BY: victor-pass-sjc-sp
CAPÍTULO 7 – Realização do Sonho?
Lá estava ele! Sentado na minha cadeira, com a toalha jogada sobre os ombros, a tampar-lhe o corpo, pelo menos do meu ângulo de visão.
_ Caio, a cerveja.
Ao me ouvir, ele deu um pulo.
_ Você aprendeu a se materializar nos lugares agora também?
_ Não. _ Eu disse rindo um pouco sem jeito. _ Você que não presta atenção Caio.
_ Posso por o copo na mesa aqui?
_ Sim.
Ele fez menção de se levantar, mais eu já estava a menos de três passos da mesa. Pus o copo na frente dele, e sai pra minha cama.
_ Sabe Vicente. _ ele disse depois de um gole. _ Eu não sei se eu e a Lívia daríamos certo...
Ele terminou de tomar o copo em um gole, e se levantou.
A toalha lhe cobria até um pouco abaixo do meio das cochas, e dava pra ver que ele não tinha vestido nada por baixo.
Dava pra ver os pelos do peito forte dele sobre a toalha.
_ Vicente, você tá bem?
_ Por quê?
_ De repente você ficou meio tenso...
_ não é nada. É só impressão sua.
_ Você me dá mais um gole, por favor?? _ Ah, acabou a da garrafa. Mais se você não se importar em tomar do meu copo...
Ele estendeu a mão e antes que eu pudesse me repreender, assim que ele tirou o copo da minha mão, eu puxei a toalha que lhe cobria o corpo. Ele estava com o copo na boca, e engasgou momentaneamente.
_ Vicente! O que você está fazendo!
Eu não deixei falar mais nada, tapando-lhe a boca com um beijo. O copo que estava na mão dele, foi jogado na cama já vazio. Eu fiz tudo que até então eu tinha tido vontade.
Comecei pelo rosto lindo, beijando cada parte possível, e me demorando naquela boca linda. Depois fui pro pescoço, mordendo bem de leve, e beijando, eu fui descendo quando eu estava beijando perto do caminho da perdição, em um movimento brusco e acompanhado por um gemido, ele fez com que os meus lábios tocassem seu pau que estava duro como uma pedra. Não demorou muito e ele desceu a mão até o cós dá minha bermuda, tirando-a, fazendo o mesmo com a minha cueca. Nós gozamos juntos, eu esporrando com toda a minha força na cocha malhada dele, e ele esporrando com tudo na minha boca. Eu engoli tudo.
Sem dizer nada ele se levantou limpando na toalha a minha porra, pôs a roupa que ele tinha tirado antes do banho, e sem dizer mais nada ele saiu da minha casa.
Eu troquei de roupa e deitei pra tentar dormir. Ao contrário do quê eu tinha imaginado, eu consegui dormir bem, e rápido.
Nessa noite eu sonhei com ele, mais dessa vez não foi um sonho como os outros. Ele estava em um caixão com um filete de sangue a escorrer do peito forte dele, a formar uma pequena possa no lugar.
Eu acordei com o meu choro e com a minha mãe ao meu lado com cara de preocupada.
_ Vicente! O que ouve?
_ Nada mãe. SÓ um sonho ruim...
_ Vicente, você falou a noite inteira.” Caio! Não! Não!”
_ Eu?
_ Sim. Vocês brigaram?
_ Não. Por quê?
_ Você tinha falado que ele ia dormir aqui...
_ Ele realmente teve aqui, realmente ia dormir, mais ele resolveu voltar pra casa dele...
Eu aos poucos fui me acalmando. Minha mãe fez uma cara “de não acreditei”, mais eu não ia poder dizer exatamente o que tinha ocorrido. Não tinha eu nenhuma condição de explicar ou muito menos de falar sobre isso... Eu sou gay?! Tá certo que eu gostei de tudo o que houve ontem. Gostei inclusive do gosto do Caio, que permaneceu na minha boca. Mais mesmo assim, eu não tinha condições de ter uma conversa com ninguém a respeito do que nós tínhamos feito ontem.
Tínhamos, ou eu fiz?? Fui pra escola normalmente e ele não falava comigo direito. Só falava quando nós estávamos perto de outras pessoas e quando realmente não tinha como evitar.
Eu voltei pra casa pensando em tudo.
“Será que eu perdi o meu melhor amigo? Será que ele nunca mais vai querer olhar na minha cara? Será que nós nunca mais vamos nos falar normalmente?”
_ Vicente, o Caio está no telefone. Você atende?
_ Sim mãe, obrigado.
Eu fui correndo ao telefone:? _ Caio?
_ Vicente, nós temos que falar.
_ Olha cara...
_ não por telefone. Vamos pro sítio comigo. Eu passo aí amanhã pela manhã ta?
_ Mais eu não falei com a minha mãe...
_ Não dá desculpa. Você sabe que sendo comigo ela quase nunca diz não. Passo aí amanhã as oito. Fica pronto.
Ele desligou e nem esperou a minha resposta.
_ Vicente, tá tudo bem entre vocês mesmo ou não?? _ Sim. Ele quer que eu vá pro sítio com ele amanhã.
_ Mais vocês têm aula não?
_ Não. Reunião de professores.
_ Por mim, se você quiser.
Como resposta eu subi e fui arrumar as minhas coisas.
Peguei uma calça de moletom pro caso de estar frio lá, e algumas camisetas. Shorts eu nem preciso dizer que fizeram parte da minha mala. Quando era mais ou menos nove e meia, eu dei boa noite pra minha mãe, e fui dormir. Nem preciso comentar que ela achou estranho eu ir dormir tão cedo.
Foi uma longa noite. Eu dormi pouco, e as poucas dormidas que eu dava, eram todas cheias de sonhos ruins com o Caio.
Só consegui pegar no sono quando eram quase três da manhã.
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Os Imorais Falam de Nós - Capítulo 6