O QUE ELES QUEREM


BY: Desbravador Dino não demorou a descobrir porque homens héteros procuram gays e afeminados; eles assim o fazem porque, primeiramente, precisam aliviar seu tesão por sexo anal, que, na maioria das vezes, esposas, namoradas e noivas se recusam a colaborar; em segundo lugar, e não menos importante, héteros procuram gays e afeminados porque adoram liberar sua masculinidade acompanhada de palavrões, humilhação e comportamentos que, certamente, suas parceiras não aceitariam, ou até mesmo recusariam. E não é uma questão de violência pura e simples, se tratando muito mais de autoafirmação.

E para ele, essa descoberta aconteceu num rompante; mal chegara à capital, vindo do interior, deixando para trás uma vida pacata, mas enrustida, e saindo em busca de aventura temperada com muito sexo. Arrumou uma quitinete chinfrim em um edifício quase em ruínas na região portuária da cidade. Conseguiu um emprego de atendente em uma loja de eletrônicos, como também um outro trabalho em uma boate de reputação duvidosa, onde atuava como garçom.

Foi lá que ele conheceu Rubens, um típico homem de trinta anos, hétero, garanhão, mas que procurava nesses lugares algo que não encontrava em outros mais requintados ou sofisticados. Mesmo assim, ele não demonstrava com clareza seu interesse por relações homossexuais, deixando tudo apenas insinuado …, enrustido mesmo!

Nessa boate, Dino usava uma espécie de uniforme composto por uma calça de tecido flexível justíssima de cor preta, sapatos da mesma cor e uma camiseta regata também justa e decotada. O rapaz orgulhava-se de seu corpo, embora não fosse ávido frequentador de academia, procurava manter-se saudável, com o corpo sempre em dia. Seu principal atributo eram as nádegas roliças e perfeitas que ele não se cansava de admirar no espelho e nas fotos que, habitualmente, produzia para seu próprio deleite.

Seu primeiro contato com Rubens foi mais acidental que intencional; ele, como de hábito pedira uma cerveja, e assim que Dino o serviu, lhe dando as costas, recebeu um tapa no traseiro. “Eita! Bundinha gostosa, hein?”, gracejou o sujeito com uma risadinha safada. Dino, mantendo a necessária dignidade, voltou-se para ele, aproximou-se e disse: “É sim, meu querido …, gostosa e suculenta! Mas, lamento dizer que não é pra qualquer um!”. Cheio de si e sem esperar por uma resposta, o rapaz deu meia volta e seguiu seu caminho.

Algum tempo depois, outro acontecimento tornou a confrontar Dino e Rubens; passava de uma hora da manhã e Rubens sinalizou para ele pedindo mais uma cerveja; no momento em o rapaz colocou a longneck sobre a mesa, Rubens segurou seu pulso, puxando-o para próximo de si. “Diz aí, bichinha, quanto é pra você liberar essa bunda gostosa, hein?”, sussurrou ele no ouvido de Dino.

-Além de caro …, é muita areia pro seu caminhãozinho! – respondeu o rapaz, tripudiando Rubens.

Dino afastou-se da mesa de Rubens sem olhar para trás; mais tarde, quase no fechamento da boate, Dino pôs-se a pensar se exagerara na dose, dispensando o convite de Rubens; a verdade é que o sujeito o atraía: além de bonito e charmoso, parecia ser bom de cama …, de qualquer modo, conformou-se com a atitude tomada e foi para casa.

Durante alguns dias, Rubens não apareceu na boate, o que deixou Dino inquieto, achando que assustara o sujeito que deixou de interessar-se por ele; lamentou a situação, mas, como sempre pensou, deixou a vida seguir seu curso. Entretanto, para sua surpresa Rubens reapareceu! Mas não na boate e sim na loja de eletrônicos, o que deixou o rapaz surpreso e, ao mesmo tempo, um pouco assustado …, não sabia se fora apenas uma coincidência ou algo proposital.

Ele estava circulando na área de celulares e tabletes, agindo com naturalidade e sem manifestar qualquer comportamento destinado ao rapaz. Em dado momento, um outro colega da loja aproximou-se de Dino e disse que o sujeito que estava na seção dele, pediu para ser atendido pelo próprio Dino. O rapaz respirou fundo e foi em frente.

No início, Rubens foi contido e educado, sem insinuações chulas ou palavreado inadequado; perguntou sobre características de um celular importado, as quais Dino esclareceu com excelente conhecimento do produto. Ao final, Rubens fechou negócio afirmando que levaria dois aparelhos. Depois de efetuado o pagamento a vista, Dino o acompanhou até a porta, entregando as sacolas com os equipamentos.

-Espero que você e sua parceira apreciem o aparelho! – disse Dino com cordialidade – E torço para que você volte sempre!

-Ah, sim! Voltarei sim! Mas, tem um detalhe! – ele respondeu com uma ponta de safadeza – O segundo aparelho não é para minha parceira …

-Não? Então, posso saber para quem é? – perguntou o rapaz, um tanto curioso.

-Claro que pode …, e deve …, este aparelho é pra você! – respondeu Rubens abrindo um sorriso maroto.

Dino, repentinamente, ficou sem ação; a boca secou e o coração palpitou; Rubens percebeu a reação surpresa de Dino e alargou o sorriso cheio de intenções. “Agora, para recebê-lo, precisamos nos ver em um local mais íntimo …, o que acha?”, disse Rubens com um tom instigante.

-Acho ótimo! …, e quer saber? …, te levaria para o meu apê, mas ele é tão feio e pobre! – respondeu Dino, baixando a guarda para o macho.

-Isso não é problema, querido – retrucou Rubens, agora, cheio de si – Conheço um lugar …, te pego hoje a noite na saída da boate e …

-Aí! Não posso! Amanhã tenho batente aqui na loja – lamentou-se Dino, achando que tudo fora por água abaixo.

-Tudo bem …, e na sexta-feira? Pode ser? – tornou a perguntar o sujeito sem perder a pose.

-Sim, pode sim! – respondeu Dino, controlando sua ansiedade.

Rubens despediu-se e foi embora, deixando Dino ansioso e excitado! Aquela sexta-feira demorou a chegar e mesmo o expediente na Boate também parecia não ter mais fim; ficou um tanto inseguro ao perceber que Rubens não comparecera nenhuma noite no local, e teve medo de que o possível encontro acabaria por não acontecer.

Passava um pouco das duas horas da manhã quando Dino saiu da Boate; desanimado, caminhou para o ponto de táxi onde um motorista amigo sempre costumava esperá-lo para a última viagem da noite. Mas, para sua surpresa, Rubens estava a sua espera, do outro lado da rua encostado em seu carro; ele acenou para Dino que tratou de correr até ele.

Assim que entraram no carro, Rubens segurou a cabeça do rapaz e puxou-a para si, selando um longo beijo quente e molhado. “Gostoso! Hoje vou me acabar nesse rabo lindo!”, sussurrou Rubens no ouvido de Dino enquanto dava a partida no carro e rumava para um local que apenas ele conhecia.
Foram para um motel sofisticadíssimo que Dino conhecia apenas de anúncio; a recepção fora discreta e Rubens pediu uma suíte com hidromassagem. Mal entraram no quarto e Rubens agarrou o rapaz, desfrutando de seus beijos, enquanto apalpava o corpo dele. “Aí, porra! Não aguento mais …, tira a roupa safadinho …, deixa eu ver essa bunda linda!”, disse Rubens com tom impaciente. Dino livrou-se das roupas, exibindo sua nudez viçosa e bem cuidada.

Rubens abriu a calça e arriou a cueca, exibindo seu mastro grosso e de bom tamanho. “Vem aqui, e chupa meu pau, seu putinho!”, tornou a exigir com tom acelerado. Dino ajoelhou-se e esmerou-se em mamar aquela rola deliciosa …, embora um pouco inexperiente, Dino fez de tudo para que Rubens não percebesse seu despreparo e também sua ingenuidade.

-Isso, putinha! Vadia! Como você chupa gostoso …, isso …, isso! – dizia Rubens, com voz embargada e respiração arfante – Mostra o quanto você gosta do meu pau, mostra! Vadia!

Dino prosseguiu dando tudo de si, mesmo com os joelhos ardendo e a boca dolorida, ele se manteve firme, mamando a rola grossa de seu parceiro. Depois de algum tempo, Rubens fez com que ele ficasse de pé e o pressionou contra a parede, apalpando suas nádegas e bolinando o vão entre elas, até conseguir cutucar seu cuzinho que piscava de tesão.

-Nossa! Que bunda gostosa, hein, putinha? – rosnava o macho, mostrando toda a sua dominância.

Dino não respondia, apenas empinava o traseiro abrindo-se inteiramente para o parceiro, esperando que ele fosse um pouco mais gentil e carinhoso.

-Vou foder esse rabinho …, vou arrombar esse buraco de puta! Não é isso que você quer? Responde sua puta vadia? – interpelou Rubens com um tom agressivo e um pouco grosseiro.

-Aí! Não precisa de toda essa grosseria, amor – tentou apaziguar o rapaz – Sou todinho seu, não sou? Estou aqui pra você …

-Cala boca, puta! Quem manda aqui, sou eu! – devolveu Rubens com mais grosseria e estapeando vigorosamente as nádegas do rapaz – Vai logo! Abre essa bunda gostosa! …, ali, na cama, abre e mostra teu cuzinho pra mim!

Nessa altura, Dino tentou reagir, apenas com o intuito de amenizar o clima, já que seu desejo era por carinho e proximidade; todavia, sua tentativa redundou em ainda mais grosseria do macho; ele pegou Dino pelo braço e o atirou sobre a cama com a bunda para cima; obrigou o rapaz a ficar de quatro e depois de aplicar muitas palmadas rudes e sonoras, entreabriu as nádegas, cuspindo no pequeno anel.

Com a ponta do dedo indicador, ele pressionou o orifício, até que acabou por enfiá-lo sem dó, causando mais desconforto que prazer no seu parceiro. “Não faz assim …, tá doendo!”, reclamou Dino, sentindo-se abusado.

-Fica quietinha, putinha depravada! – tornou a rosnar o macho – Não é isso que você gosta, hein? De um macho fuçando no seu cu! …, preciso lacear essa porra pra caber minha rola! …, vou te arregaçar todo hoje, sua vagabunda!

Depois de lambuzar seu mastro com a própria saliva, Rubens partiu para o ataque, enterrando a enorme cabeça com um só golpe, fazendo Dino gemer de dor pela falta de habilidade …, aquela não era a primeira vez que o rapaz praticava sexo anal, mas, certamente, era a primeira vez que ele era estuprado sem dó nem piedade; Rubens, alheio aos reclamos do rapaz, seguiu enterrando a sua rola grossa sem qualquer cuidado.

Depois de algum tempo, e obtendo êxito em introduzir seu membro no cu de Dino, Rubens, também sem qualquer cuidado ou carinho, começou a estocar com movimentos rudes, profundos e intensos …, Dino resistia ao assédio anal, esperando que em algum momento, a dor fosse suplantada por uma mínima dose de prazer …, o que demorou muito a acontecer, já que Rubens golpeava impiedosamente, sacando e enfiando a rola cada vez com mais vigor e rudeza.

E assim, o que era para ser uma noite de prazer, transformou-se na satisfação do delírio insano de um macho estuprador que almejava apenas e tão somente saciar seu tesão animalesco contido e não satisfeito com outro parceiro, recheado de palavrões, ofensas e insinuações chulas. Dino sentiu-se um objeto sendo usado sem qualquer cuidado ou atenção …, apenas um ânus …, apenas uma cloaca para ser usada; um buraco onde o macho podia despejar não apenas o seu sêmen, mas também todo o seu tesão reprimido e proibido de ser saciado.

Rubens golpeou por muito tempo, mostrando que sua resistência física ia além de qualquer limite; e somente parou quando a respiração ofegante comprovava que atingira o ápice de sua energia; sacou a rola sem qualquer cuidado e puxou Dino pelos cabelos, obrigando que ele, novamente, ficasse de joelhos. Segurou a rola com uma das mãos, enquanto a outra se incumbia de segurar o queixo do rapaz.

-Agora chupa minha rola, chupa, seu merdinha – grunhiu ele, com um tom quase ameaçador – Chupa até eu gozar e encher tua boca com minha porra quente …, vamos! Chupa, sua puta!

Sentindo-se humilhado e menosprezado, Dino não viu outra escolha, senão obedecer ao seu parceiro algoz, mamando a rola por tempo suficiente para que ele, finalmente, urrasse com um animal, anunciando que seu gozo sobrevinha. Rubens ejaculou violentamente na boca de Dino, e como a carga de sêmen era volumosa, o rapaz não conseguiu retê-la em seu interior.

Rubens, ainda demonstrando uma fúria quase incontida, segurou a rola, masturbando-se até que não restasse uma gota sequer de sêmen a ser despejada, lambuzando o rosto e o peito de seu parceiro …, por fim, deu-se por satisfeito, empurrando o rapaz para longe e indo para o banheiro onde tomou um longo banho.

Voltou para o quarto e desabou sobre a cama adormecendo de imediato; Dino, por sua vez, permaneceu onde estava, ajoelhado no chão frio, sentindo todo o seu corpo doer, principalmente seu ânus …, cambaleou até o banheiro e entrou debaixo do chuveiro, tentando aquietar sua dor, curara suas feridas e recuperar seu amor-próprio. Deitou-se sobre a cama, ao lado de Rubens, tomando o cuidado de não ficar muito próximo a ele.

Pensou que teria algumas horas de sono para descansar, mas depois de algum tempo o sujeito acordou e puxou o rapaz para si, exigindo que ele abrisse as pernas enquanto pincelava o ânus com o membro em plena ereção, até que pudesse penetrá-lo, o que fez da mesma forma anterior, sem rodeios ou firulas. Socou a rola com força, ampliando os movimentos na posição que estavam, até que o gozo se avizinhasse, fazendo questão, desta vez, de depositar sua carga dentro das entranhas do rapaz. Satisfeito, deu-lhe as costas e adormeceu, roncando com sonoridade.

Quando Dino acordou na manhã seguinte, estava só na suíte. Na mesa ao lado da cama jazia um bilhete lacônico que dizia apenas: “A conta está paga e o prometido também está ai. Até uma próxima, bichinha vadia!”. Ao lado do bilhete a sacola com o celular adquirido dias antes. A vontade do rapaz era pisotear o aparelho, mas ponderou que se fora usado como um objeto, nada mais justo que receber alguma compensação por conta disso.

E não houve próxima vez …, Rubens jamais voltou à Boate e jamais procurou por Dino. E ele aprendeu o que os héteros procuram …, de um forma dolorosa, mas verdadeira!

Foto 1 do conto: O QUE ELES QUEREM

Foto 2 do Conto: O QUE ELES QUEREM



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