BY: CariocaPancado Olá amigos leitores, faz tempo que não publico nenhumas das minhas aventuras, mas posso adiantar que elas estão animando muito a minha vida e logo eu publico as que já andei escrevendo.
Pra quem não me conhece, sou Nicolas, solteiro, arquiteto, trintão, boa pinta, corpo legal, cabelos castanhos, olhos verdes e tenho um escritório de arquitetura em Santos, onde resido de segunda a sexta. Nos finais de semana fujo pra uma casa que fica em uma cidade próxima, também no litoral, mas bem menor e menos agitada que Santos, e foi lá que esse conto aconteceu…
Sábado de manhã, e eu tinha acabado de chegar, tomei uma ducha e resolvi tomar umas cervejas em um bar que fica não muito longe de casa. Seu Geraldo, o dono do bar, sempre me recebe como se fossemos velhos amigos e isso é o que me faz sempre estar por lá, e nesse dia não foi diferente. Passados o cumprimentos da recepção, como de costume, me sentei na mesa mais próxima da porta pois no fundo do bar há sempre uma televisão ligada e eu prefiro apreciar o movimento da rua enquanto relaxo com minha gelada.
Ainda era cedo, umas 10 da manhã, o bar estava vazio pois a coroada que bebe por lá começa a aparecer depois do almoço, então tomei a primeira garrafa e decidi que era hora de dar um tirinho no banheiro que fica no fundo do bar.
Foi quando notei um negão, forte alto, e com aquela poeira de obra que todo pedreiro tem quando trabalha o dia todo. Ao passar evitei encará-lo, pois apesar de ser um grande aventureiro, não me exponho ao perigo sem antes saber se tenho permissão de me jogar.
Já no banheiro e como o bar estava vazio, preparei minha listra branca, caprichei pois era a primeira do dia e quando me preparava pra mandar, alguém entrou e eu me virei para não ser visto e me encaminhei para o reservado. O banheiro não é grande mas tem um mictório que comporta três pessoas que fica de frente pra uma pia e um espelho, e um reservado com porta ao fundo pro caso de uma emergência dos bebuns que por lá estão, ou para quem não quer ser visto como eu, que não me preocupei pois havíamos só nós dois o bar e não imaginava que ele fosse entrar um pouco depois de mim. Foi um vacilo que se transformou em oportunidade, que veio a ser a aventura do final de semana.
Assim que me dirigi ao reservado fiz logo o que estava fazendo e sai ainda em tempo de ver o negão mijando, e mesmo sabendo do risco não pude deixar de apreciar o que estava exposto tão perto, e quase não acreditei no que vi, pois era praticamente um braço, e mais surpreso ainda fiquei quando ao parar na pia para lavar as mãos, escutei sua voz grossa atrás de mim que disse, poxa cara, depois de uma madrugada inteira trabalhando só um tirinho desses pra salvar meu sábado, se tem uma presença dessa para um pedreiro que tá trabalhando desde ontem e veio aqui pra tomar uma antes de desmaiar na cama?
Falou isso guardando aquele braço e com um sorriso que brilhava de tão branco nos lábios.
Como não sou de negar nada pra quem é educado, respondi que sim, mas que iria botar pra ele e sair pois Seu Geraldo podia estranhar nós dois os únicos do bar, tanto tempo dentro do banheiro. Ele concordou, agradeceu e perguntou se podia se juntar a mim para terminar sua cerveja comigo pois ele já estava de saída.
Joguei uma porção generosa pra ele, pensando em como eu poderia ter aquele braço que ele guardou dentro da calça e sai. Sem dar tempo dele comentar mais nada, pois estava realmente preocupado com Seu Geraldo e com a hipótese dele se ligar em alguma coisa, já que eu sempre estava por lá e nunca tinha dado margem para nada, pois sempre achei que a gente pode se divertir como quiser mas respeitar a casa dos outros, no casou seu bar, é muito importante.
Sai e pro meu alivio ele estava na porta jogando conversa fora com outro senhor que tomava uma cerveja no balcão, e pareceu não ter reparado na minha demora nem que estava com o negão o banheiro.
Sentei em minha mesa e espere que meu novo amigo voltasse, e como ele disse, passou em sua mesa, pegou sua cerveja e seu copo e veio até mim. Não sei se foi o lance que mandei ou o tesão de saber que ali no meio daquelas pernas tinha um pau tão gostoso, mas quando ele chegou, senti um calor e acho até que fiquei vermelho, mas se isso aconteceu ele fingiu não reparar e sentando se apresentou:
“Muito obrigado Nicolas, eu me chamo Rubens e você acabou de salvar um corpo de desmaiar de tanto cansaço e sou muito grato pela gentileza, e se puder gostaria de retribuir qualquer hora.”
Eu sorri, e achei interessante ele ter prestado atenção no meu nome, quando Seu Geraldo animadamente me cumprimentou, e perguntei: “Mas então Rubens, que obra tão importante foi essa que você passou a noite inteira trabalhando?”
Ele respondeu: “Era uma casa que o Empreiteiro prometeu entregar hoje e ainda faltavam alguns arremates, e se eu não fizesse durante a madrugada não estaria, ai já viu né!”
Eu concordei e perguntei se ela era nativo ou se estava por lá só pra trabalhar e ele disse que era da cidade vizinha, mas que dormia na obra e como os donos chegavam ao meio dia, ele ia se jogar na pensão da Dona Maria, que era um Hostel onde muita gente ficava quando estava trabalhando como ele.
Eu, não querendo que ele fosse embora como ele havia dito quando sua cerveja acabasse, perguntei se ele me acompanhava em mais uma pois a minha havia evaporado? E com o mesmo sorriso que me tonteou no banheiro disse que sim, mas que não podia exagerar nas geladas, pra não chegar na pensão embriagado porque Dona Maria podia não gostar.
Gargalhamos juntos e pedi a Seu Geraldo que nos trouxesse outra, e conversamos mais um pouco, só que eu não consegui tirar da mente aquele salame tão comprido e grosso que eu tinha visto minutos atrás, e sem saber se teria sorte ou se aquilo ia dar em alguma coisa, perguntei se ele se importava de ir comigo até em casa pois a conversa estava boa mas infelizmente eu tinha saído sem muita branquinha mas que em casa estava devidamente abastecido.
Ele sem parecer estranhar o convite, aceitou dizendo que a única coisa que ele ia me pedir era que eu deixasse que ele tomasse um banho em meu chuveiro, pois a poeira da obra tava tão branca quanto o nosso tirinho, e que depois de umas cervejas eu podia querer dar uma narigada nele achando que era a outra poeira… eu gargalhei e falei que sem problemas, que morava sozinho e que ele podia usar o banheiro a vontade.
Pagamos nossa conta e fomos para o meu carro. Do bar até minha casa, que fica em um condomínio fechado em outro bairro, são apenas 20 minutos, e foi o suficiente para um falar um pouco da vida do outro, claro que no fundo eu sabia que Rubens tinha em mente que aquele convite podia terminar em sexo, mas não adiantei nada antes que a gente estivesse mais ligado e estimulado pelos tecos que ainda daríamos.
(Continua) _segue uma das fotos que foi a alegria dessa tarde!
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