BY: Alphadragon Meus olhos foram golpeados pelos primeiros raios de sol que vararam a enorme claraboia de vidro inundando o ambiente com uma luz fulgurante; tive que me esforçar para abri-los enfrentando aquela luminosidade incômoda, mas que logo permitiu que minha visão se ambientasse com o lugar e momento; olhei ao redor e notei que estava sozinho na enorme cama de colchão alto encimado em uma estrutura de concreto fixada no chão do quarto coberta por lençóis egípcios de tom salmão e mantas feitas de retalhos coloridos; senti minha nudez na ponta dos dedos enquanto examinava meu selo anal laceado que embora doesse um pouco revelava minha realização sexual plena.
Aos poucos fui trazendo da memória alguns fragmentos da noite anterior em que desfrutara da companhia de Evaristo; depois de nosso primeiro orgasmos adormecemos abraçados com os corpos em forma de concha com ele colado a mim permitindo que eu sentisse seu odor gostoso e seu calor eloquente. Depois lembro que fui acordado por ele que se deliciava em lamber e sugar meu membro até vê-lo renascido exibindo um orgulhoso sorriso pelo resultado obtido.
Evaristo então fez com que eu ficasse de barriga para cima e sentou-se sobre meu ventre roçando sua vara na minha até vê-la também enrijecer-se passando a segurá-las com uma das mãos ensaiando uma masturbação mútua; nos olhávamos como dois amantes ainda ansiosos por explorar as nuances de nossos corpos e nossos sorrisos denunciavam a felicidade que isso nos proporcionava; vez por outra ele se inclinava sobre mim e nos beijávamos longamente. Repentinamente, ele veio sentar-se mais a frente e ficando de cócoras segurou minha vara esfregando-a em seu ânus até posicioná-lo de tal forma que pudesse descer sobre ele.
Arfando, segurei-o pela cintura enquanto sentia meu caralho ser agasalhado pelo gulosinho de Evaristo cujo olhar de êxtase me encantava e também me excitava; e quando ele obteve êxito em engolir-me por inteiro provocando um doce e delicioso frenesi que fez meus músculos se contorcerem ao mesmo tempo em que eu projetava minha pélvis para cima como se quisesse ir o mais fundo possível nas entranhas do meu parceiro que logo estava quicando sobre mim em movimentos veementes mirando meu rosto exibindo uma expressão de plenitude que sedimentava nossa cumplicidade tendo por testemunha apenas a madrugada quente, lasciva e silenciosa.
No momento em que senti o clímax aproximar-se mal tive tempo de anunciá-lo ao meu parceiro dominado pelo ápice que redundou em um gozo farto imerso na luxúria de nossos corpos suados e ofegantes; as golfadas de esperma projetavam-se nas entranhas de Evaristo que gemia e suspirava mirando meu rosto com uma expressão de estonteante frenesi; ainda com meu membro dentro de si ele inclinou-se até que nossas bocas se reencontrassem para mais um derradeiro beijo lascivo antes que ele desfalecesse pousando seu rosto ao lado do meu. “Você é muito gostoso! Te quero pra sempre ao meu lado!”, sussurrou ele em meu ouvido com um tom enfático causando em mim sensações há muito sepultadas e esquecidas. E aquela noite não teve fim com beijos, carícias, provocações e comentários repletos de um tom envolvente e também sedutor.
Retornei para a realidade do dia seguinte e levantei-me saindo a procura de Evaristo; fui encontrá-lo na cozinha usando apenas um avental exibindo seu lindo traseiro e preparando um desejum cheio de cores e odores, divertindo-se em fazer ovos mexidos; voltou seu olhar para mim e sorriu; retribuí o sorriso acompanhado de um tímido aceno enquanto ele apontava para a mesa sugerindo que eu me sentasse.
-Bom dia, dorminhoco! – saudou ele me encarando com sorrisos – Pensei em sairmos para o café, mas decidi preparar algo mais íntimo …, espero que goste!
Poucos minutos depois estávamos à mesa saboreando todas as guloseimas que ele dispusera para o desejum matinal; enquanto comíamos eu olhava para ele sorvendo seu sorriso encantador e pensando no inimaginável: eu um homem mais que maduro, viúvo envolvido com outro homem mais novo cuja vitalidade e a sensualidade eram simplesmente cativantes; seu olhar envolvente me enchia de expectativa, ao mesmo tempo em que pensava como seria se acabássemos nos tornando mais próximos ao ponto do desejo ditar nossa vontades …, ou melhor, ditar a minha vontade.
Assim que terminamos, Evaristo pôs-se a lavar a louça e eu fiz questão de ajudá-lo mirando sua nudez viçosa com ímpetos de abraçá-lo sentindo seu calor e sua virilidade; voltamos para o quarto e ele perguntou se eu queria uma carona para a academia, convite que declinei alegando que precisava voltar para casa e trocar de roupa e resolver alguns assuntos pendentes; Evaristo sorriu e aquiesceu dizendo que me esperaria para que pudéssemos treinar juntos; insisti para que ele começasse sem mim, mas foi inútil já que ele se mostrou renitente com relação a isso. Ele me deixou em casa onde tomei um banho e vesti uma muda de roupas esportivas.
Confesso que hesitei muito em reencontrá-lo receando que tudo não passasse de um flerte que logo se dissiparia como fumaça, deixando uma sensação de abandono tomando conta de mim; de qualquer modo respirei fundo e segui em frente. Ao chegar na academia vi Evaristo conversando com um rapazote, o mesmo que havia me chupado no vestiário e não consegui esconder uma ponta de inveja cobiçosa como se Evaristo me pertencesse, o que não era verdade; dei de ombros e segui para o primeiro aparelho do meu circuito.
-Oi, querido! – cumprimentou ele ao aproximar-se de mim – esta noite vai rolar uma vernissage de um amigo em uma galeria de outro amigo …, gostaria que você fosse comigo …, o que acha?
Evaristo percebeu minha estupefação com seu convite e seu sorrisinho comprovou que ele achara aquilo muito engraçado; eu não conseguia achar graça, mas mais uma vez ele me cativou. Abandonei o exercício pedindo que ele me acompanhasse até o vestiário onde pretendia ter uma conversa séria com ele; entretanto, assim que nos vimos a sós, ele me abraçou apertado e selou meus lábios com os seus num beijo cheio de volúpia e selvageria. Nos braços de Evaristo eu me sentia impotente, dominado pela sua impetuosidade cedendo a todas as suas vontades e desvarios.
-Espere! Você tem mesmo certeza que quer me levar junto com você? – perguntei quando consegui me desvencilhar do beijo apetitoso – Não tem vergonha de estar ao lado de um homem mais velho e sem atrativos?
No primeiro momento Evaristo não me respondeu limitando-se a fitar meu rosto com uma expressão enigmática que deixou minhas mãos frias e meu corpo trêmulo; por um momento pensei que pusera tudo a perder e que depois das minhas palavras ele simplesmente me daria as costas para jamais voltar; para minha surpresa, passado esse interregno torturante, ele abriu um enorme sorriso e segurou meu rosto beijando e mordiscando meus lábios.
-Desde o primeiro dia, vi em você uma pessoa sozinha e carente – começou ele ainda segurando meu rosto – E foi exatamente isso que me fez te desejar tanto assim!
Antes de prosseguir ele fez questão de que nos beijássemos mais uma vez e sentir sua língua digladiando-se com a minha causou um tal furor que senti meus mamilos intumescerem e meu membro enrijecer cheio de voluntariedade. “É claro que quero te levar não apenas nesse evento, mas em outros tantos! E não! Não tenho vergonha nenhuma de estar contigo …, pelo contrário …, tenho um enorme prazer!”, arrematou ele antes de mais um beijo. Abrimos um sorriso e nos abraçamos carinhosamente; eu senti que podia me entregar de corpo e alma para aquele homem mais jovem que eu sem medo de me decepcionar.
Passava um pouco das dezenove horas quando ele me enviou mensagem para avisar que estava a minha espera. Desci pelo elevador examinando-me no espelho procurando ver se estava a altura de sair com Evaristo (coisa bem tola, pensei depois!); atravessei o átrio e desci o lance de escadas até atingir a rua após o portão do prédio e vislumbrei meu companheiro que, como sempre, estava elegante com calça social preta, camisa branca, sapatos de cromo alemão e uma jaqueta que lhe concedia um ar rebelde à moda dos anos sessenta. Assim que entramos em seu carro ele me puxou exigindo um beijo que prolongou-se entre pequenas carícias e afagos.
Rumamos para a tal galeria que ficava em um bairro sofisticado e que gozava de enorme reputação; a exposição retratava algumas fase do artista que fora fotógrafo de guerra e também aventurara-se por campos de refugiados espalhados pelo mundo; eram fotos em preto e branco que traziam consigo uma enorme carga emocional que despertava uma emoção inaudita e inexplicável, fazendo-nos pensar em que mundo real vivíamos. Tomávamos drinques “Blood Mary”, quando um rapaz se aproximou. “Querido, deixe-me te apresentar Luka, o artista responsável por essa exposição maravilhosa!”, introduziu Evaristo apontando para aquele jovem.
Luka, descobri depois, era filho de croatas que fora criado em Portugal e estudara belas artes na Espanha tornando-se, pois, cidadão do mundo; além de fotógrafo também era pintor e crítico de arte, um currículo espantoso para alguém tão jovem; o impressionante foi no momento em que apertamos as mãos e eu senti um frisson percorrer minha espinha enquanto Luka parecia me despir com seu olhar. Sem parecer rude me desvencilhei do aperto de mão mantendo uma certa distância dele; ficamos os três conversando com Luka sempre querendo saber algo mais sobre mim, o que eu desviava em responder com a maior diplomacia possível.
O tempo esvaiu-se em que percebêssemos e mesmo com alguma resistência de Luka para que déssemos uma esticada preferi insistir polidamente em deixar para outra ocasião. No caminho de volta não resisti em perguntar ao Evaristo se ele já tivera algum relacionamento mais íntimo com Luka. “Sim, tivemos um lance …, mas foi passageiro …, ele ainda é muito jovem e um pouco ansioso!”, ele respondeu sem rodeios. Aquilo me deixou feliz não apenas pela sinceridade de Evaristo como também por demonstrar que não haveria segredos entre nós.
-Você …, gostaria de subir ao meu apartamento? – perguntei com tom hesitante ao chegarmos ao nosso destino.
-Apenas se pudermos passar a noite juntos mais uma vez! – ele respondeu em tom enfático com sorrisos.
Eu sorri de volta e enviei uma mensagem para o sistema de portaria eletrônica pedindo que abrissem o portão da garagem liberando uma vaga para visitantes. Mal havíamos entrado no elevador e Evaristo me empurrou contra a parede colando seu corpo ao meu e procurando ávidamente por meus lábios encerrando um longo beijo muito promissor.
Já na sala de estar do meu apartamento, Evaristo fez questão de me despir sugando meus mamilos enquanto manipulava meu membro enrijecido levando-me à beira da loucura com gritinhos e gemidos. Decidi tomar a dianteira e afastei-o o suficiente para que também pudesse arrancar suas roupas; em breve estávamos no sofá num inebriante sessenta e nove carregado de voracidade e desejo; eu me deliciava em ver o ventre depilado de Evaristo que permitia não apenas sugar o membro como ainda lamber as bolas e lamber um pouco abaixo delas.
Ficamos assim por um bom tempo até Evaristo sugerir que fossemos para o meu quarto; um certo temor tomou conta de mim quando ele fez esse pedido; me senti profanando um local que já fora a alcova memorial de um casamento de muitos anos, ou ainda conspurcando a memória de minha esposa. “Se você não quiser, eu te entendo perfeitamente …, podemos ficar por aqui mesmo!”, antecipou-se ele com tom afetuoso; olhei para o seu semblante complacente e compreendi que estava em outra fase de minha vida, sem receio e sem culpa; tomei sua mão e fomos para o quarto, não sem antes ele pegar algo do bolso de sua jaqueta; lá chegando ele me fez deitar de costas sobre a cama separando minhas nádegas com suas mãos quentes e fortes.
Ele lambia avidamente meu cuzinho apertando as nádegas com suas mãos; ele não cansava de me lamber sabendo o impacto que causava em mim ouvindo meus gemidos prolongados. “Que bunda mais linda meu putinho tem!”, enalteceu ele em tom de voz elevado enquanto estapeava minhas nádegas com certo vigor; não sei explicar se foram os tapas ou o elogio, mas fui tomado por uma sensação de posse que me deixou ainda mais excitado de tal maneira que minha vara pulsou com enorme rigidez; senti novamente a substância gelatinosa e gelada escorrer pelo meu rego pouco antes de Evaristo pincelar com a glande espalhando e cutucando meu buraquinho. Não me contive em soltar um gritinho rouco quando a glande rompeu o anel laceando-o deliciosamente e fiquei extasiado ao sentir Evaristo arremetendo seu membro, preenchendo-me aos poucos com direito a beijos no pescoço e lambidinhas na orelha.
Tudo acontecia com tanto carinho que eu me permitia desfrutar de todas as sensações que Evaristo me proporcionava, entregando-me a ele de corpo e alma; pouco depois de suas bolas roçarem meu rego, ele deu um intervalo para que gentilmente eu me acostumasse com seu bruto em minhas entranhas. E logo os golpes se sucederam sempre intensos e profundos arrancando de mim mais gemidos e suspiros roucos ao mesmo tempo em que apreciava minha ereção impoluta pulsando em descontrole; e o gozo eclodiu ao mesmo tempo, operando uma magia inexplicável que sacudiu meu corpo com arrepios percorrendo de cima a baixo e pequenos espasmos pipocando não apenas em mim, mas também em meu parceiro que logo desabou sobre meu corpo suado e ofegante.
Após um merecido descanso, Evaristo me convidou para um banho onde ele fez questão de ensaboar meu corpo fazendo suas mãos abusadas passearem por toda a pele fazendo ressurgir um estado de excitação crescente. “Você é mesmo um diabinho safado!”, comentei eu entre sorrisos e beijos; Evaristo me fitou e abriu um largo sorriso antes de colar seus lábios aos meus em um longo e profundo beijo de língua. Depois de nos secarmos, voltamos para a cama e foi minha vez de dar o que ele merecia; chupei e lambi muito seu cuzinho que piscava arreliado ao som dos gemidos dele; pude sentir ainda sua pele arrepiada ao meu toque e lancei mão da bisnaga que ele já usara em mim, lambuzando seu orifício e também meu membro. Na posição de “cachorrinho” currei meu parceiro que regojizava-se entre gritos, gemidos e suspiros revelando em mim a mesma sensação de entrega irrestrita; foi mais uma cópula insana que culminou com um gozo mútuo tão voraz que nos pôs fora de combate!
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