Paixão Secreta [01x13]


BY: MisteryonMcCormick CAPÍTULO TREZE
Anjo Com As asas Feridas
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Sonhei que estava andando em uma floresta e um anjo brilhante desceu em minha frente e assim que eu o toquei ele perdeu sua luz e suas duas asas se quebraram e ele caiu em agonia e dor no chão e eu assustando andei para trás até que cai em um abismo e acordei ofegante. Eu não abri os olhos imediatamente. Eu senti uma dor na cabeça e coloquei a mão e senti um curativo.
Eu levei um susto e pensei estar em um hospital eu dei um pulo na cama e me sentei rápido.
Eu olhei em volta e ainda estava no meu quarto. Minha cabeça começou a latejar pelo movimento brusco que eu fiz e eu me levantei me lembrando do desmaio e o motivo dele. Eu me lembrei da filmagem. Eu olhei para meu computador e ele ainda estava desligado. Aquelas cenas vieram à tona na minha cabeça fazendo com que ela doesse mais. Eu olhei para o relógio e era 01h40min da madrugada.
A cena do meu pai desacordado na cama e Charley estuprando ele veio mais forte e dessa vez eu me levantei tonto, coloquei a mão na ferida que doía e abri a porta do meu quarto.
- PAAAI – gritei chamando por ele.
Eu fui no corredor andando e cambaleando me apoiando na parede.
Eu ouvi passos na escada e de repente meu pai surgiu e me segurou no último instante antes que eu caísse com tudo no chão.
- filho! – falou ele.
Logo atrás veio Adam, Steve, Gray, Xavier e Denny.
- me ajudem a leva-lo pra cama. – falou meu pai.
- pai – falei tonto enquanto ele me levantava e me levava de volta para o quarto. Eu ouvi passos na escada, mas não vi quem tinha chegado.
Eles me colocaram na cama e eu deitei com tudo. Eu senti algo escorrendo do meu rosto. Tinha sangue saindo do curativo.
Eu passei o dedo e vi o vermelho.
- Fritz ele está sangrando – falou Adam.
Eu olhei para a porta e Fritz entrou e se aproximou de mim.
Ele abriu meus olhos com os dedos e colocou uma luz forte nos dois.
- ele está consciente, os reflexos estão bons. Ele só forçou a ferida e por isso vou ter que tirar o curativo e ferificar, pois alguns dos pontos podem ter sido abertos.
Eu me sentei me escorando na cabeceira e Fritz se sentou na cama e ficou de frente pra mim.
- olá rapaz – falou Fritz em alto e bom som – está me ouvindo?
Eu balancei a cabeça positivamente.
- você sabe seu nome? Se sim eu preciso que me diga voz alta.
- Mickey – falei quase sussurrando.
- ótimo, agora preciso que diga o nome das pessoas que você vê nesse quarto.
Eu olhei e fui dizendo os nomes.
- Larry, Adam, Steve, Xavier e Denny.
- muito bem – falou Fritz.
Você consegue levantar os braços e mate-los no ar por 10 segundos?
Eu levantei os braços deixando ele na horizontal e Fritz contou até dez e eu logo eu desci os braços.
Ele foi até minhas pernas e deu beliscões.
- ai – falei.
- ótimo. – falou Fritz. – ele tem o movimento de todos os membros – falou ele olhando para trás.
- graças a deus – falou meu pai.
- pelo visto não temos uma sequela aparente, mas não estamos livres do risco, as próximas 12 horas são de suprema importância ele precisa caminhar, conversar e o mais importante, não pode dormir.
- você entendeu? – perguntou Fritz pra mim.
- sim.
- vamos fazer de tudo para que não precisemos levar você ao hospital entendeu? Seja um rapaz obediente e não durma.
- okay – falei dando uma risada que fez minha testa doer. Duas gotas de sangue caíram no meu rosto.
- nós temos que fazer o curativo. Pessoal eu vou precisar que vocês saiam. – falou Fritz.
- alguém pode ficar aqui comigo? – perguntei – eu tenho medo de agulhas.
- pode sim – falou Fritz – mas só uma.
- eu fico filho – falou meu pai.
- não pai – falei – eu me lembro da mamãe.
- eu até ficaria – falou Adam. – mas eu não posso ver sangue se não desmaio.
Quando ele disse isso eu vi que ele estava de costas.
- pelo amor de deus, qualquer um. – falei sentindo uma pontada na ferida.
- eu fico – falou Steve. – dando a volta na cama e se sentando ao meu lado e escorando na cabeceira.
- filho, eu liguei para o Charley e logo ele vai estar aqui. – falou meu pai antes de sair.
Fritz tirou o curativo revelando a feria.
- não – falei tremendo a voz. – não o quero dentro dessa casa pai! – a cada palavra que eu falava eu aumentava o tom da minha voz.
- ele não pode passar estresse nenhum durante esse tempo. – falou Fritz.
- tudo bem – falou meu pai confuso – eu vou ligar para ele e dizer que você está cansado.
Eles saíram e fecharam a porta.
- alguns pontos abriram – falou Fritz.
Ele se levantou e foi até a cômoda e pegou a pasta preta que ele tinha trazido e pegou uma agulha de sutura e a linha para fechar.
- Mike, infelizmente eu não vou poder colocar anestesia em você então vai doer. Vou ser bem sincero, vai doer bastante.
Eu respirei fundo quando ele disse isso.
- ainda bem que você não veio de jaleco – falei – isso me assustaria mais.
Ele se aproximou e sentou-se na cama e limpou a cicatriz e preparou a agulha. Eu estava com tanto medo que me tremia todo, meus dentes começaram a bater como se eu estivesse com muito frio.
- fica calmo – falou Fritz. – eu preciso que você se acalme e não se mecha.
- segura minha mão – falou Steve.
- conversa com ele Steve assim ele se distrai.
Ele me deu a mão e eu segurei.
- pode apertar – falou Steve – mas não se acostumando a segurar minha mão. Já fique sabendo que comigo você não tem chance
- coitado – falei sentindo a agulha entrar. Eu apertei a mão dele e gemi de dor.
- A Vanessa também veio – falou Steve – ela está lá em baixo.
- todos vocês... – dei uma pausa enquanto o ele puxava a linha – todos vocês vieram?
- sim. Você não sabe o que seu pai aprontou. Ele deixou todo mundo doido. Quando você desmaiou ele foi até você e arrancou a camisa e cobriu o corte. Ele correu aqui no seu quarto e ligou para todo mundo da sua lista. Ele ligou pra mim, pro Adam, Gray... Todo mundo. Ele ligava e perguntava se não conhecíamos um médico que atendia em casa, mas nenhum de nós sabia, até que ele ligou para Adam que ligou para o Fritz.
- ainda bem que ele não ligou para a ambulância – falei – seria pior pra mim. Ele sabe o que eu faço quando entro em um hospital.
- prontinho – falou Fritz.
- foi rápido.
Eu soltei a mão do Steve e esperei Fritz colocar outro curativo.
- pronto, agora não levanta daqui até você estar bem. Quando você não estiver mais tonto você chama um de nós para te ajudar a descer as escadas.
- obrigado – falei – obrigado por ter vindo.
- não me agradeça. É meu trabalho. E não precisa ficar com pressa que eu vá embora porque você precisa ficar em observação e como você não vai ao hospital o hospital veio até você. Preciso ficar aqui.
- me promete que não vou precisar ir para o hospital. – falei.
- você precisa fazer duas coisas: não dormir e se sentir alguma dor me falar imediatamente. Ou do contrário vou precisar te levar ao hospital para fazer uma série de exames.
- tudo bem – respondi.
Fritz olhou no relógio e disse que viria me ver em 10 minutos.
Steve se levantou para sair.
- chama meu pai pra mim, por favor?
- tudo bem. – falou ele saindo.
- deixa a porta aberta.
Ele saiu e a porta ficou aberta.
Algum tempo depois meu pai entrou no quarto.
- o que foi filho?
- pai eu não quero mais que Charley entre nessa casa está ouvindo?
- porque filho?
- eu vou terminar o namoro com ele assim que eu vê-lo. Eu não te dizer o motivo, mas pode considerar nosso relacionamento acabado.
- tudo bem – falou meu pai – mas fique sabendo que ele é um rapaz muito bom.
- pro favor pai, não posso me estressar nem toque no nome dele perto de mim.
- tudo bem – falou ele segurando minha mão. Eu vi que ele estava com um curativo no dedo.
- aonde o senhor se cortou?
- quando eu estava na estante da sala procurando a lista telefônica eu esbarrei no anjo de vidro que sua mãe comprou o dia que nos mudamos pra cá. Eu fui recolher os cacos e acabei me cortando.
- tudo culpa minha – falei.
- não se preocupe com isso.
Fritz bateu na porta e entrou.
- vim checar como nosso garoto está – falou ele checando mais uma vez os meus reflexos. – tudo certo – falou ele, te vejo em 10 minutos.
- pai chama a Vanessa pra mim eu quero vê-la.
- tudo bem – falou meu pai saindo do quarto e logo Vanessa veio.
- oi Mike – falou ela ficando em pé.
- senta na cama, você está em casa.
Ela se sentou.
- como você está?
- estou bem melhor agora.
- obrigado por ter vindo – falei – fico feliz que tantas pessoas se importam comigo.
- eu fiquei muito preocupada, liguei para Adam e perguntei onde você morava e ele me passou o endereço.
Vanessa e eu conversamos por quase 1 hora, eu não tinha marcado, mas Fritz tinha vindo até meu quarto ver como eu estava seis vezes então foi mais ou menos isso.
- já vou descer você precisa descansar.
- chama o Xavier pra mim.
- eu chamo – falou ela saindo do quarto e descendo as escadas.
Em poucos minutos Xavier apareceu.
- oi Mike – falou ele entrando e ficando em pé.
- não se acanhe pode sentar na cama.
Ele então se sentou.
- que susto você nos passou.
- quase morro e levo todos comigo? – falei dando uma risada.
- mais ou menos isso.
- eu estou é envergonhado, o único dia para vocês subirem a ladeira com abacaxis azuis.
Eu parei de falar.
- o que? – perguntou Xavier.
Eu respirei fundo.
- eu só estava caixas de números bebidas com medo. – eu me assustei com o que tinha dito. Era como se eu não controlasse o que queria dizer. Eu pensava nas palavras, mas não era elas que saiam.
- FRITZ! – gritou Xavier na porta.
Eu comecei a ficar com medo.
Ele veio correndo e meu pai veio atrás junto com todo mundo.
- o que aconteceu? – perguntou Fritz sentando na cama e já olhando meus reflexos.
- nós estávamos conversando e então ele começou a falar coisas sem sentido.
- quantas vezes? – perguntou Fritz.
- duas vezes. Ele começou a falar normalmente e então de repente ele dizia várias palavras sem sentido.
- Mike, você está entendendo o que eu digo? – perguntou Fritz.
Eu não em atrevi a dizer uma palavra com medo do que fosse sair e apenas balancei a cabeça positivamente.
- você precisa falar algo. – falou Fritz.
- eu apenas balancei a cabeça negativamente – e se eu perdesse a fala?
- eu sei que você está com medo – falou Fritz – mas isso pode acontecer não significa que você não vai conseguir conversar normalmente. Existe uma parte do cérebro que é responsável pela dicção das palavras, é mais provável que tenha sido só um choque. É normal isso acontecer em casos de pancadas no crânio.
- você sempre diz uma frase quando está se sentindo com medo de fazer algo, qual é ela? – perguntou meu pai.
- sempre faça aquilo que te dá mais medo – falei.
- diga outra vez – falou Fritz.
- sempre faça aquilo que te dá mais medo. – falei outra vez sem erros e dei um sorrido. – ainda bem.
- eu não te disse? A pancada foi forte é normal isso acontecer, eu trabalho com muitas crianças eu já vi casos de perda da visão temporariamente, perda do movimento de um dos braços e até pessoas que não conseguem segurar a urina e fazem na roupa.
- ainda bem que não fiquei com esse.
- diga mais algumas coisas só para eu ter certeza.
- tudo bem – falei.
- me fale algo sobre você? – falou Fritz
- meu nome é Mike, gosto de filmes de terror, meu pai colocou meu nome de Mickey por causa do desenho e meu cachorro se chama Pluto pelo mesmo motivo.
- cante alguma coisa pra mim. – falou ele – uma música que tenha aprendido a letra recentemente.
- “Call all the ladies out, They’re in their finery, A hundred jewels on throats, A hundred jewels between teeth.”
- ainda bem que não é cantor – falou Steve fazendo todos rirem.
- perfeito – falou Fritz – agora cante uma música que sabe cantar a muito tempo.
- “But when you touch me like this, And you hold me like that, I just have to admit, That it's all coming back to me”.
- não peça pra ele cantar mais nada ou vai ser a gente vai precisar de médico. – falou Steve outra vez.
Todos riram e Fritz rindo disse que não precisaria mais cantar.
- aproveitem porque da próxima vez vão ter que pagar pra ver essa linda voz. – falei brincando.
- vai morrer de fome – falou Steve. – é brincadeira.
- vou precisar que façam algo por mim, preciso que fiquem conversando com ele o tempo todo e que observem o comportamento dele. Se ele começar a dizer algo e parar de repente ou então esquecer o que estava falando.
- tudo bem – responderam todos.
- eu fico aqui com ele – falou Denny.
Todos saíram e Denny se sentou na cama.
- você está melhor?
- estou sim. Desculpa ter que ficar acordado em uma noite de domingo.
- sem problemas. – falou Denny.
- Denny eu preciso contar uma coisa séria pra você.
- o que é?
- fecha a porta do quarto, por favor, e tranque.
- o que foi?
- liga meu computador e abre um programa chamado Camera TSG. Eu coloquei umas câmeras escondidas na casa.
- você está me assustando – falou ele indo até o computador e ligando ele.
- quando abrir o programa clique na barra azul e vão aparecer quatro telas. As imagens estão salvas é só clicar em play.
O computador ligou e ele abriu o programa e fez o que eu orientei e logo o filme começou a passar.
- você escondeu câmeras na casa toda? – perguntou ele vendo as filmagens.
- só na cozinha, na sala e no quarto do meu pai.
- que dia é esse? – perguntou Denny assistindo ao Charley chegando e meu pai o recebendo.
- sexta-feira passada. Eu estava trabalhando.
Avança até a hora em que eles bebem.
Denny avançou e ficou assistindo atento. Então chegou a cena que Charley via a cozinha pegar a cerveja.
O filme passava e eu via a cara de Denny.
- Mike... isso é uma piada? – perguntou Denny quando Charley tirou a roupa do meu pai.
- não – falei limpando lágrimas que caiam dos meu olhos – infelizmente essas filmagens são reais.
Ele continuou assistindo até que não conseguiu mais e desligou.
- não consigo assistir mais isso – falou Denny – Mike, seu pai sabe disso?
- não – falei engolindo e limpando os olhos para que não ficassem vermelhos.
- o que você vai fazer? Você tem que levar isso a policia.
- não posso – falei – não posso fazer isso.
- eu estou chocado Mike. Estou horrorizado com isso. Você não pode deixar isso passar. Ele poderia ter matado seu pai com aqueles remédios e com a bebida.
- eu sei – falei – você não acha que tudo isso passou por minha cabeça? O pior é que eu pensei que Charley estava tendo um caso com meu pai.
- então foi isso que aconteceu aquele dia que me ligou chorando?
- foi.
- Mike ele precisa pagar pelo que fez.
- eu estou pensando em algo e quero sua opinião – falei.
Ele então deu a volta na cama e se sentou meu lado. E eu comecei a explicar o que faria.
Eu expliquei o que eu faria para Denny e ele tinha aprovado o que faria afinal seria o mais sensato porque o que mais me preocupava era a dignidade do mau pai. Se ele descobrisse que Charley o botava pra dormir e depois o estuprava ele ficaria arrasado. Sem contar que ele mataria Charley. Literalmente. Ele abriria o cofre que tem no quarto dele e pegaria a arma que tem lá dentro e daria um tiro no meio da testa do Charley.
- é o melhor a se fazer – falou Denny.
- e meu pai não corre o risco de ser exposto.
- eu não sei – falou Denny – tenho que pensar.
- Imagine se ele tivesse feito isso comigo? E se ele tivesse me sedado para fazer suas perversões? Como eu vou saber que ele não fez isso com outra pessoa?
Alguém bateu na porta.
- pode abrir
Fritz abriu a porta.
- com licença, hora de te checar novamente. – falou ele.
- claro falei.
- vou deixar vocês á sós. – falou Denny saindo.
- eu não posso mesmo dormir?
- não. Você está muito cansado? – perguntou Fritz.
- um pouco.
- você está ok. – falou ele.
- quantas horas? – perguntei.
- agora são 04h38min.
- que droga, ainda falta muito.
- não se estresse você quer ir lá pra baixo?
- quero – falei descendo minhas pernas. Eu fiquei em pé e dei um passo e Fritz ficou ao meu lado e eu coloquei a mão no seu ombro.
Nós fomos andando passamos pelo corredor e chegando á escada.
- vamos descer um degrau de cada vez. – falou Fritz.
Nós descemos um por um até finalmente chegarmos à sala e eu logo me sentei no sofá.
- decidiu descer? – perguntou Gray.
- sim. Eu estava entediado lá em cima.
- não adiantou muito vai morrer de tédio aqui também – falou Vanessa que se aconchegava ao lado de Steve.
- gente se vocês quiserem ir embora ou irem dormir podem ir. Eu fico aqui.
Todo mundo protestou quando disse isso. Qualquer ruído na calada da noite parecia um barulho ensurdecedor.
- claro que não – falou Xavier. – vamos ficar aqui com você até termos certeza de que está melhor.
- tudo bem – respondi.
Todos começaram a conversar entre si e eu apenas fiquei observando eles. Meu pai estava sentado ao meu lado eu então me aproximei dele e deitei a cabeça no ombro dele.
Eu fiquei por alguns instantes, mas aquela posição estava começando a dar uma dor no meu pescoço.
Eu tentei me aconchegar, mas de todo o jeito que eu fazia meu pescoço ficava doendo e a posição não me favorecia.
Eu então peguei p braço direito dele e passei por trás de mim. Ele me puxou pra perto dele Eu então me aconcheguei e deitei a cabeça no braço dele ficando de olho aberto olhando para o pescoço dele e para o pomo-de-adão que ficava subindo e descendo enquanto ele falava. Eu fiquei hipnotizado por aquilo e logo o sono veio com tudo e eu comecei a fechar os olhos.
- ele vai dormir – gritou Vanessa.
Eu levei um susto porque meu pai deu um pulo no sofá e me sacudiu.
- não dorme – falou ele.
- eu não estou dormindo – falei ainda deitado no braço dele de olhos fechados.
- abre os olhos então – falou Steve.
- não precisa eu estou acordado. – falei. – olhem pra minha perna enquanto eu estiver balançando ela, significa que eu estou acordado – falei.
Não passou nem 10 segundos eu me assustei outra vez com meu pai apertando minha bunda.
- para pai. – falei ainda deitado.
- quer saber – falou ele tirando o braço de trás de mim e me fazendo sentar direito. – senta direito, você está armando pra cima de mim você quer é dormir.
- você não pode dormir – falou Fritz.
- então me entretenham para que eu não durmo. Porque quando o sono vem assim em mim eu não consigo ficar acordado – falei de olhos fechados, bocejando. Meus olhos até lacrimejavam de tanto sono.
- Larry, nos fale sobre como Mike aprendeu a usar a privada. – falou Adam.
- acordei – falei abrindo os olhos e passando a mão para acabar o sono. – se vocês acham que vão falar sobre mim criança ou pegar os álbuns de fotos e ficar folheando vocês podem tirar o cavalinho na chuva.
Todos deram risadas.
- vou lá pegar os álbuns – falou meu pai fazendo menção de se levantar.
- eu subo as escadas e me jogo de lá de cima. Só pra dar mais trabalho.
- tudo bem – falou meu pai rindo.
- vamos jogar adivinhação é sempre uma boa forma de passar a noite – falou Vanessa.
- ótimo, eu adorei a ideia – falei me arrumando no sofá.
- como se joga? – perguntou Xavier.
- é fácil – falei animado – eu escolho uma personalidade e dou ficas e vocês tem que adivinhar quem eu sou. Eu vou primeiro.
Eu pensei por alguns instantes.
- pronto escolhi.
- eu sou loira – foi minha primeira dica.
- deixa eu adivinhar... Madonna – falou Steve.
- engraçadinho você acha que só porque eu sou gay vou escolher Madonna?
- então quem você escolheu?
- Britney.
Todos deram risadas até Fritz. Eu também comecei a rir. O sono estava começando a afetar meu humor.
- é sério – falei parando de rir. – eu vou de novo.
- tudo bem – falou Gray.
- eu sou amarelo.
- Bart Simpson, Homer Simpson. – chutou Adam.
- não. – falei.
- eu tenho a voz engraçada.
- Bob Esponja. – falou Steve.
- não – falei.
- tenho só alguns fios de cabelo na cabeça.
- eu não tenho a mínima ideia. – falou Xavier.
- o Piu-Piu? – falou Vanessa.
- passou longe. – falei. – vocês nunca vão adivinhar.
- essa é a última dica. – falei pensando para ser uma bem difícil. – eu apareci em um filme.
- Pikachu. – falou meu pai.
- não. – falei – ninguém mais?
- tem certeza que não é Britney de novo? – falou Steve
- vai se ferrar Steve – falei rindo.
Eu esperei mais alguns segundos e ninguém respondeu.
- ninguém mais? Adam? Gray?
- e você Fritz? Não tem nenhuma dica? – perguntou Gray.
- não se incomodem comigo podem jogar – falou ele.
- vamos, só um palpite – falei.
- ok – falou ele franzindo a testa. – Você é amarelo, fala engraçado, tem apenas alguns fios de cabelos e apareceu em um filme? – perguntou Fritz.
- isso mesmo.
- um Minion?
Eu arregalei o olho.
- acertou – falei.
Todo mundo deu risada e começou a falar sobre a resposta.
- não valeu você é médico é mais inteligente que nós – falou Steve.
- como você sabia? – perguntei.
- eu trabalho com crianças então não foi difícil.
- ponto pra você – falei.
As horas foram passando e fazíamos de tudo para passar o tempo mais rápido, jogos, conversa fora, televisão. Eu estava com sono, mas o dia foi amanhecendo e o sono foi passando. Logo meu pai fez café da manhã com ajuda de Adam e Gray. Nós fomos todos para a cozinha tomamos café da manhã e antes que percebêssemos o relógio marcava 10h00min da manhã.
Eu fui para a cozinha e me sentei a balcão tomando um copo de suco de laranja.
- eu vou ficar acordado até ás 14h00min né? – perguntei para Fritz.
- seria até ás 14h00min, mas como você teve aquele probleminha na fala eu decidi deixar você em observação até ás 18h00min.
- fiquei acordado até agora, posso aguentar até ás 18h00min.
Eu mal terminei de dizer essa frase e meu celular tocou. Era Charley.
Eu ignorei a chamada.
Eu percebi que Fritz estava um pouco ansioso, pois ele olhava a hora no celular a cada 30 segundos e logo adivinhei o porquê.
- se estiver com vontade de fumar, pode ir lá fora.
- as pessoas perdem a confiança. Ir a um médico que fuma é como comprar remédios para emagrecer de uma pessoa acima do peso.
- ele não via se importar com isso e eu também não. Pode ir lá fora.
- sendo assim eu fico mais tranquilo – falou ele se levantando e indo até lá fora.
Meu celular tocou outra vez. Era Charley e mais uma vez eu ignorei.
Passou-se alguns segundos e ouvi o celular do meu pai tocando. Era a droga do Charley. Meu pai atendeu e veio até a cozinha.
- Charley quer falar com você.
- fala que eu estou muito cansado para conversar.
- Charley ele não quer falar agora, ele está muito fraco.... ok.... tudo bem... – meu pai desligou o celular – ele está vindo aqui.
- pai não adiantou nada. Eu não quer vê-lo.
- seja lá o que for que aconteceu com vocês, você precisa encará-lo.
Adam ficou olhando pra mim. Ele provavelmente pensava que Charley tinha me traído e era por isso que eu não queria vê-lo.
- fale com ele – falou Denny vindo até mim – fale agora.
- você acha? – perguntei sussurrando.
- quando ele vier o chame para seu quarto e conte tudo.
- tudo bem – falei.
Depois de 30 minutos alguém tocou o interfone. Era Charley. Meu pai usou o controle para abrir o portão e ele colocasse a moto pra dentro.
Eu me levantei e fui recebe-lo na porta.
- Mike o que aconteceu – falou ele entrando.
- eu cai – falei.
Ele veio me dar um beijo, mas eu virei o rosto.
- eu te fiz alguma coisa? Perguntou ele.
- vamos lá pro meu quarto, eu quero conversar com você.
- eu posso pelo menos cumprimentar todo mundo?
- não, vem logo aqui pra cima.
Nós subimos as escadas e entramos no meu quarto.
- o que está acontecendo? – perguntou Charley quando eu tranquei a porta.
- eu quero te fazer uma pergunta – falei.
- o que? – perguntou Charley se sentando na minha cama.
- você sabia que nessa casa tem câmeras?
Eu vi que ele arregalou os olhos quando disse isso, mas ele disfarçou bem e logo não mostrou mais expressão.
- o que tem isso?
- sério? – perguntei sarcástico – você não é burro Charley, você é jovem, bonito, mas não é burro você sabe muito bem do que eu estou falando. Você não é idiota. Quer dizer, você foi idiota o bastante para estuprar meu pai aqui dentro dessa casa, mas você não é idiota a ponte de não entender que nessa casa tem câmeras.
- eu não sei do que você está falando – falou ele.
- Eu estou falando rápido demais? Eu posso falar mais devagar pra você entender deixa o tio Mike soletrar: Charley... Eu comprei câmeras e escondi pela casa e elas filmaram você drogando meu pai e transando com ele.
Ele não disse nada e ficou apenas me encarando.
Eu me virei fui até o computador e coloquei a filmagem para rodar.
Ele ficou paralisado enquanto assistia a ele mesmo fazendo sexo com meu pai.
- você não pode contar isso pra ele.
- como é que é? Não vai tentar explicar isso pra mim? Está mais preocupado se ele vai ver a filmagem?
- Mike, por favor, não mostra isso pro Larry ele vai ficar com raiva de mim.
- você está de brincadeira? raiva? Ele via te matar.
- você não entende Mike, eu amo seu pai, eu estou apaixonado por ele. Seu pai é apaixonado pro mim.
- você é louco? Você drogou meu pai e estuprou ele.
- ele não está drogado ele está só dormindo. – falou ele com um sorriso no rosto e um olhar de ternura para a filmagem.
- veja como ele é lindo. meu homem.
- você é louco – falei.
- Mike você não entende, seu pai e eu fomos feitos um para o outro ele estava sempre com um sorriso no rosto e seu olhar começava a me dar medo. – quando eu vim na sua casa pela primeira vez rolou um olhar entre nós dois Mike. Seu pai olhou pra mim do jeito que nenhum outro homem olhou.
Ele parecia um maníaco enquanto dizia aquelas coisas.
- acorda Charley meu pai não gosta de você seu babaca.
- gosta sim Mike. A primeira vez que vi seu pai eu me apaixonei por ele e por seu corpo. Eu tive que me satisfazer em casa pensando nele. Toda vez que eu via seu pai eu me satisfazia em casa até que finalmente eu tive a chance te ficarmos sozinhos. Eu então preparei uma bebida para seu pai e coloquei algo que ajudasse ele a relaxar afinal era nossa primeira noite sozinhos.
- você é louco, você não entende? Meu pai não te ama Charley e ele não via querer te ver quando eu mostrar essas filmagens pra ele.
- você não via fazer isso – falou Charley avançando em mim e me derrubando no chão ele subiu em cima de mim e pressionou suas mãos fortes no meu pescoço.
- você não vai nos separar.
Eu estava sem ar. As mãos dele estavam fortes em meu pescoço.
- desculpa Charley, mas você só está nos atrapalhando seu pai. Nós vamos ter mais tempo quando ele não tiver que se preocupar com você.
Eu tremia as pernas e os braços, minha cabeça doía, mas eu não conseguia escapar de suas mãos.
Charley começou a chorar em cima de mim, ele estava nervoso e repetia palavras de amor para meu pai enquanto em enforcava.
Eu tentava respirar, mas isso só arranhava minha garganta.
Eu tentava agarrar algo com as mãos e depois de procurar agarrei um fio e o puxei com força. A tela no meu computador caiu com toda a força no chão.
Temos um banheiro no segundo andar e Vanessa estava indo ao banheiro quando ouviu o barulho.
Ela parou de andar e ficou olhando em direção a minha porta.
- Mike? – falou ela.
Eu bati minhas pernas e senti elas ficarem dormentes e depois meus braços.
- Mike? Você está bem? – ela disse isso abrindo a minha porta.
Ela deu um grito quando viu Charley me enforcando no chão.
- SOCORRO! SOCORRO! – falou ela gritando com todas as forças.
Eu infelizmente já não respirava e Charley continuava apertando meu pescoço.
Uma barulheira se formou enquanto todos subiam pelas as escadas desesperadamente.
- MIKE! – gritou Vanessa chorando.
Gray entrou no quarto primeiro e quando viu a cena deu um chute nas costelas de Charley o fazendo soltar meu pescoço.
Meu pai entrou no quarto e quando em viu se ajoelhou ao meu lado.
Fritz entrou no quarto e Charley tentou se levantar e ele e Gray o derrubaram outra vez.
- Larry! – falou Charley tentando se soltar. Ele estava mais forte do que de costume.
- liga pra ambulância – falou Steve.
- Adam pegou o celular e saiu pelo corredor chamando a ambulância.
Charley se contorcia tentando se soltar então Fritz deu um soco na cara dele e depois outro e o terceiro foi certeiro. Charley desmaiou.
Meu pai se afastou de mim devagar e se apoiou na parede. Seu rosto não tinha expressão ele apenas ficou lá em silêncio. Fritz saiu de cima de Charley e veio até mim e colocou o ouvido no meu coração e não ouviu o som das batidas. Ele pegou no meu braço e não tinha pulso.
- precisamos da ambulância. – falou Fritz.
- está a caminho – falou Adam. – ele está vivo?
Fritz abriu minha boca, tampou meu nariz e fez respiração boca a boca e massagem no meu coração.
- eu não vou aguentar perder mais alguém. – falou meu pai. – eu não vou perder meu filho.
Fritz mais uma vez fez respiração boca a boca e logo após massagem no meu coração.
Meu pai se levantou e saiu do quarto.
- você está bem Larry? – perguntou Adam.
Meu pai não respondeu nada e apenas entrou no quarto e bateu a porta.
Fritz continuava tentando me reanimar e mais uma vez sem sucesso.
“Ele abriria o cofre que tem no quarto dele e pegaria a arma que tem lá dentro e daria um tiro no meio da testa do Charley” – Essas foram às palavras que vieram à cabeça de Denny.
Denny estava de fora com os braços cruzados olhando para mim caído no chão ele então olhou para o corredor e foi em direção ao quarto do meu pai.
Ele abriu a porta e meu pai estava ajoelhado no chão com a arma na mão apontada para a cabeça.
- Larry – falou Denny pulando em cima do meu pai e derrubando ele no chão. O tiro ecoou quando a arma disparou na parede. Eu abri os olhos assustado com o barulho e dei uma garfada de ar.
- ele acordou – falou Xavier ajoelhado ao meu lado junto ao Fritz.
- precisamos leva-lo ao hospital – falou Fritz se levantando e saindo do quarto. Eu estava fraco e não conseguia me mexer direito.
Fritz se levantou correndo e foi até a porta receber os paramédicos. Steve se ajoelhou no chão e colocou a mão em baixo da minha cabeça me fazendo ficar mais confortável.
Ele alisou meu pescoço vendo as marcas que tinham ficado por causa da força que Charley colocou em mim. Meu pai entrou no quarto e Xavier se levantou dando espaço para ele.
- pai – falei com a garganta doendo. Minha voz saiu rouca.
- não se preocupe filho, eu estou aqui – falou ele alisando minha testa que suava frio.


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