BY: eugeniomattos
As coisas são mesmo imprevisíveis. Acredite em mim, tudo, por mais articulado e planejado, pode vir abaixo num lampejo. Uma máscara cultivada por anos de esforço pode cair inesperadamente. Digo isso para introduzir uma história que se me ocorreu dia desses. Sou um sujeito sério, de uma seriedade tal que às vezes espanto possíveis e futuros ex-amigos. Sempre fui assim, aprendi a sê-lo. Essa minha sisudez, fruto menos do mau humor que me é peculiar do que de uma timidez que sempre escondi do mundo, parecia complicar, e muito, o meu projeto de me aproximar de um amigo de trabalho. M., que por motivos óbvios abrevio o nome para evitar complicações, veio de São Paulo para trabalhar ao meu lado na empresa de publicidade que, a duras penas, mantenho aqui no DF. Sou um pequeno empresário nascido e criado no planalto central, casado há pouco mais de 30 anos, reputação ilibada, masculinidade a toda prova, um casal de filhos que já bateu asas em busca de novos ninhos. Devo confessar, entretanto, que sempre me senti atraído por outros homens e nunca tive sérios problemas com relação à minha homossexualidade. Sim, gosto do cheiro de outro homem, da pegada, da virilidade, do jogo de submissão e controle que envolve o sexo entre machos. Apesar de casado com uma mulher, devo lhes dizer que nada se compara a estar na cama com outro homem. Nada, absolutamente nada. O prazer que sentimos ao dar prazer a outro é infinitamente superior àquele experimentado com uma fêmea. Só um homem sabe como tratar o cacete alheio. Nutro muito convictamente a certeza de que todo sujeito, pelo menos a maioria esmagadora, sente atração por outro homem. Eu duvido que alguém, em sã consciência, negue-se ao prazer de ser boqueteado por uma boca masculina. Até reconheço que, por motivos culturais, grande parte desses machos que declaradamente aceitam e curtem o trabalho oral de outro homem em seu cacete não se submeteriam à posição passiva. Alguns até alimentam o desejo oculto de comer um cu masculino, mas dar nunca. Como disse, muito mais por uma questão cultural. Homem que é homem, não chupa outro homem, não dá o cu, é o que devem pensar. Mas não me enganam, pois lá no fundo, aposto minha cueca, salivam com uma vontade amarrada, amordaçada, reprimida. Parafraseando o grande e falecido Raul Cortez, não existe hetero puro, existe homem mal cantado. Eu tive minha primeira experiência em 2001, com outro homem, mais velho, e foi maravilhoso. Já escrevi sobre essa experiência aqui mesmo no blog, é só conferir. De lá pra cá, tentei outras experiências e, pasmem, apaixonei-me até, certa vez, por um engenheiro carioca que julguei, iludido, seria o homem da minha vida. Foi bom e foi muito ruim. Não aconteceu, não tinha que acontecer. Enfim, essa é outra história que talvez conte em outra oportunidade. Por ora, quero falar de M. Dois anos mais velho que eu que tenho 57, também casado, veio sozinho para Brasília trabalhar comigo. Foi indicado por um amigo em comum, ciente de seus ótimos trabalhos com políticos tucanos em São Paulo. M. é muito competente em sua área, além de ser um homem maravilhosamente apetitoso. Branco de ascendência irlandesa, cerca de 1m90cm de altura (eu com meus 1,70), corpo belíssimo, uma barriga discreta, porte de cavalo de raça, uma cabeleira ruiva emoldurando um rosto bonachão, fraterno, receptivo, com olhinhos muito azuis cravados sob sobrancelhas fartas. No princípio, incomodava-me seu jeitão meio grosso de tratar dos assuntos. Estranhava tanta franqueza, a falta de filtros e talvez até ausência de um certo verniz cultural. Em duras palavras, M. tinha um jeitão meio bronco de ser, e isso mais me atraía que desconcertava. Julguei-o prepotente, muito por conta de sua competência e arrogância, que se mostrava nas reuniões de trabalho, quando, me desculpem o paradoxo, me pegava às vezes a saborear seus ademanes plenos de testosterona. Tivemos algumas pequenas discussões que terminaram sempre com tapinhas nas costas. Sim, ele tem o costume de conversar tocando nas pessoas. Mal sabe ele que, aos poucos, aqueles toques foram despertando um desejo enorme em mim. Comecei a observar mais atentamente e, é claro, muito discretamente, o volume do seu cacete dentro da calça de tergal. Ele não usa jeans, gosta de calças de tecido fino, calças largas, e que propiciam uma visão privilegiada de um membro balançando, quando anda. Desconfiava que cueca não lhe era um acessório cotidiano, ou mesmo que talvez usasse aquelas velhas cuecas samba-canção, que sempre julguei excitantes. Tudo naquele macho se tornou excitação em mim. A fartura de pelos corporais, que eu admirava quando ele, camisa aberta no peito, exibia inocentemente. Os braços cobertos por aquela penugem clara e perfumada. Cheiro de homem, cheiro de macho. Quem conhece o fruto, sabe do que estou falando. Nada se compara a um abraço de homem te envolvendo com força e cumplicidade, a respiração forte no pescoço, a barba roçando no ombro. Ai, meu bom Deus dos pederastas! Disse no início deste relato que, na vida, não há lugar para planos inflexíveis nem máscaras que eternamente se sustentem. As coisas acontecem, às vezes, de maneira inesperada, para o bem ou para o mal. Morando num pequeno flat próximo ao conjunto Nacional, no centro de Brasília, M. costumava trabalhar nos fins de semana. Ele tinha uma cópia da chave do escritório e, sozinho, dirigia-se nos domingos para a sua sala: “Vou adiantar esses projetos, pois pretendo terminar antes do prazo e viajar pra São Paulo”. Foi o que me disse naquela sexta-feira. No domingo, em casa, minha esposa, ao ouvir meu comentário de que M. estava trabalhado no escritório, sugeriu que eu levasse algo para ele comer. Vá lá, Osmar, o coitado está aqui sozinho, longe da esposa, comendo essas comidas de restaurante todo dia. Leve um pouco dessa lasanha para ele. Obviamente essa sugestão caiu-me como uma promessa de maravilhas, pois acordara já excitado, rolando na cama, tocando-me, e pensando naquele meu irlandês bronco, sozinho no trabalho. No carro fui sonhando em tê-lo todo meu, mas com toda a consciência de que era apenas um sonho. Cheguei no escritório e quis lhe fazer uma surpresa. Entrei como um gato, sem fazer qualquer barulho. Vou confessar: eu estava de pau duríssimo pensando em nossas solidões e na possibilidade de que elas acabassem naquela manhã. A porta da sala estava aberta, vi suas pernas estiradas diante do computador e fui atingido por uma surpresa maravilhosa. Sem perceber a minha presença, M. exibia um enorme cacete rosado, a glande intumescida, exposta e brilhando, os pentelhos fartos, ruivos como seus cabelos. Era uma ferramenta invejável. Grossa. Da porta, em silêncio, fiquei admirando aquele gigante paulistano-irlandês se masturbando diante da tela do computador. Suas mãos fortes comprimindo toda a extensão do cacete, apertando o saco. Ele assistia aos vídeos pornográficos do site Xvideos. Eu reconheço o sítio, pois costumo apreciar a putaria ali armazenada. Eram vídeos heteros e isso me desanimou. Percebendo a minha respiração, ele assustou-se e fez menção de guardar o pau. Eu, sorrindo, disfarçando a minha excitação com a vasilha contendo a lasanha, disse-lhe que não se incomodasse com a minha presença, que não via problema e que, acreditem se quiserem, eu tinha achado tudo muito bonito. Sim, eu tão sisudo, tão sério, tão mascaradamente macho, entreguei-me de mão beijada. Ele, sorrindo, quis conferir a minha fala. Você achou bonito me ver assim? Nesse momento percebi que tinha dado bandeira. Fiquei encabulado. Ele insistiu: gostou de ver o meu cacete? Perdendo a timidez e, obviamente senhor da situação, ele expôs a fruta rígida e suculenta e provocou-me: não gostaria de me dar o prazer de sua mão? Quem sabe, sua boca? Eu, sorrindo amarelo, não consegui conter meu desejo. Venha aqui, Osmar. Solte-se. Sei que você gosta. Eu me ajoelhei diante dele, entre suas pernas, fechei meus olhos e, guiado pelo desejo e pela sua mão poderosa que puxou meus cabelos delicadamente, envolvi sua glande com meus lábios. O gosto inconfundível de um cacete, aquele sabor salgado, aquele cheiro de pica, meu Deus, como é bom! Ele permaneceu parado, usufruindo do meu desejo agora liberado. Beijei seus pentelhos ruivos, um cheiro bom de sabonete e limpeza. Ele abriu bem as pernas, facilitando o acesso aos ovos. Puxou minha cabeça em direção ao baixo ventre me fazendo mergulhar em seu escroto. Que ovos! Que saco enorme, macio, quente. Abocanhei cada um dos testículos, fazendo com que ele gemesse a dor gostosa do prazer. Lambi sua virilha, enquanto as minhas mãos acariciavam suas coxas peludas e musculosas. M. tem o porte de um guerreiro medieval. Abri os botões de sua camisa e beijei seus mamilos, duros. O cheiro que saía daquele corpo me envolvia e me deixava maluco. Ele sorrindo me disse: nunca imaginei que você fosse essa puta submissa, Osmar. Que surpresa boa. E eu, sugando aquele cacete, só pensava em me alimentar de porra. Um pequeno intermezzo: o risco do sexo sem preservativos é enorme e não aconselho ninguém a jogar essa roleta. No meu caso, arrisquei por pura confiança no perfil de homem sério, casado, maduro que M. ostenta, mas sabemos que isso não é garantia alguma, não é mesmo? Enfim, o tesão era tanto que me deixei levar pelos caprichos viris do meu amigo. Ele, ciente de seu domínio sobre mim, além de me chamar de puta, começou a tratar-me como tal. Esfregou o pau em meu rosto e sorriu dos meus olhos fechados. Vou encher seu cu de porra, minha puta. Eu tremi, não era minha intenção ser penetrado. Não que não gostasse, pois adoro, mas por que não planejei absolutamente nada do que estava ocorrendo ali naquela sala. Não lavei meu cu, não fiz a tal chuca, portanto não poderia garantir perfeita higiene numa relação anal. Disse isso a ele. Ele sorriu e disse que puta não podia se preocupar com isso, que deixasse com ele, “seu macho”, ele enfatizou. Eu decido se como ou não e como estou há quase um mês sem meter, hoje vou comer seu rabo. Mandou que eu tirasse a roupa, coisa que fiz com prazer e medo. Ele se despiu completamente e eu pude admirar aquele Deus dublinense. Que delicia de macho. Eu tinha tirado a sorte grande. Já despido, ele me segurou pelos braços e me fez ficar de costas para ele. Senti sua mão procurando o meu cu. Ele introduziu um dedo e eu, quer dizer, meu cu piscou. Hum, o cuzinho apertado do Osmar está querendo rola e vai levar muita vara hoje. Ele enfiou seus dedos em minha boca, dizendo para eu lubrificá-los com saliva. Eu, de bruços sobre a mesa, senti seus dedos penetrarem meu cu. M. com sua força virou-me, como se fosse um frango. Vi sua cara de satisfação, poderosa, o pau muito duro apontando para o teto. Ele apoiou minhas pernas em seus ombros e fiquei absolutamente exposto à sua penetração. Cuspiu em meu rego e ficou brincando, esfregando o pau em toda a sua extensão. Parou na portinha e encostou a cabeça do pau no meu cu, que piscou desesperado. Empurrou devagar, arrancando-me o suspiro e um gemido baixo. Nessas horas, sinto que me entrego como uma puta, totalmente e gemo muito. Ele empurrando, empurrando, até que senti seus pentelhos roçando minha bunda. Ele apertou meus mamilos e chamou-me de viadinho. Começou a socar sem dó, cada vez mais forte. Alternava umas estocadas violentas, com outras mais suaves. Retirava o pau do meu cu e, na portinha, brincava com a cabecinha, que meu cu mastigava. De repente, metia de uma vez, sem dó, e eu sentia aquele cacete me rasgar e me fazer feliz. Vou gozar, ele me disse. Você quer beber minha porra ou prefere que eu encha seu cu de leite? Eu não sabia o que dizer, fiquei gemendo. Ele não perdeu tempo, tirou o pau do meu cu e mandou que eu abrisse a boca. Esporrou um jorro farto de leite grosso. Foram vários jatos de porra que encheram minha boca. Engole, puta, ele me disse, enquanto empurrava o pau em minha boca. Engoli todo o leite do meu amigo e nessa hora gozei o gozo mais alucinante da minha vida. Fiquei de olhos fechados, chupando seu cacete, que foi diminuindo. Ele, rompendo o silêncio, me disse: obrigado. Eu estava precisando. Se arrume, preciso terminar o trabalho. Enquanto nos vestíamos ele se virou para mim, surpreso, perguntando: o que você veio fazer aqui no domingo, Osmar? Eu tinha esquecido a lasanha do lado de fora, no chão. Sorri para ele e lhe disse que trouxera-lhe o almoço. Ele agradeceu ordenando que eu deixasse na copa, depois eu como, agradeça a Dona Miriam (minha esposa) por mim. Ah, feche a porta antes de sair, por favor. Ele disse, como se nada tivesse acontecido. Saí de lá com o cu ardendo e com toda a felicidade de um domingo.
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