Memórias da Velha Cidade - Parte 01


BY: leoleoleopinheiro Existem momentos que nos marcam, e que muitas vezes pensamos demais sobre, pensamos como seria se não tivesse acontecido, se teríamos nos tornado o que nos tornamos, ou se já seríamos dessa forma de qualquer jeito. Se teríamos desenvolvidos outros gostos, tido outras atitudes, tomado diferente decisões. Na verdade, acho que deveríamos parar de pensar demais sobre certas coisas, talvez tudo tivesse que ter acontecido, talvez não, mas não conseguimos mudar o passado, mas com certeza podemos mudar o futuro.

MEMÓRIAS DA VELHA CIDADE - PARTE 01

Tive uma infância bem normal, até uma certa idade. Morava em uma cidade do interior do estado do Rio de Janeiro, uma cidade não tão pequena, mas também nada grande como as cidades do Grande Rio. Minha família tinha uma condição financeira boa, fruto de um investimento do meu avô, que no passado fundou uma escola, que com o passar dos anos foi se desenvolvendo e se tornando o principal ganha pão do meu pai e seus irmãos.

Cidade do interior tem essas vantagens, um pouco mais de segurança e a criançada um pouco mais solta. Morava em um bairro bem residencial e bem próximo da escola que era da minha família. Tínhamos o costume, eu e as crianças da vizinhança, de brincarmos em uma pracinha que tinha bem no centro desse bairro, como falei, local diferente de uma cidade grande, onde depois de uma certa idade, os pais não se preocupam tanto de você ir brincar com seus amigos desacompanhado de um adulto. Jogar bola, queimado, pique pega, pique esconde, diversões que a criançada se reunia, independente das variadas idades, todos participavam e se divertiam muito. Claro que rolavam coisas, que eu ainda não entendia pela idade. Nessa época, estava com VIII, era um menino esperto, super extrovertido, bastante falante e brincalhão, porém muito ingênuo para várias coisas, realmente não sabia o que era malícia. Hoje, relembrando, percebo o quanto tudo sempre esteve ali, como as brincadeiras, as insinuações sempre estiveram ali, mas eu não conseguia perceber isso, pelo menos não antes de um dia específico, o dia em que tudo mudou, o dia em que o véu caiu de meus olhos.

Me chamo Cezar, posso dizer que era um menino bem bonito, escutava bastante isso de familiares, amigos dos meus pais e até de outras crianças mais velhas, e realmente era. A família do meu pai era descente de espanhóis e minha mãe descendente de italianos, sou branquinho, mas não aquele branquelo tipo leite, minha pele era dourada, assim como meus cabelos. Meus cabelos eram encaracolados, mas não como cachinhos, era um cabelo dourado ondulado. Meus olhos são cor de mel, meus lábios eram bem vermelhos e tinha uma pequena pintinha na bochecha, que realmente completava um sorriso muito fofo e bonito. Mas o que realmente chamava atenção em mim era meu porte físico, sempre fui uma criança forte, era até engraçado, pois meus amiguinhos da mesma idade ou eram magrelos ou eram gordinhos, eu não, eu tinha uma estrutura grande. Minhas pernas chamavam muito atenção, com panturrilhas e coxas grossas e uma bundinha, realmente, bem redonda e carnuda. Posso confirmar que eram pernas, que mesmo sendo de criança, chamavam atenção, porque tenho esse conjunto chamando atenção até os dias de hoje.

Escutava muito meus tios falando que quando crescesse, faria um grande estragos nas meninas, aquele papo que adultos machões sempre falam. Lembro uma vez que escutei uma tia minha comentando com minha mãe de como minhas pernas eram lindas, e minha mãe toda orgulhosa respondendo que minha bundinha era uma obra de arte, que dava vontade de morder, e as duas riam falando que um dia uma sortuda ia morder bem gostoso. Eu não entendia nada, muito inocente mesmo. Mas vamos ao dia em que essa inocência foi indo embora.

Na escola da minha família, no turno da noite, aconteciam vários cursos técnicos, cursos bem concorridos e conceituados, ou seja, tinha um grande movimento de alunos nesse período. Meu pai trabalhava como coordenador do colégio no período da noite. Lembro que era uma sexta feira, nesse dia as crianças costumavam ficar até mais tarde brincando na pracinha, afinal, não teríamos aula no sábado. Eram por volta de umas 20h, quando a mãe do Fabio, um dos meus melhores amigos, chamou ele pra entrar. Ele morava de frente para a pracinha, então nos despedimos e parti em direção a minha casa, que não era muito longe dali, apenas uns três quarteirões. No caminho para minha casa, ficava o colégio, logo pensei em passar lá rapidinho, para tentar conseguir um dinheiro do meu pai e comprar alguma guloseima na cantina.

Entrei na escola e já veio aquele frio na barriga, porque nunca tinha visto a escola daquele jeito. A escola era um prédio de quatro andares, em formato de um quadrado e no meio um grande pátio. Então entrar naquele grande pátio, e olhar para a escola toda acesa, mas completamente vazia, deu aquele medinho em uma criança de VIII. Andava devagar tentando ver se achava alguém, mas parecia até um filme de terror, não havia um ser vivo. Fui subindo as escadas para o primeiro andar, passei por algumas salas de aula, todas acesas e vazias. Uma por uma, fui olhando e nada, nenhum aluno. O que será que estava acontecendo? Comecei a ficar preocupado com meu pai, não quis gritar, mas chamei por ele com uma voz mais alta. Comecei a chamar "Pai? Pai? Você tá por aqui?", um silêncio, nenhum barulho. Fui andando em direção a sala da coordenação, que era onde ele costumava ficar, meu coração batia acelerado, afinal aquilo estava se tornando em uma grande aventura. Fui me aproximando e vi que a sala estava com a porta aberta e a luz apagada. Me aproximei com cuidado, comecei a entrar na sala devagar, com a voz meio fraca chamei por ele mais uma vez, "P-Pai...?". Coloquei a mão no interruptor e acendi! Nada, ninguém ali. Dei de ombros e decidi ir para casa, talvez meu pai estivesse lá, o que não queria era estar mais naquela escola fantasma. Desliguei a luz da sala e fui saindo pela porta quando...

- AAAAAAAAAHHHHHHH!!! (eu gritei assustadoramente)

- QUE ISSO CEZINHA???!!! QUER ME MATAR DO CORAÇÃO??!! (gritou Armando, um dos professores da escola colocando a mão no peito como se tivesse enfartando)

Começamos a rir com o susto que demos em ambos, respirávamos ofegantes e gargalhávamos ao mesmo tempo. Armando colocou uma mão em meu ombro e me perguntou:

- O que você está fazendo aqui sozinho garoto? Você me deu um baita susto...

CEZAR: Caramba tio Armando, você que quase me matou de susto! (Chamava o Armando de tio, afinal, sua família sempre conviveu com a minha, inclusive o seu filho mais velho, o Mauricio, tinha minha idade e era muito meu amigo)

ARMANDO: É que eu não esperava ver ninguém por aqui, de repente você aparece na minha frente e dá um berro desse, tomei foi um susto enorme.

C: Tio Armando, cadê todo mundo? Por que a escola esta deserta? Cadê meu pai?

A: Nossa!! Quanta pergunta! hahahahaha. Você esqueceu Cezinha? Esta acontecendo os Jogos Estudantis da cidade, então os alunos foram liberados, para caso quisessem ir no ginásio para assistir os jogos.

C: Caramba! É verdade! Meu pai tinha até falado que ia me levar lá hoje! Será que ele já foi?? (Perguntei ansioso, porque adorava ir no ginásio com meu pai)

A: Ele já...

De repente Armando interrompeu a resposta. Ele olhava para mim e seus olhos percorreram todo o meu corpo. Eu ficava olhando pra ele, esperando a resposta dele, mas ele me olhava dos pés a cabeça e um sorriso foi se formando em seu rosto. Como já falei, eu não tinha nenhuma malícia, ainda mais com alguém que conhecia tão bem.

C: Ele já o que Tio Armando?

A: Ele... Ele já deve estar indo... Vamos ver se ele não está lá na sala dos professores... Se ele não estiver lá, bem... eu... (Armando começou a gaguejar) eu te dou uma carona e te levo no ginásio... o que você acha?

C: Tudo bem Tio Armando.

Claro que eu responderia isso, eu era um menino de VIII, que conhecia muito bem e confiava plenamente naquele homem que estava ali na minha frente. Armando não era um homem alto, tinha por volta de 1,65, era negro, tinha um cabelo com corte curto, quase raspado. Sempre que o via ele estava com um cavanhaque impecável, sempre certinho. Ele usava óculos e tinha um sorriso tranquilo, uma voz suave, bem voz de professor mesmo, que falava manso e paciente. Lembro que já tinha quase 40 anos e não era forte, nem magro, tinha um corpo com uma definição da vida mesmo.

Armando então fez um carinho rápido no meu cabelo e deslizou a mão nas minhas costas, me dando um leve impulso para que eu fosse na frente dele, em direção a sala dos professores. Conhecia aquela escola, sabia o caminho e fui nos levando até lá. No caminho, Aramando falava coisas meio sentindo, parecia nervoso e meio abobalhado, olhava para trás as vezes e via ele meio que rindo, um riso meio nervoso, seus olhos ficavam perdidos em mim, as vezes me olhava no rosto, as vezes seus olhares iam para as minhas pernas. Eu não entendia o que estava acontecendo na época, mas usava aquelas roupas finas que crianças geralmente usam para brincar, estava usando um shorts branco curto, que realmente dava um grande destaque as minhas pernas e bunda, e também usava uma camiseta, que mostrava meu tórax, como falei, tinha uma estrutura forte, parrudo. Armando ia me empurrando um pouco, como se estivesse apressado para chegar logo a sala dos professores, empurrava um pouco, parecia que as vezes alisava meu ombro, minha nuca, de qualquer forma, não via malicia, confiava plenamente nele.

Finalmente chegamos na sala dos professores, fui entrando devagar e chamei pelo meu pai.

C: Pai, você tá aqui?

Nenhuma resposta tive. Armando foi me dando um empurrãozinho e fui entrando, em algo como se fosse uma antessala, onde tinha as portas de um banheiro feminino e masculino, além de uma bancada, onde tinha pia, cafeteira e um bebedouro. Olhei para Armando, como se esperando o próximo passo.

A: É... Cezinha, vamos ali na sala de reunião para ver se ele não está ali...

Tinha certeza que meu pai teria escutado eu chamando ele, mas não via porque não dar uma olhada na sala de reunião. Coloquei a mão na maçaneta da porta que estava fechada e girei, empurrei vagarosamente e fui entrando naquela sala. Armando sempre atrás de mim, me dando leves empurrões. A sala estava vazia, mas na mesma hora falei super animado.

C: QUE LEGAL!!! CARAMBA TIO ARMANDO, O QUE É ISSO?? (gritei, empolgado)

Em cima da mesa da sala de reuniões, havia uma maquete enorme do bairro do colégio. Era uma maquete de pelo menos uns dois metros, super bem feita e detalhada, dava pra ver a escola, a pracinha.

A: Essa é a maquete desse bairro Cezinha, não é fantástica?! Olha como ela é cheia de detalhes! Você viu que dá pra ver a pracinha que você brinca, da pra ver a escola, você viu ali?

C: Viu o que, tio Armando?

A: Ali, você não viu? (Apontou o dedo para uma parte mais acima da maquete)

C: Não sei o que é pra ver?

A: Ali Cezinha, se apoia na mesa e olha ali... (mais uma vez disse ele apontando mais pra cima)

Cheguei mais perto da mesa, olhava mas não via o que era. Fui então apertando os olhos para tentar enxergar, apoiei minhas duas mãozinhas na mesa e fui me levantando, indo cada vez mais pra cima da maquete, fui me levantando e já estava quase que na ponta dos meus pés, me apoiando na mesa, inclinando bastante o meu corpo e ficando com o bumbum bem empinado. Procurei e acho que finalmente encontrei o que era pra ser visto.

C: Minha ca...

Parei de falar na mesma hora, arregalei os olhos e virei uma estátua. Tinha enxergado a minha casa na maquete, mas para conseguir ver, tive que me esticar todo em cima da maquete. Estava com o corpo bem empinado e acho que Armando não aguentou, ou era o que ele tinha planejado, mas de repente, senti um toque em minha bunda. Minha respiração chegou a parar por um instante, não consegui reagir. Armando vendo que não fiz absolutamente nada, deve ter entendido como uma autorização. Como meu shorts era bem curto, e sem perder tempo, foi deslizando os dedos pela parte de trás da minha coxa alcançando a borda da minha cueca, alisando a popinha da minha bunda lisinha. Eu estava todo arrepiado, imóvel e arrepiado. Era uma sensação completamente louca para mim, não sabia o que estava acontecendo, não fazia ideia do que era aquilo. Era estranho e também era bom, fazia cócegas e ao mesmo tempo dava medo, que sensação esquisita aquela.

Armando com sua mão esquerda, me segurou pela cintura, fazendo com que eu ficasse naquela posição. Sua mão direita entrou por baixo da minha camiseta tocando minha pele, sua mão foi me alisando até a nuca e depois desceu lentamente até meu bumbum. Eu estava com a garganta seca, totalmente arrepiado com aqueles carinhos, era muito gostoso e ao mesmo tempo assustador, não sabia o que sentir e fazer, então continuava como uma estátua. Armando não falava comigo, mas conseguia escutar ele falar baixinho algumas palavras.

A: Não to acreditando que eu to tocando nessa bundinha... sempre desejei tocar nessa bundinha... sentir essa pele...

Ele alisava minha bunda com carinho, apertava devagar, segurava firme, tudo sem me machucar, parecia que estava hipnotizado, continuava falando coisas baixinho e fazia carinhos na minha bunda. Eu comecei a sentir uma outra sensação, não sabia explicar, mas comecei a perceber que meu piruzinho foi ficando duro. Escutei Armando falando que não aguentava mais, que precisava ver e sentir de verdade. Virei um pouco minha cabeça, bem devagar e olhei para o rosto dele, os olhos deles estavam fixos em minha bunda, ele mordia os lábios e não tirava os olhos dela, foi quando ele soltou sua mão esquerda da minha cintura. Suas duas mãos delicadamente pousaram, cada uma em um lado do meu shorts, com cuidado seus dedos pinçaram as laterais do meu shorts e vagarosamente ele foi puxando para baixo. Puxava com cuidado, como se não quisesse perder um segundo daquela situação. Meu coração começou a bater acelerado, estava com medo, estava curioso, estava confuso.

Fui sentindo minha pele ficar exposta e de alguma forma fui ficando mais arrepiado ainda. Foi então que percebi que já tinha acontecido, minha bunda estava toda para fora e o shorts foi colocado exatamente embaixo da bunda, forçando ela mais ainda pra cima, deixando ela aparentemente maior do que ela já era. Armando ficou pelo menos uns dez segundo parado, olhando, admirando, mas logo ele foi com as duas mãos e cada uma apertou uma parte da minha bunda. Senti o calor daquelas mãos na minha pele sensível e fiquei mais uma vez todo arrepiado. Ele começou a deslizar a mão na minha pele macia e a sensação era incrivelmente deliciosa, eu estava assustado, mas aquilo era muito bom.

A: Que delicia... olha essa pele... olha essa bunda... eu sempre soube que era maravilhosa... mas nunca imaginei que era tanto... sempre quis sentir... sempre quis cheirar... sempre quis...

Armando falava varias coisas sem sentindo, ele estava em outro planeta, eu não queria entender o que ele falava, de repente me deu vontade foi de curtir aquele carinho, que estava muito gostoso. Meu pintinho estava super duro, e Armando agora fazia um carinho pela parte de dentro da minha bunda, passando a mão no meu anelzinho, me trazendo um arrepio que ficava cada vez mais gostoso. Sem nem pensar direito, levei minha mão direita até meu pintinho e comecei a aperta-lo, aquilo era muito gostoso. Apenas apertava meu pintinho enquanto ele faia aquele carinho em mim.

Fui sentindo sua respiração ficar ofegante e fui sentindo sua voz mudar de direção, mas não estava nem aí, apenas continuava apertando meu pintinho e recebendo os carinhos dele. Percebi que estava sentindo um ventinho perto da minha bunda, me virei e vi que seu rosto estava cada vez mais perto de mim. Armando começou a aproximar seu rosto da minha bunda, olhava fixamente, falava algumas coisas que não entendia, olhava novamente, foi se aproximando e encostou o nariz no meu bumbum. Inspirou forte e parece que aquilo deixou ele ainda mais excitado, foi então que ele se aproximou de novo e deu um beijinho em minha bunda. Lembro que senti uma cócegas diferente e dei uma risadinha quase inaudível. Ele então foi se empolgando e começou a fazer uns carinhos mais fortes, eu também comecei a apertar mais forte meu pintinho. Armando apertava um pouco mais forte minha bunda, começou a cheira-la, a dar beijinhos, começou a esfregar o rosto em minha bunda e me arranhar com o seu cavanhaque, aquilo me arrepiava inteiro, sentia algo que não consegui entender ainda. A sensação foi aumentando e Armando cada vez mais bruto e excitado. O ritmo estava ficando acelerado, ele esfregava o rosto na minha bunda, me apertava forte e eu, segurava e apertava meu pintinho forte também, até que de repente, em um beijo que ele foi dar na minha bunda, ele resolveu abrir a boca e levemente deu uma mordida, arranhando os dentes bem gostoso na minha pele macia. Não sei explicar o que senti, mas na hora não aguentei e acabei instintivamente soltando um gemido.

Armando na hora parou, não sei se ele se assustou ou se foi surpresa, mas ele parou, e acho que pela primeira vez ele prestou atenção em mim. Ficou me olhando, com aquela bunda gostosa empinada, acabou reparando que eu estava segurando meu pintinho com uma mão.

A: Então você tá gostando seu safadinho... Cezinha, Cezinha... como sempre olhei pra essa sua bundinha, eu sei que você é bem novinho, mas sempre vi essa bundinha crescendo na minha frente... você quando brinca com meu filho, eu fico lutando pra não fazer alguma coisa com você...

Armando começou a ficar mais excitado, ele fala sacanagens e beijava minha bunda, falava sacanagens e apertava minha bunda, falava sacanagens e mordia minha bunda. Eu comecei a sentir algo incontrolável, apertava meu pintinho, começava a gemer, estava começando a me contorcer inteiro, era uma sensação muito gostosa, não sabia o que era, só sabia que era muito bom. Armando continuava a falar sacanagens e mordia minha bunda, beijava, apertava, até que na maior excitação, ele agarrou bem minha bunda, abriu ela e sem cerimônias, foi direto lamber meu anelzinho.

Confesso que vi estrelas na hora, foi a sensação mais diferente que já tinha sentido na minha vida, por isso acredito que não consegui assimilar o que estava acontecendo. Saí do meu modo inerte e dei um salto enorme para frente, que fui parar em cima da maquete. Armando levou um super susto e começou a tentar me ajudar. Eu consegui pular para o outro lado da mesa, rapidamente puxei meu shorts de qualquer jeito, fiquei meio que apavorado e comecei a gaguejar e a tentar sair dali correndo. Armando começou a ficar assustado com minha reação e falava o tempo inteiro.

A: Calma Cezinha, calma Cezinha, ta tudo bem, ta tudo bem...

C: Eu... Eu... pre-preciso embora... embora...

A: Ta tudo bem Cezinha, ta tudo bem Cezinha... posso... posso te levar no ginásio como te falei... meu carro está la na garagem... ta tudo bem... eu te levo lá...

C: Embora... eu... preciso embora...

Olhava fixamente para Armando, e ele olhava fixamente para mim, seu semblante começou a mudar, começou a ficar com uma cara de assustado, seus olhos meio que foram se enchendo de lágrimas. Eu não sei o que deu em mim, mas apenas queria sair dali, muita coisa passava na minha cabeça, eu queria apenas sair dali. Não sei como, mas consegui em um movimento, sair correndo e uma cadeira caiu, atrapalhando a passagem do Armando. Sai correndo daquela sala e fui em disparada para saída da escola. Não olhei para trás nenhum minuto, apenas escutava Armando gritando meu nome. Ele me chamava desesperadoramente, mas eu em nenhum momento pensei em parar de correr.

Como não morava longe, rapidamente cheguei em casa. Cheguei completamente esbaforido, corri como se fosse a ultima coisa que tinha que fazer na minha vida. Entrei em casa e logo fui correndo para meu quarto, pulei na cama e me escondi embaixo das cobertas. Respirava fundo e assustado, logo minha mãe entrou no quarto, sentou na cama e perguntou preocupada o que estava acontecendo. Eu respirava forte e assustado, respirava, gaguejava, meio que queria chorar, mas não chorava. Minha mãe segurou em minhas mãos e foi me acalmando, fui conseguindo controlar a respiração e em pouco tempo já estava mais calmo, foi quando minha mãe olhou em meus olhos e perguntou.

Mãe: Meu filho, já está mais calmo?

C: Sim mãe... já estou mais calmo...

M: Então agora, respira fundo e me conta, o que aconteceu? Por que você estava tão assustado?

C: Eu... Eu... estava vindo da pracinha pra casa e resolvi passar na escola pra ver o papai... mas quando eu entrei na escola... eu... eu não vi ninguém, a escola estava vazia... eu comecei a ficar assustado e comecei a procurar o papai... então eu fui na sala dele e não encontrei ninguém, mas quando eu estava saindo da sala dele...

Nesse momento, olhei fundo nos olhos da minha mãe, os olhos que sempre me deram mais segurança em toda minha vida, sabia que deveria contar tudo pra ela, eu sabia que era o certo.

C: Então eu escutei um barulho em algum lugar, tomei o maior susto e vim correndo desesperado da escola até aqui em casa!!

M: Meu filho, se acalma, vem cá me dar um abraço...

Minha mãe me deu um abraço e eu me enfiei em seus braços me sentindo mais calmo e seguro. Não sei porque menti pra minha mãe, realmente não sei o porque, mas essa foi a primeira vez que menti pra ela, e infelizmente, não foi a ultima.

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Fala meu povo!! Que saudades de estar por aqui, tantos anos que não escrevia nada, mas me deu uma vontade de contar mais uma história para vocês. Dessa vez mais simples, sem a trabalheira que era montar toda aquela coisa episódica. Espero que vocês gostem e viajem comigo nessas memórias da vida do Cezar, memórias reais e fictícias. E claro, sempre vou pedir, comentem por favor. Os comentários são tão importantes para que possamos nos sentir motivados a continuar com a história!! Se quiserem falar comigo em particular, podem enviar email.

Beijo, e até a próxima parte.



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