eu o lavei todo e depois que troque ia água duas vezes eu o ajudei a ficar de pé. Eu o enxuguei e o ajudei a se sentar na cama.
- minha cabeça está doendo – falou ele.
- eu vou pegar um remédio para o senhor – falei pegando uma cueca e uma bermuda para ele.
Ele se sentou na cama e eu vesti a cueca e depois a bermuda.
- deita na cama, eu vou trazer algo para você beber.
Eu fui até lá em baixo e peguei uma jarra de água e remédio para dor de cabeça, aspirinas e levei para o quarto. Eu entreguei uma aspirina no copo e ele bebeu e em seguida ele tomou um remédio contra a dor de cabeça.
- eu vou lá em baixo e já volto.
- ele apenas fechou os olhos e eu fechei as cortinas e liguei o ar condicionado.
Eu fechei a porta do quarto e desci. Eu limpei o chão e fui até lá fora e a fogueira já tinha queimado tudo. Eu apenas varri as cinzar e coloquei em sacos de lixo. Eu fui até meu quarto e peguei meu celular. Tinha umas 20 chamadas perdidas. Eu então retornei apenas para Adam.
- bom dia – falou Adam.
- bom dia – falei.
- Mike você não apareceu hoje.
- sinto muito Adam, eu amanheci muito mal e agora que eu melhorei é que estou ligando.
- você está bem?
- estou sim.
- quer que eu peça para Fritz ir ai?
- não precisa, eu só estou com muita dor de cabeça e dor na garganta, estou tomando um remédio e fiz um chá, amanhã eu devo estar melhor.
- tudo bem, mas se não estiver se sentindo bem, não precisa vir amanhã.
- obrigado... Adam... você me faz um favor?
- sim Mike.
- não conta para ninguém que estou doente, se alguém perguntar apenas diga que eu tinha um compromisso e não pude ir hoje.
- ok – falou ele.
- obrigado.
- melhoras – falou ele desligando o celular.
Eu sai do meu quarto e desci as escadas e fui até a despensa e peguei um balde e subi as escadas e levei ao quarto do meu pai. Eu abri a porta e ele estava de olhos fechados. Eu coloquei o balde no chão ao lado da cama.
- pai se precisar vomitar eu trouxe o balde.
- trás uma bebida pra mim – falou ele – vou me sentir melhor.
- não – falei.
Eu retirei minha chinela e dei a volta na cama e me deitei ao lado dele e deitei a cabeça no peito dele.
- se quiser beber, vai ter que se levantar e pra fazer isso vai ter que me tirar de cima de você. Você já bebeu o suficiente pai.
- foi apenas uma semana. – falou ele.
- já fez 1 mês pai.
- um mês? E meu trabalho… e você...
- não se preocupa com o trabalho pai, se preocupe com você ficar limpo.
- tudo bem – falou ele.
Ele então rapidamente se virou para o lado e puxou o balde vomitou nele. Eu me levantei e peguei um pacote de lenços humedecidos e coloquei no criado mudo ao lado dele. Eu voltei a me deitar junto dele.
- minha cabeça está estourando – falou ele se sentando e colocando um copo com água e bebendo.
- deita e dorme pai, vai melhorar.
Ele se deitou e fechou os olhos e logo ouvi ele roncando. Eu não queria dormir, mas estava muito cansado e acabei pegando no sono.
Acordei de repente sentindo uma leve dor na coluna. Eu me levantei assustado. Meu pai não estava mais deitado. Eu então olhei para o quarto e meu pai não estava em nenhum lugar.
- pai? – falei saindo do quarto.
Eu desci as escadas e ele estava sentado na cozinha tomando algo.
- o que é isso? – perguntei me aproximando.
- café – falou ele tomando um gole. – estou tomando café em um copo de plástico porque não encontrei nenhum.
- porque o senhor não dormiu?
- mais? Meu corpo está até doendo de tanto dormir.
- quantas horas?
- olha lá fora – falou meu pai sinalizando para a janela.
Estava escuro e silencioso lá fora.
- quantas horas? – perguntei indo até o relógio no micro-ondas. o relógio digital marcava 05:30 da madrugada.
Eu tinha dormido o dia inteiro e a noite inteira. Eu então senti um vazio no estômago estava morto de fome.
- o que aconteceu com a janela? Aonde está a televisão? O carpete? Os copos.
- você quebrou tudo – falei ficando em pé.
- eu? – perguntou meu pai.
- sim. – falei.
Ele então olhou fixamente pra mim e viu meu olho um pouco roxo.
- quem te machucou no olho? Que tem bateu.
Ele se levantou e olhou mais de perto e logo pegou minhas mãos e viu os curativos que eu tinha feito para minhas unhas arrancadas.
- Mike... quem.. .quem fez isso com você?
Eu não respondi nada e apenas fiquei calado e ele simplesmente entendeu.
- Mike... eu... me perdoa... eu nunca-ca...
- esquece – falei. – o que aconteceu, aconteceu.
Ele se sentou abatido.
- eu estava triste com... com o que tinha acontecido e bebi um pouco.
- você bebeu durante um mês pai e esse foi o pior mês da minha vida.
O senhor me bateu, quebrou tudo dentro da casa.
- me... perdoa – falou ele começando a chorar.
- não chora – falei me aproximando e abraçando ele. Ele apertou o rosto no meu peito.
Eu apertei os lábios e começaram a escorrer lágrimas do meu rosto. Meu pai nunca iria saber o que fez comigo dois dias atrás. Agora eu sei que não deveria ter contado sobre Charley, se eu contar sobre o estupro ele voltaria a beber.
- eu perdoo – falei abraçando ele. – eu aguentei tudo o que você fez porque eu sei que se fosse ao contrário o senhor faria o mesmo por mim.
Ele me abraçou mais forte e não me soltou.
- me promete que nunca mais vai beber.
- prometo – falou ele se levantando e me abraçando. Eu passei os dedos nos olhos e limpei as lágrimas dele.
- me promete outra coisa? Eu vou procurar um psicólogo e vou pagar para você vê-lo duas vezes por semana. – a verdade é que também iria ver o psicólogo porque eu tinha medo do que o estupro faria a mim á longo prazo.
- tudo bem – falou ele – você vai trabalhar hoje?
- acho que vou ficar em casa com o senhor.
- não precisa, vai.
- o senhor não via ficar trancado dentro de casa. Quer saber, eu vou te dar o meu cartão e você vai comprar tudo o que está faltando. A TV, talheres...
- não posso aceitar – falou ele.
- pai, o senhor não precisa ser sempre o “homem da casa”. Deixe algumas responsabilidades comigo.
- ok – falou ele.
Eu entreguei o meu cartão do banco com a senha e logo fui me arrumar para ir ao trabalho. Antes de sair fui me despedir dele. Eu peguei minha carteira e entreguei dinheiro para ele.
- pai, usa para colocar combustível no seu carro e quase ia me esquecendo, amanhã vai ter uma festa na casa do Adam e quero que o senhor vá comigo.
- tudo bem – falou ele pegando o dinheiro. Eu vi que ele ficou sem graça. Eu conhecia meu pai, aquilo era pior do que ser abusado, era como tirar a masculinidade dele.
Ele estava sentado no balcão da cozinha e eu alisei as costas dele.
- não fica triste, eu sou seu filho. É obrigação minha cuidar do meu pai quando ele precisa de mim.
- tudo bem – falou ele – tenha um bom trabalho. – falou ele me dando um beijo no rosto.
Então fui para o trabalho.
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