BY: MisteryonMcCormick CAPÍTULO DEZESSEIS
Quebrando O Gelo
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Na segunda-feira acordei cedo e tomei um banho quente. Voltaria novamente para o trabalho depois de uma época turbulenta. As cicatrizes no meu pescoço agora faziam parte de mim, eu teria que aceita-las, querendo ou não.
Depois do banho passei no quarto do meu pai, abri a porta, mas ele não estava lá. Eu então fui até o quarto de hospedes e ele dormia na cama de casal.
Eu fui até ele e o acordei.
- pai, não vai para o trabalho?
- mais tarde – falou ele sem abrir os olhos. – hoje vou entrar mais tarde.
- tudo bem – falei dando um beijo no rosto dele.
Eu fui para o ponto de ônibus esperar por ele. Depois de um bom tempo ele apareceu. Depois de uma longa viagem finalmente eu tinha chegado ao trabalho.
Fui até o 5º andar e lá as pessoas me cumprimentaram e já olhavam meu pescoço, mas eu tentava ignorar, afinal se eu fosse outra pessoa eu também olharia e ficaria me perguntando o que teria acontecido.
Troquei-me e logo subi para o 20º andar. Liguei as luzes, liguei o computador da sala de Adam e logo fui para a recepção. Logo Adam chegou me dando bom dia.
- bom dia Mike – falou ele.
- bom dia Adam.
- fico feliz que esteja de volta.
- eu fico feliz por estar de volta.
- não se preocupe, hoje mesmo vou falar com meu amigo juiz para procedermos sobre aquele assunto.
- tudo bem – falei.
O expediente começou e por volta dás 08h18min os outros começaram a chegar aos poucos. Vanessa, Steve, Xavier, Gray e Fritz.
- bom dia – falei para eles à medida que chegavam.
- bom dia – falou Fritz.
Logo todos eles estavam dentro da sala de Adam.
Eu atendi alguns telefonemos nesse tempo. Eles ficaram em reunião por volta de 1 hora até que Adam em ligou.
- Mike, você pode vir aqui, por favor.
- sim senhor – falei desligando o telefone.
Eu peguei a agenda eletrônica e entrei na sala.
- Mike você pode agendar uma viagem, por favor?
- posso sim.
- então, você pode marcar para daqui 2 meses. Dia 9.
- ok. Marcado. Para New York?
- sim. Mesmo hotel. Reserve seis quartos.
- tudo bem – mais alguma coisa?
- na verdade sim.
- o que?
- eu queria discutir algo com você faz mais de duas semanas, mas devido aos seu acidente caindo da escada não tivemos oportunidade de discutir.
- sim senhor.
- estou falando sobre sua promoção.
- promoção?
- sim. – falou Adam. – todos fizemos uma reunião semana passada e concordamos que você merece uma promoção.
Ele disse isso pegando uma carta na gaveta e me entregando. Eu abri.
- você vai receber 20% de aumento no seu salário, meus parabéns, você merece.
- obrigado – falei apertando e Mão dele.
- você merece – falou ele.
- obrigado a todos – falei. – por isso e por tudo o que fizeram pro mim nesses dias.
Todos apertaram minha mão me parabenizando e logo eu sai da sala e voltei para meu local de trabalho.
15 minutos depois todos foram embora. Por volta dás 11h12min Adam saiu da sala e disse que iria encontrar com o amigo juiz e que demoraria a voltar.
Eu digitei vários papeis no computador e meu horário de almoço se aproximava. Eu liguei para meu pai quando o relógio marcou 11h50min.
A primeira vez que liguei o telefone chamou até cair na caixa de mensagens, eu liguei outra vez e logo ele atendeu.
- oi pai, está no trabalho?
- não, estou em casa – falou ele.
- não foi para o trabalho hoje?
- não, eu não estou me sentindo bem.
- o senhor está bem? Quer que eu vá embora?
- não. Fica tranquilo, eu estou bem.
- qualquer coisa você me liga tá bem?
- eu ligo sim – falou ele.
Despedimo-nos e assim que desliguei meu computador para ir ao horário de almoço. Antes que eu me levantasse o elevador chegou ao andar e de dentro dele saiu Fritz.
- olá – falou ele vindo até mim.
- oi – falei.
Ele veio até mim e me deu um selinho.
Eu olhei para a câmera. Eu realmente não queria que ninguém descobrisse.
- você quer almoçar comigo? – perguntou ele.
- quero sim – respondi.
Nós descemos de elevador e fomos a um restaurante de escolha dele. Nós conversamos enquanto comíamos.
- você pensou sobre a cirurgia no pescoço? – perguntou ele.
- eu não quero fazer. Eu andei pensando e acho que posso conviver com isso. As cicatrizes me fazem mais forte, o que não te mata te fortalece. Essa coisa toda... você sabe.
- sie sim – falou ele colocando comida na boca e mastigando – fico feliz que esteja mais otimista.
Depois que comemos Fritz pediu a conta e insistiu em pagar, mas eu insisti mais ainda em dividirmos e foi o que aconteceu.
- o que você vai fazer agora? – perguntou ele.
- não sei, geralmente eu volto para a empresa e fico descansando no silêncio do estacionamento.
- eu também quero relaxar e não tenho nenhum paciente agora – falou ele.
- vem comigo, podemos ficar juntos lá. Eu tenho mais de uma hora de horário de almoço.
Nós entramos no carro dele e logo ele começou a dirigir.
- quer ir mesmo para a empresa? Nós podemos ir pra minha casa, fica perto daqui.
- pode ser – falei.
Ele então mudou o trajeto e foi a caminho da casa dele. Realmente não ficava longe da empresa. Logo nós chegamos a casa dele. Ele chegou em um portão de grade preto e abriu usando o controle. Ele estacionou o carro na garagem e nós saímos.
- nossa sua casa é muito bonita.
- obrigado – falou ele.
Tinha uma piscina no fundo e um jardim verde mais atrás. A cozinha tinha portas de vidros enormes o que dava uma visão panorâmica da piscina e da área verde.
- você quer algo para beber? – perguntou ele.
- água – falei.
Ele colocou água em um copo e me entregou.
- pode se sentir em casa – falou ele.
- obrigado – falei indo até a pia para lavar o copo e colocar de volta na prateleira.
- deixa ai – falou ele pegando o copo da minha mão e colocando na mia e ao mesmo tempo ele me virou e me de um selinho e logo eu correspondi abraçando ele e demos um beijo de língua. Ele se apoiou na pia e ficamos nos beijando e explorando o corpo um do outro.
Ele pegou meu rosto entre suas mãos e dava beijos na minha bochecha. Eu desabotoei a camisa dele e aos poucos fui revelando seu peito e barriga brancos como neve. Ele tinha o corpo sarado e definido. Eu levantei os braços e ele tirou minha camisa.
Eu tirei a camisa dele e joguei no chão.
Eu alisava o peito dele e logo senti a excitação dele em mim.
- vamos pro quarto – falou ele.
Eu então segui ele pela sala, subimos as escadas e logo chegamos a um quarto e ele abriu a porta e ele se sentou na cama. Eu me sentei ao lado dele e o abracei dando beijos em seu rosto e pescoço enquanto ele tirava o sapato e a meia.
Logo ele ficou em pé e tirou a calça ficando apenas de cueca cinza. Eu me levantei e começamos a nos beijar e Fritz tirava minha calça e minha cueca enquanto eu alisava a bunda dele por baixo da cueca.
Ele então tirou a cueca e eu me sentei na cama e peguei o pau dele com minha mão esquerda e comecei a masturba-lo e logo ele se aproximou cada vez mais até que coloquei na minha boca. Eu comecei a chupar e fazer um vai e vem. Eu tirei minha cueca enquanto o chupava e comecei a me masturbar.
Eu o chupei por uns 10 minutos até que eu me levantei e nos beijamos outra vez esfregando nossos paus.
- agora eu vou te possuir – falou ele indo até a cômoda e abrindo a gaveta e pegando três pacotes de camisinha amarelas sabor banana. Ele me colocou de frango assado na cama e colocou a camisinha no pau e se abaixou e deu uma lambida na minha bunda que me fez gemer e delirar.
- haaa, que delicia – falei sentindo a língua dele explorar meu rabo.
Ele então deu uma cuspida e se levantou colocando o pau bem na entrada.
- enfia, mete tudo – falei abrindo a bunda. Ele logo começou a forçar e a rebolar e logo a cabeça entrou e eu comecei a me masturbar enquanto todo o pau entrava dentro de mim.
Ele então começou a me foder bem gostoso. Eu me masturbada sentindo aquele pau deflorar meu cuzinho.
Ele me fodeu rápido e senti meu rabo pegando fogo.
Eu então me levantei e ele me agarrou em pé e beijou meu pescoço e enfiou o pau na minha bunda e me comeu em pé. Ele passou o braço esquerdo pelo meu pescoço gentilmente e me segurava dando beijos na minha orelha.
Eu gemia sentindo aquela rola majestosa saindo e entrando.
- vou gozar – falou ele colocando agora as mãos na minha cintura. Seu corpo continuava colado no meu. Seu peito apertava nas minhas costas até que senti o forçar o pau dentro de mim. Senti o pau dele inchando dentro de mim e senti em seguida a camisinha enchendo e quase ao mesmo tempo gozei me masturbando.
- haaa – gemi alto.
Ele também gemeu alto e assim que gozou ele me segurou e ainda com o pau dentro de mim se sentou na cama e eu me sentei no colo dele.
- levanta – falou ele.
Eu bem devagar me levantei e senti o pau maio mole dele sair de mim. Ele se deitou na cama transpirando e eu me deitei ao lado dele.
Ele virou o rosto pra mim e demos um beijo de língua.
- gostoso – falou ele. – você me matou de tesão agora.
- gostoso é você – falei dando um selinho na boca dele – há muito tempo não tenho um sexo tão bom.
Depois de alguns minutos deitados conversando nós fomos obrigados a nos levantar e tomar um banho.
Tomamos banho juntos e vestimos nossas roupas. Logo ele me levou de volta para a empresa e ele entrou no estacionamento do subsolo apenas para me deixar.
- tenho que ir, estou em cima da hora – falei quando ele parou o carro.
- vou sentir sua falta – falou ele dando um selinho na minha boca. – vou embora, daqui 1 hora tenho um paciente.
- também vou sentir a sua – falei dando outro selinho na boca dele.
Ele acendeu um cigarro e assoprou a fumaça e me deu outro selinho. Eu sai do carro e logo ele partiu e eu fui para o elevador. Eu cheguei à recepção e voltei ao trabalho. Por todo aquele dia foi difícil me concentrar, pois tudo o que eu pensava era em Fritz e na transa que tivemos. Eu estava começando a me apaixonar por aquele homem.
Passou-se três semanas que eu e Fritz tínhamos feito sexo pela primeira vez. Eu estava me apaixonando pro ele cada vez mais. Tudo o que eu sentia por Adam desapareceu assim que transamos e a paixão que eu tinha por ele agora eu sentia por Fritz.
Meu pai não ia trabalhar todos os dias, ele estava se sentindo mal quase todos os dias. Às vezes eu chegava em casa e ele estava nocauteado no sofá de tanto beber. Adam tinha conseguido a ordem de restrição contra Charley então eu estava mais calmo.
Eu e Fritz continuávamos namorando em segredo já fazia duas semanas e era uma quarta-feira quando acordei atrasado para o trabalho.
Eu me levantei rápido e fui até o quarto do meu pai. Ele não estava lá como sempre. Eu procurei em todos os quartos, mas ele não estava em nenhum. Eu desci as escadas.
- pai? – falei olhando na sala e vendo-o dormindo no sofá. Em cima da mesa havia uma garrafa de uísque vazia. – pai acorda – falei sacudindo ele, mas ele não respondeu e apenas gemeu.
Eu peguei a garrafa e fui até a cozinha e coloquei embaixo da pia com as outras. Meu pai andava deprimido e eu sabia o porquê, mas eu não tinha nem coragem de tocar no assunto, eu sabia que contar pra ele não seria o melhor caminho, meu pai é homem e um homem orgulhoso, se quando uma mulher é estuprada ela se sente depressiva, impotente e nojenta imagina para um homem descobrir que foi estuprado dentro da própria casa, como sempre eu apenas me arrumei e fui para o trabalho, afinal se continuasse desse jeito meu pai não teria mais o emprego dele.
Logo que cheguei na empresa me troquei e fui para o 20º andar e fui direto na sala de Adam para explicar o motivo de chegar atrasado.
- bom dia – falei.
- bom dia – falou Adam.
Eu fui até a mesa dele e me sentei na cadeira de frente para ele.
- eu só queria dizer que não vai acontecer outra vez o atraso, meu celular não despertou e meu pai não em acordou.
- está tudo bem? É a terceira vez essa semana que você chega atrasado. Algum problema com você ou seu pai?
- está tudo bem – falei mentindo, eu não podia contar o que estava acontecendo, pois isso só pioraria a situação dele.
- qualquer coisa pode falar comigo – falou Adam – nós continuamos amigos, mesmo depois de termos transado eu ainda te considero amigo.
Eu fiquei sem graça quando ele disse aquilo.
- está ficando vermelho porque? – falou Adam.
- Shhh fala baixo, as paredes tem ouvido.
- as paredes e as câmeras – falou ele apontando.
- a pessoa que olha essas câmeras deve estar horrorizada, espero que não seja fofoqueira.
- não se preocupe todas as pessoas que olham as câmeras recebem a mais pelo sigilo, inclusive assinam contrato.
- menos mal. – falei.
- então, eu estou esperando todos chegarem, pois vou anunciar algo e você tem que estar presente.
- tudo bem – falei – vou lá fora ligar meu computador e assim que precisar de mim é só me chamar.
- tudo bem – falou ele.
Eu me levantei e voltei ao posto de trabalho.
Todos iam chegando, me cumprimentando e entrando na sala de Adam. Assim que todos chegaram Adam ligou e pediu que eu entrasse.
Eu entrei e fiquei em pé, pois todos os lugares estavam ocupados.
- bom dia – falou Adam.
Todos responderam.
- bom eu gostaria apenas de conversar com vocês sobre uma ideia que eu tive. – ele então se arrumou na cadeira e olhou pra mim. – Mike como está indo o trabalho? Acumulado?
- um pouco – falei – desde que Fritz chegou eu tenho acumulado mais serviço, especialmente pelo crescimento de investidores e de casos que estamos pegando.
- exatamente e é por isso que eu pensei em contratar outro assistente.
- outro assistente? – falou Xavier – você não acha que o Mike é o suficiente?
- não será pra mim – falou Adam. – vai ser o seguinte, assim que eu contratar um novo assistente Mike vai estar apenas a meus serviços, novo assistente ira fazer apenas o serviço que vocês cinco passarem para ele. O que vocês acham?
- ótimo – falou Gray – faz tempo que precisamos de um assistente, as vezes precisamos e ficamos sem jeito de pedir para Mike, afinal você passa praticamente todo o serviço que precisamos.
- por isso vou contratar só um. – falou Adam.
- perfeito – falou Vanessa.
- mas como vamos fazer no caso de mim? – perguntou Fritz. – eu quase não fico na empresa e às vezes estou com pacientes e vou precisar que o assistente vá até meu trabalho ou onde estiver.
- sim, eu pensei nisso e o assistente ficará em transição, onde vocês estiverem ou precisarem dele, ele estará.
- se for assim, eu concordo – falou Fritz.
- ele não será como o Mike que tem uma mesa de trabalho. – falou Adam – Mike eu vou começar as entrevistas e assim que contratá-lo vou precisar que você o treine.
- sim senhor.
- ótimo – falou ele. – bom pessoal é só isso que eu tenho para dizer por enquanto.
Eu sai da sala e todos aos poucos foram embora. Antes de ir embora Fritz veio até mim.
- Mike, você vai fazer algo hoje à noite? – perguntou ele quase sussurrando.
- não.
- o que você acha de passar a noite lá em casa? Nós podemos ir a locadora de filmes e passara noite assistindo filme, como você disseque gosta.
- pode ser – falei.
- ok, eu venho te buscar ás 18h00min. – falou ele – até mais tarde.
- até – respondi.
Na parte da tarde eu liguei para meu pai para avisar que não passaria a noite em casa. O telefone chamou, mas ninguém atendeu. Eu liguei no trabalho dele, mas ele não ido trabalhar. Eu teria que passar em casa antes de ir para ver como meu pai estava.
Assim que o expediente acabou eu me arrumei e desci até o estacionamento do subsolo e esperei Fritz chegar. Depois de 15 minutos esperando eu vi o carro dele se aproximando.
Ele parou e eu entrei e assim que fechei a porta eu fui até ele e demos um selinho.
- que saudades – falou ele.
- também – falei. – é difícil te ver de manhã e não poder te dar um beijo.
- concordo, por isso digo que devemos contar para todos.
- não – falei – já te disse que não quero.
- tudo bem – falou ele.
- olha, eu vou precisar fazer algo antes de ir embora.
- o que? – falou ele saindo do estacionamento e indo para a rua.
- eu vou precisar ir lá em casa, eu preciso falar para meu pai que não vou dormir em casa e acho que o celular dele está descarregado – menti.
- tudo bem – falou ele.
Assim que cheguei em casa eu sai do carro e abri o portão e a porta e vi a casa toda escura.
- pai? – falei ligando as luzes. Fui até a área, a cozinha e ele não estava. Eu subi as escadas e ele não estava no quarto dele e nem no meu. Fui no primeiro quarto de hospedes e ele não estava.
- ele só pode estar lá – falei indo em direção ao último quarto. Eu abri a porta e meu pai estava sentado na cama com um copo de bebida na mão olhando para nada.
- pai? – falei – mas ele não se moveu e nem olhou pra mim. – o senhor está bem?
Ele tomou um gole da bebida e olhou pra mim.
- oi?
- pai eu só queria dizer que não vou dormir em casa.
- ok – falou ele tomando outro gole e voltando a olhar para o nada.
Eu sai do quarto e fechei a porta. Eu fui andando e desci as escadas pensando no meu pai. eu tinha que ajuda-lo, mas não sabia se conseguiria ajuda-lo sozinho. Eu tranquei toda a casa e entrei no carro do Fritz.
- falou com ele? – perguntou Fritz.
- sim.
- vamos então?
- sim. – falei.
E logo ele partiu.
Antes de irmos para a casa de Fritz passamos na vídeo locadora e alugamos dois filmes. Assim que chegamos a casa dele, ele foi pedindo comida japonesa e eu me sentei no sofá. Eu não conseguia tirar meu pai da cabeça, eu ficava pensando em como ele estaria se sentindo, depressivo, bebendo já faz três semanas e não ia mais para o trabalho, eu realmente precisava fazer algo. Eu me assustei quando Fritz repousou as mãos no meu ombro.
- te assustei foi?
- quase me matou – falei.
Ele deu a volta no sofá e se sentou ao meu lado.
- está pensando no que?
- em nada.
- você parece estar deprimido, você não queria vir?
- queria sim, não é nada – falei forçando um sorriso.
Ele me abraçou e deu um selinho na minha boca.
- vou fazer você esquecer o que estiver pensando. – ele disse isso me dando um beijo de língua.
- já esqueci – falei dando um beijo no rosto dele.
- você quer tomar um banho? – perguntou ele.
- quero sim.
- você pode vestir uma bermuda minha – falou ele.
Eu o segui até o quarto dele e Fritz pegou uma bermuda de dormir e colocou em cima da cama e saiu do quarto.
Eu arranquei minha roupa e entrei debaixo do chuveiro quente. Eu fechei os olhos sentindo a água na minha pele, tudo o que vinha na minha mente era meu pai. Eu não conseguia tirá-lo da minha cabeça.
Tomei o banho e vesti a bermuda e logo que sai Fritz tomou o banho dele. Enquanto Fritz estava no banho à comida chegou, eu paguei e coloquei na cozinha. Eu estava preocupado com meu pai e aproveitei para ligar no celular dele.
O telefone chamou e ninguém atendeu, meu pai ainda estava bebendo. Minha vontade era de ir embora, mas Fritz não acharia nada legal se eu fizesse isso e eu também queria ficar na companhia dele afinal tínhamos ficado o dia todo separados.
- a comida chegou? – perguntou ele descendo as escadas.
- sim. – falei forçando um sorriso.
Ele se aproximou de mim e me deu um beijo demorado.
- eu te disse que meu beijo melhorava o astral.
- sim – falei.
Nós comemos e começamos a assistir um dos filmes. Apagamos todas as luzes e sentamos bem pertinho um do outro com um cobertor sobre nossas pernas.
Enquanto assistíamos eu peguei meu celular e ficava ligando para meu pai, mas ele não atendia.
- tudo bem? – perguntou Fritz – parece que você não está se concentrando no filme.
- estou sim – falei.
- o filme está ruim?
- não – falei – é só impressão sua.
- tudo bem, se estiver ruim nós podemos tirar.
- ok – falei.
Nós continuamos a assistir o filme e Fritz começou a alisar minha perna e a todo o momento dávamos beijos. Certo momento não ligávamos mais para o filme e tudo o que fazíamos era beijar.
Eu fechei os olhos e senti ele beijando meu pescoço e eu apertei o ombro dele e logo pedi que ele parasse.
- me desculpa – falei.
- o que foi? – perguntou ele.
- eu não posso fazer isso, eu preciso ir embora.
- eu fiz algo que você não gostou?
- não é você, é meu pai. eu estou preocupado com ele.
- aconteceu algo com ele?
- eu não sei, faz dias que ele não via trabalhar e fica só dentro de casa eu tenho medo de deixa-lo sozinho. Desculpa-me por isso, mas você pode me levar em casa?
- claro – falou ele se levantando.
Eu fui até o quarto dele e vesti a minha roupa e ele vestiu apenas uma camiseta azul e nós entramos no carro.
- quer que eu passe a noite com você? – perguntou ele.
- não. Acho melhor que apenas eu fique com ele.
- tudo bem.
Nós seguimos viajem.
- se você precisar de qualquer coisa, pode me ligar a qualquer hora tudo bem?
- claro – falei.
Depois de um tempo já estávamos na porta da minha casa.
- obrigado por me trazer – falei – e me desculpa por estragar a noite.
- não precisa se desculpar, especialmente pelo motivo. Eu seria muito mesquinho se ficasse chateado por causa disso.
- obrigado – falei dando um selinho nele. – te vejo amanhã.
- te vejo amanhã – falou ele esperando eu abrir o portão e entrar. Logo ouvi o barulho do carro indo.
Logo que eu abri a porta da sala eu vi meu pai sentado no sofá com a TV ligada em um volume muito alto. Havia uma garrafa de bebidas em cima da mesa de centro e ele estava com um copo.
- pai?
- onde você estava? – perguntou ele com a voz um pouco fraca.
- eu te disse que ia sair, eu te liguei e o senhor não atendeu. Precisamos conversar pai.
Ele então ficou de pé, ele estava um pouco tonto.
- sobre o que? – perguntou ele sério tomando um gole.
- sobre você não ir ao trabalho, não sair mais de casa e ficar bebendo o dia inteiro.
- o que? Não posso beber dentro da minha própria casa?
- pode pai, mas é que...
- se uma bicha me embebeda e coloca o pau em mim dentro da minha casa, porque eu não poderia beber nela.
Aquilo me chateou um pouco.
- pai, o senhor está bêbado.
- cala a boca, cala a porra da boca – falou ele pegando a garrafa e enchendo o copo outra vez.
Eu não disse nada e apenas dei uns passos até ele.
- sai de perto de mim – falou ele.
- larga esse copo pai – falei levando as mãos de leve até o copo.
- POR QUÊ?! – meu pai gritou. - POR QUÊ? A casa é minha e eu faço o que bem entender –
Ele disse isso jogando o copo contra a televisão fazendo um estouro. Aquilo me assustou e me fez recuar. Eu olhei a tela a TV quebrada e olhei pra ele.
- o que está fazendo? – perguntei bravo – você não é assim.
- para de me dizer o que ser, o que fazer, como eu sou... a culpa é sua. Você fica trazendo esses homens pra dentro da minha casa.
- vamos pai, eu te levo pra cama – falei me aproximando e quando eu cheguei perto o suficiente para abraça-lo e leva-lo escada acima ele me empurrou e me deu um soco no olho com a mão direita. O soco me fez cair no chão em cima da mesa de centro que era de vidro e ela se quebrou nas minhas costas.
Meu pai colocou as duas mãos na cabeça quando me viu caído se contorcendo de dor.
- filho... eu... me desculpa.
Eu então me levantei e olhei no chão. Não tinha sangue. Por sorte o vidro era temperado e não teve nenhum estilhaço grande, mas meu rosto estava ardendo e doendo. Eu estava tonto.
- filho, me desculpa, eu não sei o que... – falou ele pausando e colocando a mão na testa.
- vamos, eu te levo pra cama. – falei passando a mão nas costas dele e o guiei até o quarto de hospedes com a cama de casal e o deitei.
- me perdoa – falou ele fechando os olhos na cama. Ele estava tonto e cansado.
- tudo bem, esquece isso e vai se deitar – falei saindo do quarto e fechando a porta. Quando a porta bateu foi como uma martelada no meu coração eu comecei a chorar. Coloquei a mão no meu olho e senti-o inchado e um pouco de sangue caindo.
Eu fui até meu quarto e entrei no banheiro e vi meu olho começando a inchar, vermelho. Chorando eu abri o armário odo banheiro e coloquei remédio no olho. Ardeu bastante, mas eu aguentei. Minha mão tremia enquanto o remédio entrava na ferida. Mais lágrimas escorriam.
Eu sai do quarto e desci as escadas indo até a geladeira e peguei gelo e coloquei em um pano e coloquei no olho. Eu olhei para a sala e vi a mesa e a TV quebrada com as lágrimas escorrendo dos olhos.
Eu comecei a sentir uma dor no quadril, provavelmente da queda e tive que subir a escada mancando. Eu fui até o quarto e abri a porta ele já estava desmaiado na cama. Eu fechei a porta e fui para o meu quarto, apaguei a luz e me deitei me cobrindo. Eu fechei os olhos esperando a dor ir embora, mas só aumentou a dor que eu sentia, mas eu preferi fechar se olhos fechados porque pelo menos assim parecia que tudo aquilo era um pesadelo.
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