Amigo do cursinho parte X


BY: avante CONTINUAÇÃO

Depois de tomarmos café também tomamos um banho e saímos para dar uma volta na praia. Enquanto passeavamos pela orla Edu recebeu uma ligação e mudou totalmente de ânimo.
Voltamos para a casa dele e ele continuava estranho e me evitava. Eu decidi perguntar o que tinha acontecido não aguentava mais um minuto sem saber o que ele tinha.
Eu - Edu o que tá acontecendo?
Edu - Eu vou voltar a morar em Aracaju!
Disse ele com lágrimas nos olhos.
Eu - Edu como assim?
Eu também já chorando.
Edu - Os meus pais decidiram voltar pra lá. Dizendo que é melhor ficar perto da família.
Eu - Edu, não chora!
Edu - Eu não quero ir embora daqui. Não quero ficar longe de você.
Eu - Também não quero Edu.
Nos abraçamos tentando consolar um ao outro. Passamos à tarde toda à toa. Ele não falou mais nada e ficou deitado na cama. Eu decidi ir pra casa e avisei que já ia embora.
Edu me trouxe para casa e no portão ainda conversamos um pouco sobre o cursinho. Ele tentava não se lembrar disso e falava de outros assuntos tentando fugir desses pensamentos.
Na segunda de manhã no cursinho não tocamos nesse assunto. Mais não podia disfarçar minha angústia em relação à tudo o que acontecia.
Ainda naquele dia tive uma discussão com Fernando, ele estava me deixando louco de raiva. Insistente e provocativo ele me deixava cada vez mais impaciente e nervoso.
Dias depois começo à notar Edu cada vez mais distante de mim e de todos do cursinho. A frequência de vezes que saíamos juntos após o cursinho não tinha diminuído, tinha parado de vez.
Não sei se ele me evitava por ocupação ou se ele me evitava para não se machucar mais. Porém eu me sentia machucado e por esses motivos eu fui à casa de Edu sem o avisar.
Quando toquei à campainha um rapaz bem simpático me atendeu no portão, eu me apresentei e perguntei por Edu. O rapaz me disse que ele estava empatando umas coisas para a mudança.
Eu tremi dos pés à cabeça. O rapaz me perguntou se eu queria falar com Edu e quando eu ia responder que não precisava avisar Edu aparece na porta da sala e pede para o rapaz me deixar entrar.
Quando entrei à casa estava quase vazia, várias caixas lacradas e prontas para serem levadas. Edu me apresentou ao rapaz que era um primo que veio com seus pais para ajudar na mudança.
Subimos para seu quarto e Edu segurando as lágrimas me falou que em três dias iria embora de vez. Disse que já havia dado baixa no cursinho e que não queria se despedir de ninguém. Por isso não havia me dito nada nem queria que ninguém soubesse.
Quando ele me olhou eu estava chorando com à cabeça baixa. Edu se aproximou e me abraçou forte e começou à chorar.
Edu - Eu queria não ter me apaixonado por você. Se isso não tivesse acontecido seria bem mais fácil pra nós dois.
Eu - Edu não fala isso.
Edu - De tudo o que eu vivi aqui a melhor coisa que me aconteceu foi ter conhecido você. Eu não me arrependo de ter me apaixonado por você. Passamos momentos maravilhosos juntos.
Nisso o primo de Edu entra no quarto e pergunta: ''então esse é o seu namorado ?''.
Edu respondeu com um sim. O rapaz me cumprimentou e nos sentamos para nos acalmar. Ele disse que era uma pena tudo o que estava acontecendo porém nada podia ser feito.
Realmente não podíamos fazer nada. Não tínhamos independência financeira e apesar de maiores ainda éramos inexperientes nessa jornada que chamamos de vida, que as vezes nos prega peças e vez ou outra nos surpreende muito.
Depois de conversarmos por bastante tempo eu fui embora, Edu quis me levar para casa mais eu não aceitei, disse que ele não devia deixar seu primo sozinho com aquela bagunça, foi a única desculpa que eu encontrei naquele momento.
Nos dias restantes não fui ao cursinho. Não tinha ânimo nem vontade de aparecer por lá todos os dias Edu me ligava e mandava mensagens perguntando o porque de eu estar faltando as aulas. Eu não o atendia mais por mensagem dizia que estava doente.
Chegou então sábado, dia da mudança de Edu. Eu resolvi aparecer por lá e me despedir, embora soubesse que ele não queria se despedir de ninguém.
Assim que cheguei na rua o caminhão baú que levaria toda à mobília estava sendo fechado e o motorista logo seguiu viagem.
Na porta da casa estava o pai de Edu e seu primo que me cumprimentaram e me falaram que Edu havia me deixado uma carta e um presente. Pegaram o pacote no carro e me entregaram. Em seguida entraram no carro e foram embora.
Assim que eles saíram eu caí em choro por não ter me despedido de Edu. Fui para casa e me tranquei no meu quarto. Vi que tinha uma mensagem no meu celular.
Era de Edu falando que ele não tinha se despedido porque não era um fim mais sim um até logo. Que ele faria de tudo para voltar.
Segui minha vida da forma mais normal, tinha que aceitar à realidade. Por sorte apesar da situação, Fernando parou de me perturbar e me deixou em paz.
Meu professor voltou à dar em cima de mim, sua noiva havia rompido o noivado pois descobriu uma traição. Fiquei com ele algumas vezes e foi bom. Mais não se comparava nunca com o meu Edu, eu gostava do meu professor mais não sentia aquele mesmo sentimento que tinha por Edu.
Alguns meses depois vi que Edu estava de namoro com uma garota e tive à sorte de começar meu namoro com Henrique.
As vezes ainda troco mensagens e nuds com Edu. Ele me conta como está bem e que ainda sente saudades de mim. Marcamos que eu fosse passar uns dias em sua casa mais como eu tenho namorado e ele tem namorada eu não achei certo ir.
Ele me prometeu que ainda vamos nos encontrar e viver momentos maravilhosos e inesquecíveis como os que já havíamos vivido.

Sei que a história não teve um final feliz, mas é como Edu me disse: ''NÃO É UM FIM MAIS SIM UM ATÉ LOGO ''.
Espero que tenham gostado.
Por favor votem e Comentem isso é muito importante pra quem escreve!!! Que em breve contarei outras aventuras que venho vivenciando. Quem quiser trocar mensagens por email, Skype ou whatsapp é só me passar. Respondo à todos.
Beijos e Boa punheta.



Seja o primeiro a fazer um comentario nesse conto.
Comente esse conto abaixo

(Numero maximo de caracteres: 400) Você tem caracteres restantes.

Desejo registrar meu vonto junto com o meu comentario:

Outros contos publicados desse mesmo autor
1859 - O tatuador
 


Próximo Conto

Mamando mais um na loja